Seattle Gay News Entrevista Adam Lambert

Nesta nova entrevista com o Seattle Gay News, Adam Lambert fala sobre a cidade de Seattle, Josh Hutcherson, Freddie Mercury, divas do pop e muito mais. Confira:

Adam Lambert mostra que vencer nao é tudo

Às vezes perder é ganhar. Quando Adam Lambert perdeu a coroa no American Idol há três anos atrás, parecia que sua carreira musical estava comprometida. É assim que funciona né? O campeão recebe toda a glória, e o segundo colocado é mandado embora com um buquê de flores de “Boa Sorte”. Mas não dessa vez. Lambert ganhou muita popularidade, e assim continuou crescendo e Finalmente se tornou o grande “Idol” masculino de todo o programa (atualmente em sua 11ª temporada). Um candidato ao Grammy, defensor da comunidade LGBT, disco de platina, popstar “transatlântico”, e um perfeito vocalista para a banda Queen, tudo isso se resume a uma curta, porém impressionante carreira profissional para um nativo de San Diego.

Lambert lança seu segundo disco, Trespassing, em 15 de maio. Dois singles deste álbum já foram lançados, “Better Than I Know Myself” e “Never Close Our Eyes”. Conversei com o artista recentemente pelo telefone, e ele foi muito simpático e alegre. De sua casa em Los Angeles, aqui está o que o fabuloso Adam compartilhou comigo.

Albert Rodriguez: A pergunta óbvia é, quando você volta para Seattle?
Adam Lambert: Eu não sei. Eu tive uma noite agradável lá. Fomos em um barzinho. Foi bem divertido.

Albert: Você se lembra de onde foi?
Adam: Eu acho que fomos ao Pony. Sinceramente não me lembro de todos os lugares. Eu tenho um amigo que mora em Seattle, e ele nos mostrou.

Albert: Você gostou de Seattle todas as vezes que esteve aqui?
Adam: Adorei. Foi ótimo. Não estive muitas vezes, mas as poucas vezes que fui, as pessoas foram muito amigáveis, e eu gosto porque elas são liberais.

Albert: Foi anunciado que você estará realizando um número limitado de shows com o Queen. Que impacto você acha que Freddie Mercury teve pra você e na cultura gay em geral?
Adam: O legal em Freddie Mercury, é que ele é além da cultura gay. Ele atingiu um público grande. Claro que ele era parte de uma banda de rock, uma lendária banda de rock. Sua voz atingiu a todos, e suas músicas também. Pra mim, pessoalmente conheci ele mais depois de sua morte. Foi interessante, que muitas pessoas não sabiam que ele era gay, e mesmo quem não aprovava, pensou: “bem, amamos Freddie Mercury, amamos Queen, então está tudo bem”.

Albert: Para novos músicos que são abertamente gays, a indústria musical está mais acolhedora, ou ainda existem áreas que não são acolhedoras?
Adam: É dificil dizer. Eu acho que as coisas estão progredindo e o entretenimento da indústria em geral está avançando. Eu acho que a indústria da tv e do cinema estão vendo mais adiante do que a indústria da música; eles são mais ousados nessa área.

Albert: Você recentemente apareceu no NewNowNext Awards, como fez Josh Hutcherson. Você o conheceu?
Adam: Na verdade ele estava no meu show no Havaí. Ele estava trabalhando em um filme por lá, e alguém que estava trabalhando no filme sabia [do meu show], e então vieram assisti-lo. Muito bom rapaz. Muito educado, e tem os dois pés no chão.

Albert: O casamento homossexual deverá acontecer ainda esse ano no estado de Washington. Se isso acontecer e um casal quiser contratar você para o casamento deles, quantas garrafas de champanhe custaria?
Adam: [Risos] Eu não cobro em champanhes. Eu não sei quanto custaria. Esses casais teriam que falar com meu agente [risos novamente].

Albert: Para aqueles que estão em busca de uma carreira musical, você recomenda participar do American Idol, como você fez, ou tentar algo diferente?
Adam: Cada caso é um caso. Quando eu finalmente decidi fazer o teste para o programa eu tinha 27 anos e um conjunto de um trabalho musical com alguns produtores e escritores fora do programa, e eu estava fazendo um trabalho num estúdio. Eu comecei a perguntar aos outros e tive uma sensação de que a indústria da música era o que eu queria naquela época. E baseado no que eu vi e aprendi, eu senti que o American Idol era a melhor escolha. Eu fiz o que tinha que fazer, estando com 27 anos e sendo abertamente gay. Senti que não seria fácil pra mim conseguir uma gravadora facilmente. Então, decidi que eu precisava estar lá. O “Idol” é um programa dos sonhos – ele te coloca na televisão pelo país e eu percebi “Eu deixarei que as pessoas decidam se elas gostam de mim ou não e deixarei isto convencer uma gravadora a me contratar.”

Albert: Mas o povo gostava de você.
Adam: Eu fiz o que precisava fazer. Mas eu não sei se teria funcionado pra mim se eu não tivesse feito o que fiz. Não sei se esse é o caminho certo para todos, mas naquele momento era o melhor pra mim.

Albert: Você tem uma diva favorita da música, viva ou morta?
Adam: Ooh. Deus, há tantas divas. Beyoncé! Madonna!

Albert: Essas duas estão no topo da sua lista?
Adam: As duas são rainhas. Eu sempre fui fã de Madonna. Eu amo as divas do pop. Christina [Aguilera], Rihanna. As divas do pop são ótimas.

Albert: Eu vi você aqui em Seattle, eu vi você na TV e eu sei que você tem algumas roupas que são um arraso. Eu quero saber se você terá algum dia um “brechó” ou fará algum leilão no eBay onde poderemos comprar estas coisas?
Adam: Neste momento estou acumulando várias coisas. Nem mesmo sei por que. [Risos.] Sou uma espécie de pack rat. Pode haver coisas que irão de algum modo para a “caridade”. Eu gosto da ideia de devolver de algum modo…

Albert: No ano passado, o bullying afetou realmente a juventude gay. Você tem ideias de como combater isso?
Adam: Isso é interessante porque o bullying sempre afetou a comunidade gay. Apenas agora se tornou mais público. A mídia está encima disso e acredito que seja bom. A conscientização é um grande passo necessário para nós, para ajudar as crianças que são vítimas. Os professores e os pais são muito mais conscientes disso. Por outro lado há uma parte de mim que pensa: “Você sabe, faz parte da vida. Isso é a sobrevivência”. Eu farei tudo que puder para ajudar as pessoas encontrarem a confiança, a fim de lidar com as pessoas cheias de ódio, mas estas pessoas existem em todos os lugares e o bullying existe muito além das pessoas gays e lésbicas.

Fontes: smokeyvera / Adamtopia e SGN – Seattle Gay News

Tradução: Andressa Lopes Costa

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One Comment

  1. Adam sempre arrasando nas entrevistas!!!!! 🙂

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