Entrevista ao The Hollywood Reporter – 10/03

Após sua apresentação no American Idol, na última quinta-feira (10), Adam concedeu uma entrevista bem bacana ao site The Hollywood Reporter. Entre outras coisas, ele fala sobre a mensagem de “Aftermath”, Lady Gaga, James Durbin e seu próximo álbum. Confira abaixo.

Adam Lambert Promete Álbum ‘Menos Exagerado, Mais Primal’; Fala Sobre Lady Gaga, Apresentação no ‘Idol’

Retornando como visita ao palco do ‘American Idol’, o segundo lugar da 8ª temporada também discute as comparações com James Durbin e para quem mais ele está torcendo no show desse ano.

Adam Lambert retornou ao American Idol, na quinta-feira, com vários propósitos: promover seu último hino, “Aftermath”, recentemente lançado como um remix dance; apoiar o The Trevor Project, que oferece linha telefônica de emergência para jovens GLTB (parte dos rendimentos da venda do download de “Aftermath” irá beneficiar a organização) e para lembrar aos telespectadores do Idol – e sem dúvida aos finalistas da 10ª temporada (agora em número de 12) – o que é necessário fazer naquele palco e no mundo pop.

Sempre um profissional perfeito, Lambert teve êxito em tudo, mostrando uma discreta versão acústica da canção, cumprimentando todos os Top 13 e os jurados com um caloroso abraço e, após o show, posando nos bastidores com Charles Robbins, diretor executivo do The Trevor Project e com o membro do conselho da Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA), Joel Flatow,com uma placa comemorativa reconhecendo sua “singular dedicação em inspirar e ajudar a salvar vidas”. Robbins disse: “Adam é uma pessoa que tem muita integridade, em quem as pessoas se espelham e os jovens apreciam que ele seja ele mesmo – que não tem a ver com ficar por aí se escondendo e sendo algo que você não é, que tem a ver com ser autêntico e o Adam é exemplo disso.”

O THR encontrou-se com Lambert depois da apresentação para uma conversa rápida sobre a mensagem da canção, a cruzada de Lady Gaga, a volta ao Idol e seu novo álbum. Os fãs podem comprar o remix de “Aftermath” no site oficial de Lambert.

THR: Você se apresentou na temporada passada do Idol com lasers e fumaça, esta versão acústica de “Aftermath” foi muito mais discreta. Isso tem a intenção de transmitir a vulnerabilidade da canção? O que você achou da apresentação?
Adam Lambert: Eu gostei muito. Foi meio extra-corpóreo, como sempre, mas eu sempre acho estas as melhores apresentações. Há um tipo de magia que acontece quando você está completamente em um outro nível. É como se a energia das pessoas afetasse você, de fora para dentro.

THR: E transmitir a mensagem da canção era importante para você…
Lambert: Isso, é sobre ser honesto consigo mesmo e com as pessoas que você ama. Todos já passamos pela situação de nos preocuparmos com esse momento – seja sobre manter um segredo ou ter algo a superar ou ter que deixar algo para trás – sobre o caos que ocorre exatamente no momento em que você está para tomar o grande passo para resolver ou se transformar. É um momento assustador, é incerto, e essa é uma das coisas sobre as quais eu escrevi na canção. E como, depois que você dá o passo, você pensa, “Nossa, eu me sinto livre, há outras pessoas como eu, tudo o que sinto agora é amor!” Espero que a mensagem seja transmitida.

THR: O que se liga muito à iniciativa do The Trevor Project.
Lambert: Pode ser sobre várias coisas diferentes. É uma música muito interessante porque uma das pessoas que a escreveu comigo estava superando um vício, uma outra pessoa disse que falava sobre família. Quando eu era adolescente, eu era muito confuso e tive a grande sorte de ser criado num lar muito liberal, aberto, mas nem todo mundo é. Quando eu estava lidando com aquilo, eu na realidade não tinha muitos exemplos. Tanto que essa foi uma das outras razões por que quis que essa canção fosse um grito-de-guerra, porque não há muitas pessoas que estão advogando questões desse tipo.

THR: Uma estrela que está advogando o tema, sem dúvida, é a Lady Gaga, que recentemente quebrou seu relacionamento com a Target, em função de sua política GLTB. O que você acha da postura dela?
Lambert: Atualmente, acho que a responsabilidade dos popstars é libertar as massas. No sentido de que cada um pode ser o que quiser ser. Você pode ir no seu próprio ritmo. Às vezes é muito difícil isso no nosso país porque a conformidade é o impulso geral. Eu sou anti-conformista, como você deve saber. Mas a Lady Gaga tem feito um trabalho excelente. Eu acho que ela é fantástica pra ca… E é algo além da sexualidade. Ela é cheia de idéias e astúcia.

“Atualmente, acho que a responsabilidade dos popstars é libertar as massas.” — Adam Lambert

THR: No ano passado era a Siobhan Magnus, este ano, é James Durbin quem está sendo comparado com Adam Lambert. Você acabou de conhecer James, como foi?
Lambert: Ele é ótimo. Parece um cara bem legal e soa muito bem no show. Ele é demais, roqueiro total!

THR: E as comparações, são benvindas ou não?
Lambert: Eu encaro como um cumprimento porque eu acho que ele é bom. E ele disse a mesma coisa. Eu realmente vejo algumas semelhanças, com a coisa aguda do rock, mas também acho que somos bastante diferentes. É meio que o mesmo que dizer que eu e o David Cook somos iguais porque ambos somos caras que cantam rock. Eu acho que o James é muito mais metal. E se eu tivesse que fazer qualquer tipo de observação, eu me arriscaria a dizer que ele é mais anos 80 e eu mais anos 70. Mas eu acho que ele é realmente talentoso.

THR: Quem mais o impressionou nesta temporada?
Lambert: Pia [Toscano] me matou na quarta à noite. Ela é poderosa. Fiquei tipo, Deus do Céu! E eu amo Jacob [Lusk] porque ele é simplesmente fabuloso. Estou gostando desta temporada.

THR: Durante o comercial você aproveitou para cumprimentar todos os finalistas, com exceção de Casey Abrams, que estava no hospital. Retornar ao estúdio do Idol traz de volta aquela ansiedade?
Lambert: Estava assistindo na quarta à noite e pensando, talvez seja melhor eu não ver o show ou posso chegar lá e me sentir como se estivesse competindo! Felizmente, tirei isso da minha cabeça. É muito legal voltar, porque boa parte da produção é a mesma. Eles eram como família para mim. Mas sim, competir nesse show é tanta pressão, muito estressante. Se não fosse pela dinâmica que eu tinha com muitas pessoas nos bastidores, não acredito que tivesse ficado tão bem.

THR: Você recentemente twitou que estava trabalhando com o compositor Ryan Tedder, o que mais pode nos contar sobre seu novo álbum?
Lambert: No mínimo acho que ele deverá ser menos exagerado que o último. Com [For Your Entertainment], eu realmente quis ir numa linha altamente Glam; foi sempre uma onda e um conceito que eu amei e fiz isso por um ano. Acho que evoluir é bom e estou atraído para algo um pouco mais sério… menos fantasia ou máscaras – que é divertido, rock-n-roll pra ca… – mas agora estou muito inclinado a música e a artistas que estão cantando com o coração, sobre coisas reais.

THR: Tipo quem? O que tem ouvido ultimamente?
Lambert: O novo álbum da Adele fez minha cabeça. No ano passado, o álbum da Sia ficava no repeat. E eu também amo música eletrônica. De verdade, ouço muito. A música pop que tem tocado por aí eu amo, mas estou atraído a sons mais orgânicos novamente. Mesmo que eles sejam eletrônicos, quero que sintam como se estivessem vindo da terra, tangíveis, mais primais. Vai ser maravilhoso. É melancólico por enquanto, mas quem sabe. É melhor eu parar por aqui porque a última vez que fiz isso, falei um monte de coisas sobre o álbum e daí foi, tipo, “Ah, aquilo não estava no álbum.” Então não quero dar azar.

Fontes: The Hollywood Reporter e Billboard

Introdução e Tradução: Célia Mello

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