Entrevista do In The News – UK – 28/04

O site In The News fez uma entrevista com o Adam. Aqui ela em português:

American Idol pode ser um dos maiores programas de televisão do planeta, mas, fora Kelly Clarkson, Jeniffer Hudson e Jordin Sparks, a maioria de seus concorrentes mais famosos deixaram uma pequena impressão nas paradas neste lado do Atlântico.

Tudo isso está pronto para mudar com a chegada de Adam Lambert, um dos mais talentosos – e com certeza mais extravagante – cantores que já apareceram no palco do Idol.

Deixando Simon Cowel e os outros jurados sem fala, com suas performances de músicas do Michael Jackson, Led Zeppelin e Aerosmith, Lambert, pode ter terminado em segundo para Kris Allen na oitava temporada, mas é seu estilo glam poprock que permanece.

Depois de uma performance que trouxe muitos comentários no American Music Awards e receber uma ordem para “agitar” da assustadora técnica de líderes de torcida de Glee, Sue Sylvester, Lambert chega no Reino Unido para nosso entretenimento, com álbuns com diversos compositores como Lady Gaga, Weezer’s Rivers Cuomo e o homem da frente de The Darkness, Justin Hawkins.

Antes do lançamento de seu álbum de estréia, Adam conta para Lewis Bazley sobre os conservadores dos Estados Unidos, a visão de Simon Cowel, e estar solteiro pronto para conhecer alguém.

Você fez muito musical antes do American Idol, trabalhando como substituto em Wicked, por exemplo. Se não tivesse se inscrito para o maior show da América, você continuaria nos palcos?

É mais provável que eu estivesse fazendo isso para pagar as contas. Era o que eu fazia quando tinha 25 anos. Eu amo a arte de entreter, é o que eu cresci fazendo e o que eu sei, e eu comecei uma carreira nesse ramo, me juntei a essa união, consegui os benefícios de saúde… mas quando eu tinha quase 25 anos, eu estava mais e mais interessado em fazer minha própria música como artista. Acho que eu continuaria fazendo mais de minha própria música enquanto ainda fizesse teatro.

É verdade que sua decisão de se inscrever para o programa foi influenciada ao consumir algumas substâncias ilícitas no Burning Man Festival?

É, Rolling Stone pegou uma licença poética com o cronograma lá! (risos) Não era como seu estivesse delirando e pensando em Simon Cowell! Foi mais pelo fato de eu estar no Burning Man e ter uma epifania, onde eu sabia o que eu deveria estar fazendo com a minha vida, que eu precisava criar minhas próprias oportunidades, de ir atrás dos meus sonhos invés de esperar que eles chegassem até mim. Quando voltei, comecei a fazer coisas diferentes, trabalhando em mais músicas e foi aí que o American Idol apareceu na conversa, então eu pensei que deveria fazer o teste.

O que você acha desse tipo de programas como um todo? Eles só criam cantores de segunda mão ou são mesmo uma boa plataforma?

Acho que depende do artista que se propõe a isso, como você aproveita a situação. Eu estou muito grato com isso, porque eu creio que seja uma plataforma – não acho que teria assinado um contrato com uma gravadora sem o American Idol, eu quase posso garantir que não teria. Eu ouvi que sou o primeiro cantor gay, abertamente assumido, numa grande gravadora americana e a prova está bem aí – sendo tão confortável em relação à minha sexualidade como eu sou, centralmente, posso garantir que uma gravadora de grande nome, provavelmente gerenciada por um homem de meia idade, não me veria como alguém que eles queiram investir um monte de dinheiro.

Então, você ficou surpreso com o quão bem foi no programa?

Sim! Fiquei totalmente surpreso. Eu não acho que se eles sabiam ou não se eu era gay, não acho que foi confirmado. O que é engraçado pra mim, porque eu tipo… não fiz nada pra esconder, ou mentir, eu só não falei sobre isso porque não tive oportunidade e é irrelevante, é uma competição de canto. Não era como se eu fosse cantar “Whole Lotta Love” e durante os comentários dos jurados, dizer “Ah, a propósito, eu sou gay!” (risos).

Você se importa com o fato de não ter vencido o American Idol?

Não, não acho que isso teria feito muita diferença em relação a onde estou agora. É uma oportunidade, e depende do que você faz com isso, e ganhar primeiro ou segundo lugar não qualquer influência com o fato de estar no programa.

Seu álbum de estréia será lançado aqui em algumas semanas, com uns compositores de pop realmente maravilhosos nele, incluindo Lady GaGa, Pink, Dr Luke… Mas ainda tem muitos compositores surpreendentes como Matt Bellamy do Muse. Deve ser incrível pra você, ter tido colaboradores de tão alto calibre, para um novo artista?

Eu realmente não acreditei quando vi a lista pela primeira vez, estou apenas lisonjeado e humilde. Não acredito que essas pessoas tenham tido fé em mim para que eu cante suas músicas, e isso me deu uma grande aprovação pelo projeto.

Você conhecia o Justin Hawkins do The Darkness, outro compositor do álbum?

Sim! Acho que a coisa sobre The Darkness e Justin é que eles são totalmente cafonas, totalmente afeminado. E afeminado é algo que pode ser muito mal interpretado em geral, às vezes as pessoas não entendem que o que você está fazendo é intencional. E eu aprendi isso da pior forma…

Estamos falando da controvérsia sobre sua performance no American Music Awards, o qual você beijou um dos homens de sua banda. Eu digo que os telespectadores britânicos não ficaram tão surpresos com a reação dos Estados Unidos, conhecendo os telespectadores conservadores em maioria no país. Mas foi frustrante porque você beijou as mulheres também?

Tinha a mesma quantidade de agarração com mulheres (risos). Eu só fiquei frustrado porque eu vi mulheres e homens héteros fazendo coisas ousadas no palco durante anos e então eu fui bode espiatório porque eu era o cara gay fazendo isso. Só para enfatizar, eu sou o cara do American Idol que vocês todos achavam uma coisa, então foi uma surpresa mesmo.

Você deve ter esperado um tipo de reação…

Não esperava ter sido uma grande coisa como foi, mas pra constar, estou feliz que foi assim, porque facilitou uma conversa sobre hipocrisia.

Isso mostrou que há atitudes às escondidas nos EUA?

Sim, existem muitas atitudes escondidas. Sou grato por ter crescido no sul da Califórnia onde isso é um pouco mais liberal. Mas eu tenho amigos que são de áreas dos Estados Unidos – no Centro, no Sul, algumas áreas no Norte – eles são bem conservadores e não estão preparados para esse tipo de coisa. (risos). É uma batalha lenta e fixa para progredir.

Falando da sua sexualidade, afeminado – você viu o “Sneaky Gays”, vídeo promocional para Glee, que fez referencia a você?

Eu amei, foi muito engraçado! Na verdade, eu vi Jane Lynch e disse que estava agradecido, eu gostei mesmo.

É um seriado em que você gostaria de se envolver?

Provavelmente, sim! Se houvesse o papel certo ou projeto, sim.

Enquanto você é bem conhecido nos EUA, o que você acha que o single vai fazer com seu perfil no Reino Unido?

Espero que seja bom! (risos) De alguma forma acho que o fato de eu não ser tão conhecido aqui deve ajudar, porque o American Idol cria um certo tipo de expectativa de um tipo maior de arte, de marketing. Vindo aqui, do outro lado do oceano, não temos que seguir a mesma fórmula, é como começar de novo. E é emocionante!

Você deve estar satisfeito com o nível que alcançou e seu sucesso, mas creio que de tão ocupado você não tenha tempo para a vida pessoal?

(infelizmente) Não! Como eu namoraria alguém agora? Eu não sei como conseguiria! Mas eu estou definitivamente solteiro e eu… sou conhecido por namorar (risos). Então, eu não estou morto! Não acho que seria justo com a outra pessoa ou comigo mesmo.

By Lewis Bazley.

O álbum do Adam Lambert, For Your Entertainment, será lançado dia 3 de maio.

Fonte: In The News

Tradução: Brenda MP

Compartilhar
Share

2 Comments

  1. Não me canso de ler as entrevistas do Adam…Tão atenciosinho, tão charmosinho, tão inteligente…

    1
  2. Ele é muuuuito inteligente *-*
    Seria ótimo ver Adam no Glee

    2

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *