Review do LA Times do Show de Costa Mesa, CA – 28/07

Review ao vivo: Adam Lambert no Pacific Amphiteatre

Com uma gola de peles adornando seu casaco de franjas púrpura, a palheta colorida de um poster de filme italiano antigo espalhada ao redor dos seus olhos, e uma pena na sua cartola que também era adornada com um ”A” vermelho sangue, tudo em Adam Lambert grita ”olhem pra mim”.

É uma das razões pela qual o nativo de San Diego primeiramente tentou a sorte em musicais de teatro quando criança e mais tarde fez teste para o que é considerado o maior palco do país, ”American Idol”. Lambert não venceu aquela competição, ficando em segundo lugar, perdendo para Kris Allen na oitava temporada, mas na competição pelo sucesso pós ”Idol”, não há concurso.

Enquanto que Allen abriu os shows do Barenaked Ladies no Greek Theater na semana passada, um compromisso perfeitamente respeitável em adição aos shows abertos já para Keith Urban e Maroon 5, Lambert estava liderando o segundo show esgotado no Pacific Amphitheatre na quarta-feira, bem no meio do caminho de uma turnê mundial que ele tem se apresentando a platéias praticamente lotadas de agora até dezembro.

Quanto aquela queda do show de verão sobre o qual nós todos estamos ouvindo? Pode estar assolando a Nona Temporada do Idols Live, mas não não foi vista em nenhum lugar durante a parada da Glam Nation Tour, onde os devotados fãs de Adam Lambert – ou Glamberts, como são carinhosamente conhecidos – de todos os estilos de vida (desproporcionalmente maior na variedade feminina acima dos 40 anos) preencheu praticamente todos os 8.500 lugares. O que eles receberam de volta pelos seus U$ 39,50? Foi um show, no puro sentido da palavra.

A companheira de ”Idol” Allison Iraheta deu início aos shows da noite, no final da tarde, seguida pelo prodígio da guitarra, Orianthi. Ambas apresentaram shows fortes, mas mostraram mais poder ainda quando cantaram juntas o viciante e novo single de Allison, ”Don’t Waste Your Pretty.”

Mostrando um tom um pouco mais ameno, os 65 minutos do show de Lambert, abriu com duas faixas extras do seu álbum de estreia, ”For Yor Entertainment”: a temperamental ”Voodoo”, com a projeção de uma lua como pano de fundo e a sedutora ”Down The Rabbit Hole”, a qual trouxe um animal legórico – interpretado por um de seus quatro dançarinos – até um ”venha e me siga” através de uma selva de lasers da cor do arco-íris.

E assim eles fizeram – a platéia, em si. Uma reprise de uma das favoritas do ”Idol”, a faixa com toque oriental, ”Ring Of Fire”, enquanto que ”Fever”, co-escrita por Lady GaGa, mostrou uma divertida, mas total/completa lambida no rosto do baixista Tommy Joe Ratliff, talvez para lembrar aos fãs que a apresentação no American Music Awards em 2009, não foi uma exceção e sim uma regra.

Por outro lado, e mencionando uma frase de sua própria música, ”Whataya Want From Me”, Lambert foi igualmente adepto de desacelerar o ritmo. Ele apresentou a faixa co-escrita por Pink somente com o acompanhamento acústico do guitarrista e amigo de longa data Monte Pittman. Isso deu ao sucesso das rádios uma ressonância emocional.

Na dramática ”Sleepwalker”, com sua melodia sinuosa, e ”Soaked”, com seu arranjo espaçado, Lambert colocou seu alcance vocal com uma oitava desafiante a mostra, mesmerizando os novatos e incitando pelo menos um dos veteranos anteriormente citados a pedir silêncio à algumas pessoas próximas por estar falando tão alto durante uma performance tão apaixonante.

Na verdade, houve áreas do anfiteatro onde o volume dos vocais estava muito prejudicado. Qualquer fã apaixonado gostaria que a voz ao vivo de Lambert perfurasse todo o seu ser, então apesar de elevar o volume até 11, em alguns lugares o som mal chegou ao volume 7. Felizmente, assim que a batida retornou, com músicas como ”Music Again” e a faixa com estilo Scissor Sisters, ”If I Had You”, a energia da platéia, cantando cada palavra com os braços no alto, deu ao show o preenchimento merecido.

Três casacos longos e uma sugestiva bengala mais tarde, o bis de Lambert mostrou um flashback rápido do ”Idol”: uma versão dançante de ”Mad World”, amplamente citada como um de seus melhores momentos no show, a qual foi seguida por uma versão mais lenta de ”Whole Lotta Love”. Ambas as músicas exibiram as reviravoltas vocais corajosas que se tornaram a marca registrada de Adam Lambert, embora sem toda a produção que o show número um da tv pode comprar.

De fato, a escada de 5 ou mais degraus do palco de Lambert, é muito menor que a do ”Idol”, a iluminação mais simples e a banda mais compacta. O resultado final: Todos os olhos eventualmente fixados no vocalista. Então, vá em frente e o olhe fixamente. Adam Lambert quer isso de você…

Fonte: LA Times

Fonte: Glória Conde

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One Comment

  1. Maravilhoso!

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