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13dez2010
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”Acoustic Live!” de Adam Lambert mostra habilidades de ouro perfeitamente
Pat Ryder, que também escreve para a Examiner, publicou na semana passada mais uma positiva review do EP “Acoustic Live!” de Adam Lambert. Confira:
Adam Lambert lançou seu EP “Acoustic Live!” em 06 de dezembro, e sem nenhuma surpresa, o empenho acústico é um golpe de mestre e mostra os vocais cristalinos e sobrenaturais contra o padrão chique do guitarrista Monte Pittmann.
O indicado do Grammy (você sabia que eu tinha que mencionar isso aqui, certo?) é apresentado em cinco faixas ao vivo: duas gravadas em estações de rádio em evento de promoção, e três da turnê internacionalmente bem sucedida de Lambert, a Glam Nation.
1. “Whataya Want From Me” (Live na Rádio ENERGY Berlin 103.4)
2. “Music Again” (Live na Rádio Hit Radio FFH)
3. “Aftermath” (Live na Glam Nation)
4. “Soaked” (Live na Glam Nation)
5. “Mad World” (Live na Glam Nation)Lambert e sua equipe fizeram um ótimo trabalho fazendo a seleção; de centenas de apresentações disponíveis, estas são claras e quase cópias fiéis das gravações das músicas. Somando-se a isso, por se concentrar em faixas acústicas, não somente a voz de Lambert permanece como peça frontal, mas também dá a oportunidade para os membros de sua banda brilhar.
Review do “Acoustic Live!” faixa por faixa
“Whataya Want From Me”
Não é segredo que ”Whataya Want From Me” é um sucesso retumbante para Lambert, sua versão da música escrita por Pink/Max Martin/Shellback atingiu a platina e deu à Lambert sua primeira indicação ao GRAMMY. Contudo, nova vida foi injetada em WWFM deixando-a mais lenta e cantando-a como a melancolia que ele ela é – seja de uma amante para outro, ou de um artista para sua platéia. Talvez uma das primeiras oportunidades que as amplas platéias (aqueles fora da base de fãs de Lambert) puderam ouvir este tipo de performance de WWFM foi quando Lambert foi mentor no American Idol este ano.
A versão de WWFM inclusa no “Acoustic Live!” é simplesmente maestral. Eu queria encontrar algo, qualquer coisa errada com ela para não ser acusada de ser uma fã obcecada. Mas a verdade é que, o vocal de WWFM é perfeição absoluta. O gentil dedilhar acústico de Monte Pittmann é um agradável pano de fundo para o claro, conciso som da flexível voz de Adam Lambert – incluindo o generoso uso do seu falseto. Numa era de auto-tune [ver nota], Lambert facilmente permanece afinado sem o benefício de um forte apoio dos instrumentos de uma banda para guiar seu caminho.
“Music Again”
Não é uma música que alguém pensaria que encaixaria bem num tratamento acústico, esta composição de Justin Hawkins foi feita para ser uma peça de glam rock estridente. Mesmo assim, com uma batida simples do congo de Longineu Parsons e o solo vibrante das cordas de Pittmannn, Lambert muda a música na sua essência. A música também tem uma nota extremamente alta que Lambert atinge em ambas vezes em que ele tenta. Versão divertida cantada extremamente bem. Mas com um exagero de riquezas no EP, esta é alegadamente a faixa mais fraca das cinco.
“Aftermath”
”Aftermath” é uma música que Lambert co-escreveu com Ferras Alqaisi, Alisan Porter e Ely Weisfield. A composição se tornou uma das favoritas dos fãs e recebeu um tratamento acústico ainda cedo, apresentada desta maneira durante a Glam Nation Tour.
Ela funciona maravilhosamente bem como faixa acústica em contraste com a super produzida gravação. Ao invés do bombástico hino em “For Your Entertainment”, Lambert transforma ”Aftermath” em uma quase cantiga de ninar, gentilmente encorajando as pessoas a acreditarem nelas mesmas.
Depois dessa delicada persuasão ao auto-amor, os vocais de Lambert se tornam fortes e passionais para mostrar que ele realmente acredita no que ele escreveu em ”Aftermath”. Possivelmente seja minha faixa favorita no EP.“Soaked”
Essa composição de Matt Bellamy do Muse é em termos uma balada e uma ópera rock. Em “For Your Entertainment”, ”Soaked” soa para mim como a ”Bohemian Rhapsody” de Lambert, indo do teatral ao rock e de volta ao teatral. Como um número acústico, que é como foi apresentado durante a Glam Nation, é fácil imaginar Lambert no papel principal de uma grande produção da Broadway.
”Soaked” parece ser a música que ganha a maioria dos críticos quando eles ouvem Lambert cantá-la ao vivo. É durante esta música que o operático contra-tenor [ver nota] de Lambert é mostrado, e deixa por terra qualquer comentário de que ele é simplesmente ”o segundo colocado de algum show de talentos”. Ele canta uma parte da música a cappella, e está inacreditavelmente em perfeita sintonia (não apenas aqui nesta faixa ao vivo, mas aparentemente a cada vez que ele a cantou na turnê) quando ele continua de onde parou depois de uma longa pausa para aplausos. Essa versão em particular de ”Soaked” é linda, e o entusiasmo da platéia é quase tão espetacular quanto a faixa. Amei.
“Mad World”
Eu fiquei desapontada quando eu ouvi que ”Mad World” estaria no “Acoustic Live!” Por mais que eu ame a versão de Lambert para esta música no ”American Idol”, eu tinha esperanças de uma versão acústica de ”For Your Entertainment”. Mas quando eu ouvi a versão de ”Mad World” que foi escolhida para o EP, não ouve mais questionamento sobre sua inclusão.
Lambert é conhecido por apresentar a versão de Gary Jules da canção (a qual faz parte da trilha sonora do filme “Donnie Darko” [ver nota]; confira aqui), o oposto da versão do Tears For Fears. (A canção foi escrita por Roland Orzabal do Tears For Fears). De qualquer maneira, ”Mad World” no “Acoustic Live!” é uma faixa dançante, acelerada, para deixá-la completamente com a cara de Lambert. Pittmann adiciona um pouco de flamenco, um pouco de reggae, e os bongos e teclados adicionam o exato toque de leveza que é tradicional numa balada reflexiva. Uma excelente escolha para fechar o EP, especialmente deixando o ”Obrigado” de Lambert para o final.
Avaliação? Mais que positiva, é claro!
Sim, essa é uma produção cinco estrelas e recebe uma avaliação cinco estrelas. A qualidade de som é excelente para um álbum ao vivo. Eu adoraria ouvir ou ”Aftermath” ou ”Mad World” sendo tocadas nas estações de rádio.
Se você é fã de Adam Lambert, você provavelmente já fez o download dessa preciosidade. Mas se você está em cima do muro com relação à Lambert ou você nunca comprou “For Your Entertainment”, faça um favor a si mesmo e dê uma olhada em algumas destas faixas no iTunes. Eu garanto que você vai olhar com outros olhos as habilidades de Lambert. Ele é simplesmente um dos melhores vocalistas da indústria hoje em dia, e não existe lugar onde esteja mais evidente do que nesta apresentação acústica, ao vivo… “Acoustic Live!”.
O “Acoustic Live!” está disponível no comércio digital do iTunes e Amazon.com, e foi oferecido em edição limitada em formato de CD via pré-ordem no Site Oficial de Adam Lambert.
NOTAS:
Auto-tune: É um processador de áudio criado pela empresa Antares Audio Technologies em 1994, que usa uma matriz sonora para corrigir as performances no vocal e instrumental. Ela é usada para disfarçar imprecisões e erros, e permitiu a muitos artistas a produzir mais precisamente suas músicas. Além de ser utilizado para mudar sutilmente a altura do som, com alguns ajustes, pode ser usado como um efeito deliberadamente preparado para distorcer a voz humana. O efeito Auto-Tune está disponível como um plug-in para o profissional de áudio utilizar em um estúdio, que fixa, e como um stand-alone a unidade para o desempenho vivo do processo. O Auto-Tune tornou-se equipamento padrão na gravação estúdios. No seu uso extremo o efeito Auto-Tune ficou conhecido por ter empregado na canção Believe (1998) da cantora norte-americana Cher (efeito Cher). O rapper norte-americano T-Pain é um dos músicos atuais que vem revitalizando o efeito.
Contra-tenor: É um cantor masculino adulto que canta numa tessitura correspondente à do alto ou até mesmo à do soprano, adaptando normalmente a técnica do falsete. Apesar de as propriedades vocais variarem entre contratenores, é comum a todos eles o timbre perceptivelmente distinto da voz feminina, para um ouvido atento.
Donnie Darko: É um filme americano do ano de 2001, dos gêneros ficção científica, drama e horror escrito e dirigido pelo estreante Richard Kelly. A história se desenrola em uma atmosfera sombria do fim dos anos 80, em uma pequena cidade claramente dividida entre liberais e conservadores. Nesse turbilhão se encontra Donnie Darko (Jake Gyllenhaal), um garoto considerado problemático com alguns traços de esquizofrenia. Em uma noite, um coelho monstro gigante acorda Donnie, salvando sua vida, pois repentinamente uma turbina de avião despenca do céu caindo exatamente na cama de Donnie. O coelho monstro gigante ainda profetiza que o mundo irá se acabar dentro de pouco tempo, este mundo, Donnie entenderá ser o mundo pessoal dele. Donnie se mostra dividido entre a realidade e suas alucinações, junto a isso, muitos questionamentos sobre o sentido da vida e, principalmente, da morte. O filme aborda temas da física teórica como a possibilidade de viagem ao tempo usando obras como de Stephen Hawking – Uma Breve História do Tempo e Roberta Sparrow – Filosofia da Viagem do Tempo para expor tais ideias. O filme trabalha a capacidade da pessoa trabalhar o que é o mundo de verdade, o lugar em que ele se encontra, ou o pessoal da própria vida.
E você, o que acha do álbum “Acoustic Live!” de Adam Lambert?
Fonte: Examiner
Tradução: Glória Conde
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