Ainda sobre o VH1 Acústico do Adam…

Adam Lambert Traz de Volta o Lado “Legal” do Acústico

Por Kerry Kolsch

Adam Lambert é o primeiro artista a se apresentar no dia 9 de abril de 2010, no renascimento do VH1 Acústico com quatro versões acústicas de músicas de seu álbum, aclamado pela crítica, “For Your Entertainment” e uma versão de “Mad World”. O álbum de Lambert chegou ao status de Gold aos EUA e em Singapura e agora é Platina no Canadá. O mundo está reconhecendo que uma nova estrela ícone está surgindo de um reality show.

Com a nova temporada do American Idol em andamento, nós somos lembrados da incomparável beleza técnica da voz multi-oitava de Lambert e de sua dominante presença de palco. Lambert envolveu a América vocalmente e visualmente semana após semana, com múltiplos gêneros musicais, figurinos, luzes e até fumaça, não apenas como cantor, mas também como um contador de histórias à moda antiga. “Mad World”, a única apresentação do American Idol a ganhar aplausos de pé, de Simon Cowell, também é a performance do American Idol com o pico mais alto de todos os tempo no Google’s Trend.

Ano passado nós percebemos que o American Idol descrobriu um artista de parar o trânsito, mas no contexto dessa estrada, as mentes americanas foram manipuladas. Depois de ”Satisfaction” o que o American Idol poderia fazer? Os jurados deveriam ter dado o título para ele e mandado todos os outros pra casa? O reality show teve que fazer de conta que um concurso estava acontecendo. Misteriosamente, Lambert até ficou entre os três menos votados numa semana onde, vocalmente ele superou Bublé, com sua versão de ”Feeling Good”. Ninguém pode esquecer a visão de seu gingado quando ele desceu as escadas em seu brilhante terno branco. Na noite da final, quando Lambert apareceu para cantar com o Kiss, um silêncio caiu sobre a platéia, que ficou encantada pelo seu lindo e cristalino alcance vocal. Trocando de figurino, Adam se juntou ao Queen numa apresentação eletrizante, que foi o ponto culminante da sua jornada no Idol, e que com certeza provou porque ele deveria ganhar.

Nós sabíamos que Adam tinha uma voz linda, mas só agora estamos começando a compreender a magnitude da sua arte. A apresentação acústica da VH1, mostra seu talento inalteradamente cru. Não somente os vocais, com seu tom e tempo perfeitos, mas as nuances que ele adiciona às letras. Adam recria uma música cada vez que a canta. Bem, quando você pensa que ele arrancou toda a emoção de uma letra, ele vai até o outro lado do mundo, em Sydney, com seu guitarrista Monte Pittman e seu baterista Longineu Parsons e detona com outra extraordinária versão dançante de Mad World. Recentemente, Lambert, em um show lotado no Fantasy Springs, transformou “Whole Lotta Love” do Led Zepellin em algo acústico e com pitadas de blue, e foi muito além de simplesmente cantar; por mais de seis minutos, ele fez amor com a música e quando ele terminou, a platéia inteira precisava de um cigarro, mesmo aqueles que não fumam.

A arte de Lambert se extende além, dos vocais até sua habilidade de compor. Ele co-escreveu duas das músicas da apresentação do VH1 Acústico, “Down the Rabbit Hole” e “Broken Open” mostrando a habilidade de criar letras tanto com capricho quanto com introspecção. Três músicas adicionais em versões de seu álbum foram co-escritas por ele, “Strut”, “Aftermath” e “Voodoo”. Com essas músicas, nós temos um vislumbre do quê promete ser uma carreira substancial não apenas como um eletrizante artista, mas também como cantor/compositor. Enquanto que o mundo está recebendo Lambert de braços abertos, seu próprio país cria manchetes com qualquer passo em falso percebido. Onde estão as histórias reconhecendo sua genialidade?

Fonte: Associated Content

Tradução: Louise Fernandes e Glória Conde

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