Artigo Na Frontiers In LA Magazine – Jun/2010

Conforme postamos aqui, Adam Lambert é capa da Frontiers In La Magazine da edição de Junho, e na entrevista que segue, Adam revela que abrirá o show com a música do seu álbum, “Voodoo”. Confira a entrevista completa:

Voodoo Child

Por Stephan Horbelt

O messias gay da música pop, Adam Lambert, senta-se com a FRONTIERS enquanto está prestes a sair em uma turnê nacional.

Nós discutimos sobre a vida em L.A, loucura de fãs e como ele se sente sobre inadvertidamente ter arruinado o futuro das próximas temporadas do “American Idol”.

Eu sei que você cresceu em San Diego, mas há quanto tempo você vive aqui em L.A?
Eu moro aqui há 8 anos.

E como você se sente sobre L.A? Você gosta daqui… Odeia…
Eu tenho muito amigos aqui. Mesmo agora, depois de tudo o que aconteceu, eu saio, converso com muitas pessoas que conheço, e eu adoro isso. Este é definitivamente um ponto, provavelmente quando eu tinha entre meus 24 e 25 anos, quando me sentia um pouco cansado, então eu buscava uma nova comunidade de pessoas. Eu acho que o que faz esta cidade tão especial é que há muito tipos criativos aqui, eu acho que tudo o que você procura você pode achar aqui.

Sua página da Wikipédia tem uma ótima descrição sua – Ela o chama de “O primeiro artista pop abertamente gay a começar a carreira em uma das maiores gravadoras da América”. Você considera isso uma grande responsabilidade? Como você se sente sobre isso?
Isso definitivamente vem com uma enorme pressão, com certeza, mas uma coisa que vivo dizendo para mim mesmo toda vez que a pressão começa a surgir é que eu devo fazer o que sempre fiz, só que agora em proporção maior, então isso não é tão ruim assim! As oportunidades que eu tenho tido por causa do “American Idol” são maravilhosas.
Uma coisa que eu sempre pensei sobre o jeito que a música Pop funciona é que metade de tudo tem a ver com seu talento e habilidade de se apresentar, e a outra metade tem a ver com conseguir trabalhar com as pessoas certas. Uma das melhores partes em ser um dos finalistas do “American Idol” foi que agora eu tenho a oportunidade de trabalhar com alguns dos maiores produtores da indústria para realmente divulgar meu som.

Você tem sido muito aberto sobre suas influências musicais, mas o que você tem ouvido e gostado no momento?
Eu gosto muito da música eletrônica do Reino Unido – Eu estive gravitando por esse lado antes. Eu tive o meu momento quando eu estava mais para o lado do rock clássico, contudo antes disso eu era mais voltado para o pop eletrônico. Eu adoro Goldfrapp, La Roux. E todas as outras divas pop americanas, claro, como Gaga, Christina, Madonna, Rihana. Eu adoro todas elas.
Eu, ainda, tenho minha queda pelo eletrônico independente, eu também tenho ouvido muito Mike Snow. Coisas do momento. Eu escuto muitos estilos de músicas diferentes.

Como você tem encarado a situação com suas fãs?Alguma história de horror com alguma fã mais apimentada?
Bem, há algumas ocasiões em que algumas fãs passam dos limites, mas para cada uma dessas fãs há 10 maravilhosas pessoas que eu encontro. De vez enquando você encontra alguém um pouco mais louco, mas o fato é que elas todas são muito positivas e me apoiam. Eu tenho alguns desafios, por ser diferente do típico artista, por causa de minha sexualidade ou pelo estilo da música que estou fazendo. É muito bom ter todo esse apoio, isso me faz sentir que existem pessoas que querem ouvir meu som, e isso realmente é muito importante para mim.
É engraçado, pois é tão fácil ouvir a parte negativa e não a positiva das coisas, especialmente se você comete o erro de procurar isso pela internet, onde todos reclamam e cobram sobre tudo. Então uma das coisas que eu venho trabalhando nos últimos meses em particular é realmente focar no lado positivo e me divertir e curtir o que eu faço, porque eu acho que o público gosta disso.
Primeiramente eu não sabia se a comunidade gay aceitaria isso ou não – o que estou fazendo. E então aos poucos eu fui viajando internacionalmente e nacionalmente e conheci muitos homens e mulheres gays que estavam verdadeiramente empolgados com o meu álbum e sobre o que eu estou fazendo, e isso me fez sentir muito bem, saber que minha comunidade reconhece meu trabalho.
É interessante porque quando toda aquela repercussão aconteceu na premiação do AMA com toda aquela controvérsia sobre eu ter beijado aquele garoto e ter agarrado o outro – o engraçado é que houve uma divisão geral da comunidade gay. Houve alguns gays mais conservadores que disseram: “Você não deveria ter feito isso, você nos deixou com uma imagem ruim, nos fazendo parecer vulgares”. E eu me lembro de ter pensado comigo mesmo, o quão orgulhoso que sou de pertencer à comunidade de gays e lésbicas, mas não é meu trabalho manter a imagem da comunidade. Eu somente sou responsável for manter a imagem de quem eu sou como indivíduo. Foi um tempo de controvérsias, porque por mais orgulhoso que eu seja, eu não estou aqui para representar um grupo. Eu estou aqui para ser um artista.
Por sorte, há pessoas que me apoiaram e esqueceram isso. [risadas]

A nona edição do American Idol terminou recentemente e as pessoas estão dizendo que foi uma temporada chata. Você se sente responsável por isso? Suas apresentações foram tão esplendorosas que nesta temporada eles tiveram que superar muitas coisas.
Isto é muito lisonjeiro – Eu aprecio isso, mas eu acho que é tudo muito imprevisível. É uma competição de talentos, eles recebem as audições a cada ano, e neste ano eles estavam apenas em uma vibe diferente. A grande maioria dos participantes eram cantores-compositores, e este estilo tem muita integridade e coração, e eu acho que definitivamente há espaço para isso na música. Meu estilo, enquanto eu tentei ser emocional em certas semanas, era também teatral e eu estava tentando chamar a atenção das pessoas e fazer coisas além do que era proposto. Eu acho que isso é apenas uma questão de estilo.
Hoje em dia no mercado da música, as pessoas querem ser entretidas de um jeito mais teatral. Se você reparar muitos artistas pop encenam – Muitos deles são mulheres – as pessoas gostam da Gaga, Beyonce e todos estes grandes artistas que fazem espetáculos bem como aqueles que criam batidas musicais divertidas e cativantes. Você precisa criar o visual além do áudio, e isso é algo que eu de verdade me orgulho e curto muito fazer.

Eu sei que você atualmente está trabalhando em sua turnê que está próxima. O que seus fãs podem esperar?
Isto é muito empolgante. Eu escrevi uma música com Sam Sparro para meu álbum, e a música se chama “Voodoo”. Ela não estava no repertório gravado – é uma faixa bônus – mas eu a gravei em meu remix que foi lançado há alguns meses atrás, e eu recebi uma ótima repercussão dela. Eu então me apaixonei por essa música novamente.
Tematicamente, é sobre lançar um feitiço de amor em alguém. É muito cafona e tem muito com a imagem que tem haver com New Orleans e vodu e pântano e é um tipo divertido. E então eu decidi que eu abriria minha turnê com essa música, mas eu também quis fazer toda a turnê entrar nesse mundo, quase como uma volta ao século em New Orleans, com bruxarias, mistérios, e tipos de vodu imaginários.
Eu fui a New Orleans pela primeira vez no ano passado e eu fiquei tão inspirado pela a cultura e a história de lá. Tem alguma coisa naquela cidade que é muito sexy para mim. A turnê vai de um período escuro – quase como uma ironia ao tipo de energia gótica – até muita celebração, luz e felicidade.
Eu estou muito empolgado porque tem sido divertido criar idéias que complementam todas as músicas do álbum.

Eu tenho mais uma pergunta, e é muito séria. Quem você prefere – Ryan Seacrest ou Simon Cowell?
Quem eu preferiria o que?

Você sabe o que eu quis dizer.
Ew. Nenhum dos dois é meu tipo. Ambos são velhos para mim. Eu gosto de belos garotos entre seus vinte e poucos anos. Certifique-se de escrever isso.

Fonte: Adam Lambert TV

Tradução: Carla Cristina Ramos

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2 Comments

  1. HAHA adoro o bom humor do Adam, ele sempre dá um jeito de escapar 😛
    Voodoo omg!

    1

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