Review do Atlanta Journal-Constitution do Show de Atlanta, GA – 15/09

Adam Lambert faz show Glam-tástico no The Tabernacle

Considerando-se a quantidade de teatralidade num show de Adam Lambert, existe um perigo extremo de que tudo possa desmoronar numa pilha de penugem esquecível.

Mas Lambert é mais do que um boneco lindamente pintado capaz de ter ambos garotos e garotas bajulando-o.

Ele é um dos mais, se não o mais talentoso cantor que o ”American Idol” já viu em suas nove temporadas.

Então, enquanto gritam para assisti-lo pavonear-se pelo palco em ombreiras com plumas nos ombros e uma cartola – ele chama isso de seu próprio estilo Freddie-Mercury-misturado-P.T.-Barnum sua presença é ainda mais fixante quando ele começa a cantar.

Numa casa quase lotada no Tabernacle na quarta-feira à noite (seu segundo show como na maioria das noites, o primeiro no Woodruff Arts Center), Lambert pulou por um pouco mais de uma hora que evidenciou sua voz multi-oitava e músicas pop sólidas que desviam-se de baladas potentes à batidas ritmadas.

Sua voz flexível soou alguns tons mais graves quando ele espreitava através de uma versão sombria de ”Ring Of Fire” de Johnny Cash e a disco-tástica ”Fever” – impressionante, considerando-se que ele tem estado numa razoavelmente fatigante turnê desde Junho e logo irá seguir para o Japão e Austrália para shows durante o mês de Outubro.

Lambert é um artista natural que se move fluidamente e seus vocais são capazes de tornar uma faixa como ”Sleepwalker”, uma das mais comuns do seu álbum de estreia ”For Your Entertainment”, e transformá-la num ponto alto do show graças à sua adorável voz que pode variar de um sussurro à um gemido.

Mas o exemplo mais iluminado de suas habilidades veio com a operática ”Soaked”, uma balada poderosa que ele tratou com um polimento e paixão de um veterano da Broadway.

Apesar de que Lambert claramente estava se divertindo durante o show, movendo seus quadris para uma sexy coreografia com uma bengala em ”Strut”, alegremente e com movimentos aeróbicos o hino glam rock ”Music Again” e até transformando o desconfortável calor dentro do recinto numa piada sobre o sensualidade da platéia, ele estava particulamente a vontade durante um bis especial.

Normalmente é o seu baixista, o New Romantic/vanguardista Tommy Joe Ratliff, que concentra a maioria da atenção no palco, não destinada à Lambert, mas nesta noite, o baterista Longineu Parsons recebeu uma homenagem que deve ter colocado toda a Glam Nation no twitter.

Já que o homem de dreads das baquetas está deixando a turnê de Lambert para voltar a sua banda, Yellowcard, Lambert e os outros três membros do seu grupo colocaram perucas de dreadlocks durante uma apertada e melodiosa versão de ”20th Century Boy” como uma linda maneira de dizer adeus.

Espere encontrar isso logo no YouTube, onde a evolução da carreira de Lambert já é praticamente uma enciclopédia digital.

Desde o começo da sua turnê, Lambert tem dado a sua companheira de oitava temporada Allison Iraheta, principal visibilidade como show de abertura.

O lado positivo é que Iraheta, que recentemente se viu dispensada de sua gravadora, tem a chance de lembrar as pessoas que ela possui um certo conjunto de talentos e o potencial para desenvolver uma carreira.

Uma figura diminuta vestindo preto com uma cabeleira marrom que ela agita como qualquer boa roqueira, Iraheta se conecta com a rosnada ”Don’t Waste Your Pretty” e a acústica “Scars”.

Mas a atrapalhada e ofegante versão de “Heartbreaker” de Pat Benatar e a gritaria rouca de “Friday I’ll Be Over You” são evidências de que as ”bordas” de Iraheta ainda precisam de algumas aparas.

Fonte: The Atlanta Journal-Constitution

Tradução: Glória Conde

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