Review de “Trespassing” Por EQ Music Blog
O EQ Music Blog foi um dos primeiros a publicar a sua review de “Trespassing” na semana passada, inclusive foi a primeira que Adam Lambert mencionou no twitter. Confira:
Atenção Internet! O tão aguardado novo álbum de Adam Lambert, Trespassing, teria, como poderíamos dizer, achado seu caminho? Na internet eu posso ou não posso ter ouvido ele o dia todo (confissão: eu ouvi).
Se você me segue no Twitter você está mais do que a par da minha empolgação a respeito desse álbum e para ouvir as faixas que não estavam terminadas. Bem, o dia finalmente chegou, então aqui estão meus pensamentos sobre o álbum. (Já que eu já escrevi sobre Trespassing, Cuckoo, Shady, Broken English e Outlaws Of Love em Janeiro, eu não vou falar muito a respeito dessas faixas aqui).
Trespassing: A faixa título é uma fantástica faixa de abertura para um fantástico álbum. Como eu já havia dito antes, como um grande fã de Queen, realmente soa muito familiar para mim, por que ela soa exatamente como uma música do Queen repaginada para 2012 (o baixo relembra especialmente “Another One Bites The Dust”). Como o próprio Adam nos disse em Fevereiro, essa faixa é uma grande exclamação de foda-se, eu sou poderoso!? Mentalidade. É grande, é honesta, é expressiva e um hino. Uma perfeita faixa de abertura para este álbum.
Cuckoo: Muito bem. Esta música. Eu venho discursando e delirando sobre essa música desde Janeiro e eu estava MORRENDO para ouvi-la novamente. É uma incrível música dançante com um refrão que é parte pop, parte hair metal dos anos 80. Se existe uma música que mostra perfeitamente a voz de Adam enquanto ainda mantém uma insana energia pop, seria esta. Música de 2012? Eu diria que sim.
Shady: Esta é outra das faixas que ouvimos lá em Janeiro e é tão incrível quanto eu me lembro. Esta é uma parceria com Sam Sparro e Nile Rodgers e você pode ouvir a influência funk deles logo nos primeiros acordes. A letra é deliciosamente sugestiva e o baixo cresce e arrasa junto e leva à um refrão estelar. Total mistura de funk com eletrônico.
Never Close Our Eyes: Tem uma historinha engraçada com essa faixa. Bem, não realmente. De qualquer modo, quando nós ouvimos algumas das faixas, lá em Janeiro, nós ouvimos esta faixas, mas nós não tínhamos permissão de falar a respeito, porque ela ainda não estava terminada. Eu não consigo expressar para vocês o quanto isso foi difícil para mim, sendo que esta é uma das minhas faixas favoritas do álbum. Para mim esta faixa é uma perfeita música pop dançante: tem uma ótima letra, ótima estrutura, um refrão incrível e os vocais de Adam realmente brilham. Parece existir um tema de amor incondicional neste álbum, e realmente continua com essa faixa e ela se encaixa muito bem.
Kickin’ In: Certo. Esta música é um pouco diferente do restante do álbum, mas é muito divertida e tem uma estrutura e um feeling bem diferentes e eu simplesmente amo. Não existe mesmo muita coisa a se dizer sobre essa faixa, ela é uma total diversão funk e o refrão te faz querer dançar por aí. O que é uma coisa boa.
Naked Love: Eu estou meio em conflito sobre esta faixa. Não é realmente questão se eu acho que ela é boa ou não, porque eu acho que a música é ótima. Eu só não consigo decidir se ela se encaixa com o restante das músicas do álbum ou não. Por um lado, a letra e o tema da música coincide com o tema do amor, mais eu sinto que ela teria se encaixado melhor em For Your Entertainment. Ela tem uma sonoridade completamente diferente tanto da primeira quanto da segunda metade do álbum, o que não é uma coisa ruim, é somente… uma coisa. Bem, encaixando ou não no album, ela ainda é uma ótima música, pura e simplesmente.
Pop That Lock: Esta é outra faixa interessante. Quase como se tivesse sido escrita para ser um single. Falando sinceramente, eu não me importaria se essa faixa se tornasse um single, porque é uma fantástica música dançante e tem “arrasa pista” escrita em TODA ela. A letra é simples e focada no ritmo; esta faixa tem tudo o que uma boa “arrasa pista” precisa, sem falar numa incrível “ponte” eletrônica que, falando honestamente, me faz lembrar de robôs. Eu não sei porque, mas faz.
Better Than I Know Myself: Todos nós já ouvimos esta faixa, nos apaixonamos por ela, e formamos nossas opiniões, então eu serei breve. É uma balada mid-tempo poderosa que serve de ótima transição da parte mais suve para a parte mais obscura do álbum. Sem contar que ela tem um ótimo vídeo.
Broken English: Outra das faixas das quais nós já havíamos falado, então novamente, serei breve. É uma ótima faixa mid-tempo que vem junto e que te golpeia com um refrão de uma enorme influência dub-step e mergulha num incrível vocal de Adam. É uma música um pouco estranha, mas a maioria das coisas mais incríveis, são totalmente fora do comum.
Underneath: Eu tenho que dizer; esta provavelmente seja a melhor música do álbum. Eu sei, eu sei; não é uma grande música pop dançante e pra cima, mas esta faixa possui tal emoção e força natural que não se compara com nenhuma outra música do álbum. Underneath é extremamente pessoal, forte e poderosa, tanto na letra quanto nos vocais de Adam. Eu vou extrapolar e dizer que ela pode até ser mais emocional e tocante do que Outlaws Of Love. Com certeza minha música favorita do álbum (Perdoe-me Cuckoo, você ainda está na segunda posição).
Chockehold: Esta tem um ritmo bem mais acelerado do que Underneath, mas ainda possui um feeling obscuro nela, como as outras músicas desta parte do álbum. O que eu realmente amo com relação à esta música é que ela é uma mistura perfeita de heavy metal e eletrônico. Chockehold é uma ótima música de hard rock dançante com um irresistível toque obscuro do qual eu simplesmente não consigo me cansar.
Outlaws Of Love: Nós falamos sobre esta faixa há alguns meses atrás também, e eu tenho certeza de que, a esta altura, todos vocês já viram apresentações ao vivo. Simplificando, esta música é uma balada emocionante que realmente é muito tocante para mim, em particular, pelo motivo de que ela chama a atenção para a dura realidade de que o mundo ainda não aceita o amor em todas as suas formas, especialmente em relação a comunidade LGBT.
Running: (Faixa Bônus): Todas as três faixas bônus são fantásticas, simples assim. Esta começa com força e vem com um ritmo mid-tempo e cresce até um refrão super dançante. Ela realmente se encaixa perfeitamente na segunda parte do álbum e é uma ótima sequência para Outlaws Of Love. Outra de minhas favoritas, a qual eu mal posso esperar para ver ao vivo!
Take Back: Mais uma vez, essa música é uma sequência fantástica para a música que a precede. Take Back é uma música dance mid-tempo com algum tom escuro e um grande e motivante refrão, que meio que me faz lembrar de algumas das primeiras músicas de rock do começo dos anos 2000. Só não me peça quais músicas. É uma ótima música.
Nirvana: Esta é a faixa perfeita para finalizar este álbum: o álbum começa com a ideia de transgredir e ser fora da lei e termina em um estado ideal de nirvana, um estado sem sofrimento ou desejo. O que é sensacional sobre essa faixa é que todo o sentimento dela, o instrumental e os vocais, soam tão eufóricos e etéreos, os quais realmente se moldam ao tema e soma a grandeza das músicas. Perfeita música de encerramento para um álbum desta magnitude.
Eu realmente não posso elogiar o suficiente este álbum; ele é extremamente forte, coeso e profundo, o tipo de coisa que você realmente não encontra no pop. Eu serei o primeiro a lhe dizer que eu sou um crítico extremamente duro quando o assunto é o tradicional da música pop. Eu tenho expectativas muito altas quando o assunto é pop, porque muitos artistas pop se esgueiram entre o talento mínimo e a máxima produção e os efeitos vocais. O que eu amo tanto sobre Adam é que ele é um artista que não só transborda talento e carisma, mas também possui em sua natureza o talento e a criatividade para criar um trabalho original, único e significativo que brilha mais forte do que todo o resto.
Trespassing é sem sombra de dúvida o álbum pop do ano e elevou o nível para todos que fazem parte do mundo da música. É uma incrível combinação de pop, rock, dubstep, eletrônico e dance, que se mixa de maneira super orgânica para formar um álbum extremamente forte e coeso que nos encanta do começo ao fim.
Não existe uma faixa que mais se destaque em Trespassing; ele é cheio de energia durante todo seu curso, e mesmo nas baladas mais lentas ele irradia tal intensidade que as torna impossíveis de ignorar. Como um todo, este álbum é um trabalho incrível, o que pode se consolidar como sendo o álbum do ano.
TRESPASSING: 9.5/10
Fonte: EQ Music Blog
Tradução: Glória Conde
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