Adam Lambert Ama Coisas Sexy!

Um artigo com entrevista do Adam, para o site MSN.com:

Escondido num cantinho do Restaurante Watusi em Toronto, Adam Lambert, o cara com a voz estratosférica, que ficou em segundo lugar no American Idol, está tentando passar por um dia de entrevistas depois de ter dormido somente duas horas. Ele não ficou fazendo festa até tarde, não na noite passada, pelo menos. Na verdade ele foi pra cama por volta da meia-noite, mas acordou de repente, às três da madrugada. Deve ter sido toda a empolgação.

Depois dessa entrevista ao MSN, ele recebeu uma chamada e quis atendê-la do lado de fora, para que o frio pudesse acordá-lo. Mesmo assim, apesar de alguns pronunciados bocejos (seguidos de desculpas) ele estava falante e receptivo, ainda não tendo sido afetado pelo protocolo ou pelo treinamento de mídia. No Canadá, o seu cd de estréia, For Your Entertainment, está no Top 10 das paradas.

No Idol, ele era aquele com a voz surpreendente, uma espécie rara, na categoria de Freddie Mercury. Mesmo quanto ele cantava uma música mais lenta, ele coseguia te envolver, do mesmo jeito que o falecido Jeff Buckley fazia. Um álbum acústico dele seria arrasador, mas For Your Entertainment não foca na sua voz. É um corpulento mix de rock elétrico contemporâneo, faixas dance e baladas emotivas.

”Veja bem, esse é o negócio, eu ouço as pessoas enfatizando ”a voz”, Lambert diz ao MSN. ”Obviamente, este é o meu lance – é o que eu faço. Eu sou um cantor e eles falam bastante a respeito dos vocais, os vocais, sabe? A voz, e na realidade, eu não escuto música acústica. Eu não escuto este tipo de música. Eu escuto coisas mais sexy, nem rock eu escuto hoje em dia. Eu ouço muita música eletrônica. Só aconteceu de eu cantar rock, de uma certa maneira.

Enquanto uma demo profissional, ”On with th Show” gravada anos atrás, foi recentemente lançada pela gravadora Hi Fi, sem a aprovação de Lambert, For Your Entertainment, é o primeiro lançamento que ilustra quem ele é e como e o que ele quer comunicar através da sua música. ”Eles foram super abertos ao que eu tinha a dizer”, ele fala a respeito do selo RCA. ”Eu dizia, ok, eu quero um mix de rock clássico como eu fiz no Idol misturado com pop glam eletrônico. Eu quero tudo – glam dos anos 70 e glam de agora. Eu quero que seja tudo pop rock eletrônico dançante. Eu não quero que tenha um só estilo. Eu não quero que soe como um típico álbum do Idol. Eu também não quero fazer toda aquela coisa retrô, porque eu acho que ficaria pouco original. Eu queria lançar algo que fosse a cara de 2010.

”Com relação as letras, ele continua, o material que eu escrevi era importante pra mim que tivesse um significado, uma mensagem, mesmo que tivesse essa música, que a princípio soasse meio frívola e boba. Eu queria que tivesse um propósito mais profundo, mesmo que fosse algo simples, como um encorajamento. Hinos têm muito poder sobre mim e algumas da músicas também. Eu queria que elas fossem pessoais e que viessem das minhas próprias experiências.

As músicas que ele não escreveu foram enviadas pelos editores, artistas e companhias e foram selecionadas pelo seu time da A & R.

‘Todas as que nós estabelecemos, foram aquelas que eu senti que poderia me identificar, que soavam como se tivessem vindo de mim”, Lambert diz.

Ele gravou músicas do ex-vocalista do Darkness, Justin Hawkins (Music Again), Matthew Bellamy do Muse (Soaked), Pink (Whataya Want From Me) – que escreveu com Max Martin e Shellback, bem como inúmeros outros compositores profissionais cujos nomes podem ser lidos nos álbuns de alguns dos mais conceituados artistas (Aerosmith, Katy Perry, Backstreet Boys, James Blunt, Kelly Clarkson).

”Eu espero escrever mais no futuro, mas eu definitivamente acredito na indústria musical de hoje e na música pop em geral, e que o álbum tem um mix de sons que eu e outros escritores ajudamos a criar. ”Quer dizer, eu estava tão entusiasmado em conseguir músicas de pessoas como Max Martin, Dr Luke, Ryan Tedder e Linda Perry. Essas são pessoas que escrevem e produzem ótimas músicas e eu não estava nem acreditando que estava conseguindo o melhor do melhor.”

Ferras, Ely Rise, Alisan Porter e Adam Lambert

Estranhamente, as únicas 5 músicas que Lambert co-escreveu para For Your Entertainment, envolvem um mesmo colaborador canadense. Greg Wells co-escreveu ”Strut”, ”Pick U Up”, ”Broken One” e um bônus track somente para a versão digital, chamado ”Down the Rabbit Hole”. Algumas dessas músicas envolveram outros compositores também tais como Kara Dioguardi do Idol em ”Strut”e o vocalista do Weezer – Rivers Cuomo em ”Pick U Up”, mas Lambert estava lá com eles, no estúdio.

”Eu amo tanto Greg Wells. Ele é incrível, Lambert exalta o nativo de Peterborough, Ontário, que já escreveu para Celine Dion, Mika, Pussycat Dolls, Rufus Wainright e para a esposa, Laurie Goffin, filha de Carole King.

”Ele é um camaleão musical. Muitos produtores têm um estilo e som característico, mas o que é legal sobre o Greg é que ele aborda cada música como se fosse criação dele. Ele é tão simples e tranquilo. Eu adorei trabalhar com ele e definitivamente vou fazer isso de novo.

O outro canadense a ter sua participação no álbum foi Ely Rise de Toronto em “Aftermath”. Lambert só conheceu Rise no primeiro dia no estúdio, mas é um grande amigo dos outros co-escritores da faixa, Alisan Porter (atriz principal do filme Curly Sue de 1991) e Ferras, um artista da gravadora Capitol. Lambert fez ”Os Dez Mandamentos: O Musical ” (uma porcaria, ele ri) com Porter, e Rise é amiga dele também. ”Quando eu posso, eu adoro envolver meus amigos, quando é apropriado, quando funciona”, Lambert diz.

Rise, que toca teclado na banda The Last Goodnight da gravadora Virgin/EMI, e recentemente fez 3 músicas com Macy Gray, está empolgado por ter uma música no álbum de Lambert. Ele chama a seção de composição de ”dias mágicos”. Ele, Ferras e Porter começaram com a idéia, e uma hora depois, Lambert apareceu para ouvi-la.

”Ele adorou e nós todos começamos a trabalhar nela”, diz Rise. ”Nós 4 nos reunimos mais uma vez e terminamos a letra da música. Adam sabia sabia o que queria e era muito específico quanto a não ser muito brega nem muito óbvio com relação a letra, sempre mantendo um ouvido fora do lugar comum”.

”Nós também sabíamos que somente alguns vocalistas poderiam dar conta desta música. ”Aftermath” tem um enorme alcance vocal, de notas muito baixas à notas tão altas que são quase impossíveis de serem cantadas. Ela pode ser vista como uma música de ”liberação”, com o qual nós brincamos, mas realmente diz respeito à todos que se sentem sozinhos – mas não estão”.

Rise acrescenta que a versão demo era mais ”ao estilo Halo” referindo-se ao hit de Beyoncé, mas o resultado final – produzido por Howard Benzon (Creed, Daughtry, Three Days Grace) – é mais rock.

”Depois que foi produzida, ”Lambert diz, ”dentre todas as músicas, esta é a que mais tem o estilo do American Idol nela, que pode figurar no Top 40 das rádios de rock. É uma balada de rock bem tradicional e nós precisávamos uma dessas no álbum. Para fechar o ciclo”.

Apesar dos álbuns do Idol normalmente serem feitos muito rápido – este em 2 ou 3 meses – e alguns presumiriam que o artista não poderia opiniar muito nas músicas ou na direção, Rise dá sua opinião sobre trabalhar com Lambert.

”Ele sabia exatamente o que queria para esse álbum”, dia Rise. Eu nunca tinha visto um artista com tanto controle no seu primeiro cd, e em como ele queria que o álbum soasse – o mix de estilos, sons e vibrações – como ele queria se mostrar musicalmente para o mundo. A RCA deve ter tido absoluta fé em Adam e sua visão”.

Fonte: MSN.com

Tradução: Daani Cookie e Glória Conde

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