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03jun2010
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The Weekender: Uma Conversa Com Adam Lambert
Conforme postamos aqui, ontem (2) Adam participou de uma conferência com a imprensa. Uma delas foi na rádio 98.5 KRZ, do Spotlight Lounge, cujo evento patrocinado por Quiznos, geralmente apresenta uma performance intimista de algum artista em destaque, mas em um esforço para salvar a sua voz, depois de um recente surto de laringite, Adam conversou com os hosts Rocky e Sue sobre a “Glam Nation Tour”, o programa “American Idol”, e seu CD “For Your Entertainment” e, naturalmente, sobre dicas de maquiagem.
“Espero que todo mundo venha (para o show) vestido com alguma roupa interessante” – disse Adam, antes de alertar as mulheres para “terem cuidado com a sombra de olho azul”. Depois de posar para fotos e dar autógrafos para suas fãs na KRZ, Adam foi se esconder na cozinha da estação para conversar com Nikki M. Mascali do Weekender – e comer um sanduíche muito apressadamente.
Esta é a sua primeira turnê. Qual é a sua visão a respeito disso, e que os fãs podem esperar?
Primeiro, eu não tinha idéia alguma e eu estava assim: “Eu preciso de uma visão!” (risos), mas então eu pensei sobre isso por um tempo, nós tínhamos acabado de lançar minhas faixas de remix, que incluem de “Whataya Want From Me” e “For Your Entertainment” e um dos bônus que colocamos lá foi “Voodoo”, uma das músicas que eu gravei para o álbum. Por alguma razão no momento, eu pensei que não se encaixava no álbum.
De fato eu gostaria de tê-la colocado, pois me apaixonei por essa música novamente e tive uma grande resposta dos fãs, pensei que deveria ser o número da abertura porque é tão teatral, tem um tema interessante e é realmente visual, por isso finalmente entendi que caberia no show e o show caberia nele. É um tipo de obra estilo “vodoo de New Orleans, steampunk [ver nota abaixo]“, porque todos os artistas do mundo pop estão fazendo esse estilo futurístico que eu adoro, mas eu quero fazer algo diferente.
Eu adoro história, fotografias antigas e roupas estilo vintage e desejo voltar no tempo, ao contrário de avançar. Estamos misturando tudo isso com uma grande quantidade de glam rock psicodélico – tudo com muitas pedrarias, mas isso é um tipo diferente de glam. Não é a glam dos anos 80 ou 70, mas ainda mais antigo.Agora que você lançou o álbum e vai começar a turnê, a sua sexualidade deixou de ser um assunto em foco?
Não, ainda está aqui! Há momentos em que eu penso “Oh meu Deus, estou falando sobre isso novamente?” Minha sexualidade não define quem eu sou – como uma pessoa ou como artista. Mas ao mesmo tempo, rock n roll e sexo andam de mãos dadas e essa presença é necessária. Eu sou uma pessoa sensual, quando eu canto. A coisa boa sobre isso é que não existe muita diversidade sobre o que é ser um homem gay e por isso estou muito feliz por me lançar dessa forma e ser o tipo de pessoa que eu sou, e não como todo mundo é.
(Minha sexualidade) nunca apareceu no “American Idol”, pois ninguém me perguntou e eu achava: “isso não tem que vir à tona agora.” Talvez se eu estivesse em algum tipo de relacionamento”, mas você sabe, falei sobre isso abertamente porque isso faz parte de quem eu sou.Em relação ao ano passado, qual é a coisa mais surreal que te aconteceu?
Estar no palco com o Queen foi um momento estranho e surpreendente. Estar no estúdio com Lady Gaga era selvagem, bem como com Linda Perry e Max Martin. Todas as pessoas com as quais eu venho trabalhando têm me proporcionado momentos muito excitantes, e o fato de eu poder criar e fazer o design do meu show é um maravilhoso sonho que se torna realidade.Você está trabalhando em algum material novo?
Não realmente, uma ou duas coisas aqui e ali que estão flutuando na minha cabeça, mas estou realmente focado na turnê agora. Depois do Ano Novo, eu vou mergulhar em tempos criativos. Ainda existem singles do álbum que eu quero lançar.Ninguém da mídia – revisores, fotógrafos, etc – são permitidos no show de sexta-feira no Kirby Center. Por quê?
Nós colocamos essa turnê na estrada realmente rápido e este show foi concebido para os fãs. Qualquer outra pessoa que vê-lo vai amá-lo, mas ele é feito para eles (os fãs). Eu quero que seja deles, pelo menos para começar. Eu quero que ele seja assim, sagrado. Eu quero que seja uma troca minha e dos meus fãs e quero deixá-los falar entre si e que se sintam muito excitados e animados a respeito disso – afinal, eles foram os responsáveis pelos ingressos desse show terem se esgotado.
Uma vez que tivermos entrado num ritmo e tivermos estabelecido uma relação com a fanbase, então aí sim eu adoraria que os jornalistas e críticos me vissem. Estou muito aberto a isso, mas eu realmente quero ter uma semana, pelo menos, para realmente me conectar com o público antes que o show seja explorado e celebrado pela mídia.
Eu aprendi muito este ano sobre a mídia. Eu amo a mídia, eu amo a entrevistas, fotografias, jornalismo, mas a música e os resultados vêm em primeiro lugar para mim, e eu realmente quero enfatizar isso. (A viagem) é uma pequena obra em andamento e poderá haver algumas mudanças em alguns dias. Eu quero realmente solidificar o show antes que eu possa mostrá-lo à crítica.E, finalmente, você pinta suas próprias unhas?
Sim, eu é que faço, e é por isso que elas estão essa baita bagunça (risos).
NOTA: Steampunk é um subgênero da ficção científica, ou ficção especulativa, que ganhou fama no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Trata-se de obras ambientadas no passado, ou num universo semelhante a uma época anterior da história humana, no qual os paradigmas tecnológicos modernos ocorreram mais cedo do que na História real, mas foram obtidos por meio da ciência já disponível naquela época – como, por exemplo, computadores de madeira e aviões movidos a vapor. É um estilo normalmente associado ao cyberpunk e, assim como este, tem uma base de fãs semelhante, mas distinta. (Fonte: Wikipedia)
Fonte: The Weekender
Tradução: Mônica Smitte
Eu estou adorando a “Vodoo Vibe” desse tour..me parece que sinto um “cheiro” de Fantasy Springs. Adooooro!