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26abr2012
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Adam Lambert é Capa da Revista Instinct – Maio/2012
Adam Lambert é capa da Revista Instinct do mês de Maio – uma revista focada na comunidade LGBT – e em entrevista exclusiva fala sobre sua nova música, fãs e o padrão duplo de ser um popstar gay. Confira parte da entrevista divulgada online pela revista:
A vida é boa para Adam Lambert. O candidato ao Grammy continua sendo um dos concorrentes que mais vendem na extensa e variada lista do American Idol. Sua base de fãs, carinhosamente chamados de “Glamberts”, é bem conhecida por sua devoção. Seu currículo é sólido e em pé de igualdade com as divas queridas regularmente divinizadas pela comunidade gay. No entanto, inexplicavelmente, os homens gays não têm exatamente corrido para celebrar uma das nossas representações internacionais mais visíveis com o mesmo fervor dos contemporâneos femininos de Lambert. Com “Trespassing” definido para difundir uma inovadora perspectiva masculina gay nas ondas de rádio, a nível mundial, Lambert se conecta com seu coração como nunca e espera que, por sua vez, a sua música irá se conectar com sua comunidade.
O artista sincero, um dos poucos assumidamente gays a ter assinado com uma grande gravadora norte-americana, não se esquivou de falar sobre como ele vê a ilusória demografia gay, desde o início e sem aviso, quando ele se sentou para bater papo com a Instinct.
“Como uma comunidade, somos um pouco resistentes a aceitar uma estrela pop masculina homossexual”, diz Lambert. Ele está confiante. Sua entrega indica que ele passou algum tempo pensando sobre o assunto. “É muito fácil para as pessoas olharem para minha origem, que é o American Idol, e automaticamente assumir que eu sou um artista com casa lotada ou um fantoche ou um sucesso passageiro. Eu acho que não sou nenhuma dessas coisas.”
Um riso, marinado em tensão, o inspira a ficar um pouco mais pessoal.
“Há algo de estranho nisso. Estamos muito ansiosos por celebrar uma mulher forte.
Mas para celebrar um homossexual semelhante – é malicioso.”
Lambert sempre seguiu seu próprio ritmo, mas em “Trespassing” ele vai além de sua estreia no pop-rock, “For Your Entertainment”, para se juntar a essas célebres “mulheres fortes” nas pistas de dança. Sua jornada evolutiva em direção a um som gay dance mais amigável, não é uma tática de engenharia elaborado por uma equipe de marketing ou grupos focais realizada em Chelsea ou WeHo. É autenticamente Adam.
“Este é o tipo de música que eu escuto. Eu sei que o estilo de vocal que eu tenho é meio grande. Isso traz uma certa vantagem. Sempre gostei de música rock, mas também adoro material “mais groove” [ver nota 1], funky, soul e dance.”
A sua paixão pelo gênero é evidente no momento do four-on-the-floor [ver nota 2] na bateria, presente na sua nova faixa “Cuckoo”, conjugado com a sua voz inconfundível. Com um sabor do que será a aclamada “nova era do Adam Lambert”, o provérbio dos autocolantes dos anos 90 contra a música eletrônica, “Baterias eletrônicas não têm alma”, são rasgados em pedaços. O elevado timbre de tenor do cantor respira agilmente a nova vida na pop/dance, um nicho frequentemente abastardado pelo som manufaturado e com auto-tunes [ver nota 3]. A magia não perde o ritmo com outras ofertas como “Chokehold”, “Never Close Our Eyes” com Bruno Mars, e “Trespassing”, a faixa-título produzida pelo célebre artista de um só nome, Pharrel. Aqui, em “Trespassing” a bateria eletrônica tem alma. E outros gêneros que pensamos ser distintos, como funk e rock – que Lambert ‘casou’ com a música dance – também.
A entrevista completa somente estará disponível na versão impressa da revista.
NOTAS:
[1] Groove Groove é o sentido da propulsão rítmica “sentir” ou sentido de “swing”, criado pela interação da música tocada por uma banda de seção rítmica (bateria, baixo elétrico e contrabaixo, violão e teclados). Groove é uma consideração de outros gêneros, como salsa, funk, rock, fusion e soul. A palavra é usada frequentemente para descrever o aspecto de algumas músicas que dá vontade de mudar, de dança, ou ‘groove’. (Wikipédia)
[2] Four-on-the-floor é um compasso utilizado na música eletrónica e de dança.
[3] Auto-tune é um processador de áudio criado pela empresa Antares Audio Technologies em 1994, que usa uma matriz sonora para corrigir as performances no vocal e instrumental. Ela é usada para disfarçar imprecisões e erros, e permitiu a muitos artistas a produzir mais precisamente suas músicas. Além de ser utilizado para mudar sutilmente a altura do som, com alguns ajustes, pode ser usado como um efeito deliberadamente preparado para distorcer a voz humana. O efeito Auto-Tune está disponível como um plug-in para o profissional de áudio utilizar em um estúdio, que fixa, e como um stand-alone a unidade para o desempenho vivo do processo. O Auto-Tune tornou-se equipamento padrão na gravação estúdios. No seu uso extremo o efeito Auto-Tune ficou conhecido por ter empregado na canção Believe (1998) da cantora norte-americana Cher (efeito Cher). O rapper norte-americano T-Pain é um dos músicos atuais que vem revitalizando o efeito.
Fontes: Adamholic, Instinct, Kat’s Corner e Just Jared
Tradução: Graça Vilar
Agradecimentos: Kady Freilitz
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