Adam Lambert honra sua promessa, mantém show na Malásia moralmente aceitável

O Glam Rocker Adam Lambert manteve sua promessa ao governo da Malásia, evitando atitudes sexualmente sugestivas em um show na quinta-feira (em Kuala Lumpur), contra o qual protestaram os ativistas islâmicos.

O participante abertamente gay do American Idol fez milhares de fãs vibrarem com sua voz impecável e seu espetáculo bem-humorado por mais de uma hora em um estádio em Kuala Lumpur, a maior cidade de maioria muçulmana da Malásia.

No entanto, do lado de fora do estádio na noite de quinta-feira, dezenas de membros do Pan Malasyan Islamic Party (Partido Pan Islâmico Malaio), o maior grupo de oposição do país, mostraram cartazes nos quais se lia: “Estudantes muçulmanos protestam contra ícone gay no nosso país”, ou “Não é cultura nossa” com fotos de Lambert beijando outro homem.

O protesto não impediu o show, que Lambert jurou mais cedo essa semana que iria tornar mais discreto de acordo com as instruções do governo malaio.

Vídeos de Lambert beijando na boca um músico homem em vários de seus shows estão disponíveis em todo lugar na Internet. Mas na Malásia, o único beijo que o público viu foi o que Lambert lhes mandou entre uma música e outra.

“Senhoras e senhores, o show desta noite é sobre o amor” disse Lambert em meio às performances enérgicas de seus hits do Top 10 americano “Whataya Want From Me”, “If I Had You” e “For Your Entertainment”.

“Eu acho que algumas pessoas se sentem ofendidas por eu beijar um cara no palco,” Lambert, 28 anos, disse a repórteres horas antes do show “Mas sabe, por mais que eu odeie ter que ceder, é mais importante para mim poder trazer o meu show às pessoas da Malásia.”

Vários oficiais do governo malaio estavam no estádio para monitorar a performance de Lambert.

Nurhazwani Hifni, uma contadora de 25 anos que estava no show, disse estar agradecida à Lambert por ele ter respeitado o regulamento da Malásia, mas acrescentou que a extravagância e a sexualidade de Lambert não a incomodam.

“Pessoalmente, eu não me importo.” disse Nurhazwani, “Todos os fãs estão aqui pela música.”

Nos últimos anos várias cantoras de pop ocidentais, incluindo Gwen Stefani e Fergie, tiveram de adequar o seu guarda-roupa e evitar roupas muito curtas ou decotadas para se apresentar na Malásia devido à crítica do partido de oposição Islâmico, que as acusava de serem influências negativas para os jovens muçulmanos.

Fonte: Associated Press

Tradução: Yellow Pig

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