“True Hollywood Story” X “American Music Awards”

A “True Hollywood Story” de Adam Lambert contra o American Music Awards

O programa “The True Hollywood Story” (As Histórias Verdadeiras de Hollywood) diz que Adam Lambert irá discutir abertamente a sua ascensão à fama, a relação com a sua família, sua reação ao ficar em segundo lugar no “American Idol” e sua performance no “American Music Awards”. Irônica ou intencionalmente, a “True Hollywood Story” estará na briga pela audiência contra o AMA, na mesma noite e no mesmo horário. Qual é a dinâmica nesse jogo, no qual a “E” (Entertainment Television) escolheu exatamente essa noite para transmitir o programa? A partir do momento em que todos os fãs de Adam acreditam que o AMA o esnobou esse ano, assistir ao canal “E” em vez do AMA, parece ser sua melhor vingança. A participação do ídolo no documentário vai assegurar que os seus leais fãs permaneçam colados em suas televisões. Será que o programa “E” quis tirar vantagem intencionalmente dessa situação?

Adam Lambert é uma potência em se tratando de guerra entre audiências. A 9ª edição do American Idol perdeu seu primeiro lugar nas audiências, pelas Olimpíadas e “Dancing with the Stars”, por muitas semanas. Durante a semana de 14 de abril, na “Elvis Week”, quando Lambert foi o mentor e realizou uma performance, ele trouxe excitação e a audiência de volta ao American Idol. Com quanta força os fãs de Adam poderão impactar o AMA? Eu espero que a ABC sofra com isso.

A reação inflamada do público em relação à performance de Adam Lambert no AMA, no último ano, custou à nossa sociedade algo em relação a luta pela igualdade na comunidade LGBT [ver nota]. Afinal, se a sociedade trata mal Adam Lambert, como irão pensar as crianças da LGBT? A sociedade como um todo parece estar chocada pelo fato de Adam Lambert ser o primeiro homem gay que se transformou num “sex simbol” universal. Eu apoio completamente a atitude de Adam no AMA, em querer ser fiel à sua interpretação artística no que diz respeito à letra da música. Afinal de contas, Adam se entregou a nós até que “gritássemos o seu nome”, como ele mesmo nos havia prometido. (trocadilho com a letra de FYE). Apesar disso, Adam não estava no seu melhor, no que diz respeito ao seu desempenho vocal, levou uma queda feia no palco e foi com criatividade que ele não saiu da linha até o final da noite. Eu sinceramente não acho que 1.500 reclamações dirigidas a ABC de uma audiência que totalizou 14,2 milhões de expectadores é significativa, se comparada às 540.000 reclamações feitas para a FCC, em relação ao seio exposto momentaneamente por Janet Jackson, num evento durante o “Super Bowl”.

O que realmente saiu da linha foi a reação exagerada do público. Vamos dar uma pequena olhada na história do American Music Awards. O programa foi criado por Dick Clark em 1973, exibido pela ABC para competir com o Grammy. Os primeiros anfitriões foram Michael Jackson e Donny Osmond. O Grammy, por sua vez, teve origem na ABC e em seguida mudou-se para a CBS. Lembre-se que quando a ABC (Disney) cancelou a apresentação matutina logo após, devido ao desempenho de Adam no AMA, a sua rival, a CBS, o contratou rapidamente para o seu “Early Show”.

A diferença entre o AMA e o Grammy está na escolha dos investidores da indústria da música se basearem segundo as nomeações do Grammy, enquanto que os compradores se baseiam nas nomeações do AMA. A teoria é que o Grammy deveria refletir a qualidade musical e as colocações na Billboard e o AMA representasse a popularidade dos artistas. Adam Lambert tem dois vídeos de música com aproximadamente 10 milhões de visitas em cada um deles. O álbum de estreia, FYE, vendeu aproximadamente um milhão de cópias pelo mundo. “Whataya Want From Me” vendeu aproximadamente 1.500.000 em singles e “If I Had You” vendeu aproximadamente 500.000, somente nos EUA. A turnê de Adam, a Glam Nation, teve seus ingressos esgotados praticamente em todos os lugares em que se apresentou, aqui e pelo mundo, nesse tempo de dificuldades econômicas. É claro que Adam Lambert que permaneceu por dois anos entre os dez artistas mais procurados no Google é mais popular do que muitos dos candidatos ao AMA. A verdade é que, muitos dos produtores de programas de televisão têm sempre o toque de suas mãos nos resultados. Se o AMA e a ABC tem algum rancor contra Adam Lambert, eles precisam superar isso. Nada vai impedir que Lambert atinja o sucesso internacional.

A reação exagerada da ABC pode ter destruído a carreira de muitos artistas. Só que raramente você conseguirá encontrar alguém do talento, coragem, caráter e determinação de Lambert. O caminho para a fama que Adam escolheu pode não ser o mais fácil, mas sem dúvida é o que merece mais admiração do que condenação. ABC e American Music Awards, vocês deveriam ter vergonha. Eu estarei assistindo ao Adam Lambert no E – True Hollywood Story.

ADAM LAMBERT: “Meus fãs têm realmente apoiado a minha escolha em ser aberto em relação à minha sexualidade e meu estilo de vida. Eu acredito que esconder algo das pessoas e manipular o que elas pensam sobre você é muito mais ofensivo e desrespeitoso do que ser assertivo e assumir quem você é.”

NOTA:

LGBT: LGBT ou ainda, LGBTTTs, é o acrônimo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (o ‘s’ se refere aos simpatizantes). Embora refira apenas seis, é utilizado para identificar todas as orientações sexuais minoritárias e manifestações de identidades de gêneros divergentes do sexo designado no nascimento. Inicialmente, o termo mais comum era GLS, sendo a representação para: gays, lésbicas e simpatizantes. Com o crescimento do movimento contra a homofobia e da livre expressão sexual, a sigla GLS foi alterada para GLBS, ou seja Gays, Lésbicas, Bissexuais e Simpatizantes que logo foi mudado para GLBT e GLBTS com a inclusão da categoria dos transgêneros (travestis, transexuais, transformistas, crossdressers, bonecas e drag queens dentre outros). A sigla GLBT ou GLBTS perdurou por pouco tempo, pois o movimento lésbico ganhou mais sensibilidade dentro do movimento homossexual e a sigla foi alterada para LGBTS. Atualmente a sigla mais completa em uso pelos movimentos homossexuais é LGBTTTS, que significa: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Trangêneros e Simpatizantes, sendo que o “S” de simpatizantes pode ser substituído pela letra “A” de Aliados ou ainda acrescido a Letra “Q” de Queer que não é muito comum, porém é utilizada em alguns países e por alguns grupos do movimento gay. A inclusão do “L” na frente da sigla do movimento gay deu-se pelo grande crescimento do movimento lésbico e pelo apoio da comunidade gay às mulheres homossexuais.

Sugestão da Tradutora: Para quem é fã de Adam, e aqui todos nós somos, poderíamos fazer a nossa parte e boicotar a apresentação do “American Music Awards” que é normalmente apresentada ao vivo por pelo menos dois canais aqui no Brasil, apesar de provavelmente não sermos beneficiados com o “True Holywood Story” de Adam, concomitantemente com os EUA, dia 21 de novembro, uma vez que não existe sincronia na apresentação do programa de lá e o de aqui. Vale pegar um cinema, jogar vídeo-game, ver um filminho na televisão, ou melhor, ouvir ou assistir nosso próprio acervo do Adam, no mesmo horário. O site se encarregará de informar tudo sobre o episódio do “True Holywood Story” sobre o Adam assim que possível e estaremos atentos à programação nacional do canal do Entertainment Television (E).

Fonte: Associated Content

Tradução: Mônica Smitte

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6 Comments

  1. A onde eu assino????????
    Por mim….AMA já era…..Viva sexy Lambert….

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  2. Voto no boicote junto com a Monica! To looooooouca pra ver o True Hollywood Stories! Já pensou??

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  3. Boicote APOIADO! Mas ae, vcs sabem qnd vai passar a Matéria do E! Aqui no Brasil
    ? =/

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  4. Giulia, quem sabe não acontece um milagre e eles não transmitam na mesma data aqui no Brasil?

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  5. Monicaaaaa! tomara que sua boca seja abençoada…. já pensou que máximoooooo!!!!!!!!!!!!

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  6. Adorei !

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