Review do Kansas City.com do Show de Kansas City, MO – 15/07

Adam Lambert no Midland

Quando sua história for escrita, o ”American Idol” vai ser lembrado na sua maioria por poucas coisas: Simon Cowell; as pseudo-aberrações que se inscreveram para os testes; e uns poucos de seus vencedores e segundo colocados.

Quinta-feira à noite, um dos mais memoráveis concorrentes do ”Idol” de 2009, o segundo colocado, Adam Lambert, lotou o Midland Theatre, um feito raramente conquistado nos dias de hoje, a não ser que você seja Leonard Cohen ou parte de um dos golpe de sorte de hard-rock de Johnny Dare.

Para te dar uma idéia do quão impreciso é o termômetro do ”Idol” no que se refere a predizer sucesso, Lambert perdeu para Kris Allen, que no começo do ano, era uma das atrações de abertura dos shows do Barenaked Ladies e Counting Crows. Lambert gira numa órbita diferente de qualquer outro vencedor ou segundo colocado do ”Idol”. Ao invés de fazer grunge de terceira geração ou R&B/pop/soul aguado, o negócio dele é mais uma mistura de dance-pop e dance-rock – do tipo mais apreciado pelas divas – e acrescentar a tudo isso um toque gótico.

Isso o ajudou a construir um batalhão de fãs com idades que variam dos 12 aos 60 anos, o que foi a somatória da platéia de quinta-feira.

Sua turnê é chamada ”The Glam Nation Tour”; seus fãs ardorosos chamam a si mesmos, Glamberts; e seu show é cheio do estilo cabaret, com coreografias e trajes andróginos – uma mistura de Frankie Goes a Hollywood, Culture Club e Cher.

Ele subiu ao palco do Midland num destes trajes, um conjunto de pele, franjas, couro, pedrarias e uma cartola preta, cantando a música ”Voodoo”. Ele apresenta um show de 75 minutos de dança e música – algumas delas poderosas e barulhentas com batidas pesadas; algumas suaves e acústicas. O show inclui covers de ”Ring Of Fire” de Johnny Cash e ”Whole Lotta Love” de Led Zeppelin, provando que tenacidade e audácia não são dois de seus pontos fracos.

Lambert separa a si mesmo do ”pacote” do ”Idol”, com seu senso de breguice e sua voz, que é grande e poderosa o suficiente para incorporar Robert Plant ou uma de suas próprias músicas de batida super dançante, como ”Sure Fire Winners” ou ”Music Again”. Sua voz também é ágil o suficiente para lidar com baladas tocadas com guitarra ou piano, como ”Sleepwalker” ou ”Soaked”.

O setlist tocado no show compreende mais de uma dúzia de músicas, a grande maioria do seu álbum de estreia ”For Your Entertainment”, agora com aproximadamente 700.000 mil cópias vendidas somente nos Estados Unidos (mais do que o dobro do álbum de estreia de Allen). Mas os detalhes, incluindo um show de lasers e as coreografias, são tão atrativos quanto as músicas.

Tudo foi muito apreciado pela platéia de mais de 2.500 pessoas, algumas das quais acamparam fora do teatro antes mesmo do almoço, para assegurar um bom lugar na pista.

Muitos renderam tributos a ele, com jóias inspiradas na sua visão ou uma camada extra-pesada de rímel. Apesar de que o som poderia ter sido um pouco mais claro, muitos devoraram a apresentação com um tipo de intensidade e entusiasmo que outro concorrente do ”Idols” gerou – Clay Aiken.

Ele [Clay Aiken] aprendeu que a longevidade é uma busca enganosa e ilusória. Lambert, também, talvez aprenda a mesma coisa, mas por hora ele parece como um cara que perdeu a batalha, mas que está ganhando a grande guerra.

Allison Iraheta: Ela, também, é uma premiada do ”Idol” e durante seu breve show de abertura, ela mostrou o que a trouxe ali: uma voz poderosa o suficiente para dar conta de ”Hearthbreaker” de Pat Benatar e algumas de suas próprias músicas hard-pop, que evocam a sonoridade e estilos de Pink e Joan Jett.

Fonte: Kansas City.com

Tradução: Glória Conde

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