Adam na Capa da Out In The City Magazine – Maio/2010

Para a edição de maio, da Out In The City Magazine – the most comprehensive guide to gay London – tem uma entrevista exclusiva com Adam Lambert (na página 30), da qual ele é a capa também.

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Deixe-me Entretê-lo:

Adam Lambert é o popstar gay mais aberto e orgulhoso a ter saído da América contemporânea. Antecipando o lançamento do seu álbum de estréia no Reino Unido, ele conversou com Michael Turnbull da ”Out In The City”.

Will Young [vencedor do primeiro programa Idol em 2002, no Reino Unido, cujo atual single “Leave Right Now”, é a música da eliminação do American Idol deste ano], só se assumiu depois de ganhar o Pop Idol, e mesmo assim só depois que os jornais descobriram. No entanto, nunca houve realmente qualquer negação por parte do American Idol, Adam Lambert. Nascido em 1982, e criado na Califórnia, desde o momento de sua primeira aparição na oitava edição do programa, o cantor extrovertido sempre usou e abusou da maquiagem, calças apertadas, cabelo pintado… e isso foi antes mesmo de nós chegarmos a ver as fotos que apareceram dele beijando meninos. Com experiência em teatro musical, se apresentar ao vivo no palco, isto não o perturbou. Apesar de sua florida extravagância, a América o amou e ele conseguiu acertar até a a final do concurso, perdendo para o consideravelmente enfadonho Kris Allen. Adam está agora de volta com um excelente álbum de estréia chamado ”For Your Entertainment”, com colaborações de Pink, Lady Gaga, Max Martin, Sam Sparro, Matt Bellamy do Muse e, er… Justin Hawkins do The Darkness. Ele emplacou mais de 198.000 de vendas em sua primeira semana de lançamento nos EUA em Novembro, e agora ele está fora para conquistar o Reino Unido e a Europa. Michael Turnbull conversou com ele para falar sobre Eminem, sobre ser seu próprio modelo e sobre rock star sporrans [bolsa de couro].

Oi Adam, como estão as coisas?
Eu estou bem. Estou dirigindo pela área rural. Eu estive na Escócia, onde eu usei um kilt [saiote escocês]. Eu posso me vestir assim sempre que quiser. Eu o vesti tradicionalmente? Não, estava muito frio! De qualquer maneira, eu sigo minhas próprias regras, você me conhece. Mas alguém tinha feito um sporran [bolsa de couro] pra mim com pontas. Era um sporran rockstar total!

Como foi em Londres?
Eu posso me ver morando lá. Eu fui até Soho na primeira noite, conheci Boy George e então fui num clube na parte leste chamado Dalston Superstore. Foi legal. Boa música e caras sexy.

Como foi conhecer Boy George?
Ele é tão pé-no-chão. Ele é um ícone; foi uma honra conhecê-lo. Ele conversou sobre música e Taboo. Eu tinha alguns amigos meus na série que ele conhecia.

Quando você voltar a Londres, você irá explorar Vauxhall [Vauxhall é uma área no interior da cidade do sul de Londres]?
Onde? É para os gays mais agressivos? Ah não, essa não é a minha praia. Se estou vendo alguém? Não, estou solteiro.

Essa é aquela desculpa para a mídia de “Sim, eu tenho um namorado, mas é melhor dizer que estou solteiro”?

Não, eu realmente estou. Honestamente, é bem difícil com todas essas viagens que estou fazendo. Eu acho que ter um relacionamento seria realmente difícil agora.

É verdade que você é o primeiro artista abertamente gay a lançar uma carreira com uma grande gravadora nos Estados Unidos?
Eu não tenho certeza. É uma raridade, estou tão animado. Eu tenho tanto apoio da gravadora e do empresário.

Quando você estava participando do Idol, como você se sentiu quando apareceram fotos de você beijando garotos?
Foi algo como, “Ops, isso será interessante”. Eu sempre planejei ser aberto sobre a minha sexualidade, porque tenho orgulho dela. Não tenho vergonha. Eu também pensei, “Eu estou em Hollywood por oito anos. Não tem jeito de querer que isso seja segredo”. Eu definitivamente comecei isso.

Já houve alguém que contou vantagem?
Ainda não. Mas isso é porque eu não estou escondendo nada. Qualquer um poderia fazer isso, de qualquer jeito, como você prova?

Qual foi a história com a revista Rolling Stone?
Bem, essa foi a primeira vez que eu oficialmente me assumi, eu acho. Foi estranho porque eu sou assumido desde que eu tinha 18, então, eu não vi realmente qual é o grande problema.

Que tipo de música você escuta?
Bem, eu amo a Gaga, claro. Gaga, Beyoncé, Christina e Pink são as minhas garotas.

Existiu alguém tipo Judy ou Liza?
Não, eu nunca me interessei por isso. Na verdade, era Madonna. Michael Jackson e ela eram as duas grandes estrelas que eu ouvia. Eu lembro quando era uma criança e colocava na MTV para assistir os clipes deles. Aquilo pra mim significava tanto a indústria da música quanto a música em si.

Sobre o álbum, você trabalhou com muitos britânicos como Matt Bellamy do Muse e Justin Hawkins do The Darkness. Você os conheceu?
Eu conheci Justin bem rapidamente, porque ele estava trabalhando em algum outro material com um produtor. Ele foi realmente legal. Eu não conheci o Matt, teria sido ótimo porque eu sou um grande fã do Muse. Eu cheguei a conhecer o Sam Sparro. Foi legal. Eu fiz uma música com ele chamada “Voodoo”. E depois a música que eu fiz com a Gaga, nós gravamos em estúdio e isso também foi legal.

Você estava preocupado com a sua roupa naquele dia?
Eu não estava vestindo nada ultrajante, mas era original e novo. Eu maquiei bem meus olhos.

Como é a sua relação com Perez Hilton?
Está sendo positiva, até agora. Está sendo boa desde que eu me assumi, porque então ele não está mais pegando no meu pé. Mas o que ele faz? Ele é um blogueiro?

Ele está tomando o mundo!
Eu sinto como se ele estivesse perdendo o poder, mas talvez seja só eu que pense assim. Mas eu conversei com ele algumas vezes e ele é apaixonado por música. É ótimo ter pessoas defendendo a criatividade.

Eminem tinha algo a dizer para você também.
Você sabe que chegou lá quando Eminem fala porcarias sobre você. Ele fez isso com Christina algum tempo atrás. Não é nada novo; é como se fosse um tipo de artíficio dele.

Você twittou um dia desses dizendo, “Não faça como eu faço, faça como você faz, eu espero que vocês tenham o poder de ser o que vocês querem ser”.
Eu só tive uma reação sobre umas coisas que eu disse em público. As pessoas diziam: “Você precisa ser cuidadoso com o quê diz, você é um exemplo”. Eu disse: “Hey,eu sou um cantor, não estou aqui para ser babá de seus filhos ou me fazer de exemplo, exceto que eu acredito na liberdade de expressão e individualidade”. Então essa é a minha grande filosofia e eu quis mostrá-la. Eu não estou tentando ser um modelo de conduta, estou apenas encorajando as pessoas a serem o que elas querem ser.

Fontes: joooory/Idol Forums e Out In The City Magazine

Tradução: Louise Fernandes
Agradecimentos: Glória Conde

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