Review de Lindsey Parker (Yahoo! Music) do Kradison in Concert

O Concerto Kradison: Allen, Lambert e Allison Reunidos por Uma Única Noite

O triplo fenômeno conhecido como ”Kradison” – para os não iniciados, este é o nome da tríade sagrada da oitava temporada do American Idol; Kris Allen, Adam lambert e Allison Iraheta – ainda continua forte, uma espécie de aliança inquebrável feita no Idol; nos corações e dvds dos mais devotos fãs… apesar de os 3 finalistas terem parado de se apresentar juntos depois que a Turnê ao Vivo do Idol terminou, em Setembro de 2009, e desde então eles embarcaram em carreiras solo muito diferentes e individuais. Mas por uma única e mágica noite, – sexta-feira, 12 de Fevereiro/2010 – Kradison agitadamente se reuniiu em um clube privado de New York, e foi como nos velhos tempos.
O especial show no Highline Ballroom de New York, com capacidade para 700 pessoas, foi o resultado do concurso ”Ryan, Rock My Town” de Ryan Seacrest, no qual fãs votaram para ter Kradison por uma noite em sua cidade. A Big Apple, de alguma forma superou Arkansas, a cidade natal de Kris (Little Rock veio em segundo) e Los Angeles, a cidade natal de Adam e Allison (que ficou em terceiro), mas não se preocupem, fãs devotados, eu inclusa, prontamente agendamos vôos no JFK, com coragem suficiente para enfrentar nevascas e atrasos nos aeroportos e finalmente aterrisamos no Highline. Na manhã do dia 12, esses super fãs, estavam alinhados ao redor do quarteirão, com neve quase até os joelhos, e quando as portas do clube finalmente se abriram, houve um princípio de tumulto que, por uma assustadora fração de segundos parecia que iria se transformar num desastre como o de Cincinnati. Contudo, uma vez que os seguranças retomaram o controle da situação e todo mundo conseguiu entrar em segurança, o restante da noite foi só amor.
[…]

O próximo foi o segundo colocado no American Idol, Adam Lambert, e a energia do local se elevou notavelmente conforme ia se aproximando sua apresentação – com fãs, completamente paramentados de strass, glitter e boás de plumas, movendo-se em direção ao palco, na esperança de conseguir uma visão melhor do seu Deus Glam do Rock, em toda a sua “delinearizada glória”. Em determinado momento, alguém da primeira fila passou mal por causa de toda a comoção, e Adam prontamente se certificou de que ela estava bem e que recebesse um pouco de água – provando ser um perfeito cavalheiro e não a diva pela qual, seguidamente o tomam. Mas claro que, NO PALCO, ele foi uma total diva, saltitando, todo embonecado com seu cabelo eriçado na vertical, vestindo couro dos pés a cabeça, com o rímel todo borrado, e batom gótico preto, o qual, ele deliberadamente, desafiador, espalhou por todo o rosto coberto com pancake, para um extasiante efeito Alice Cooper, no clímax de sua apresentação.
O show de 11 músicas do Adam foi um verdadeiro desfile de rock n’ roll, desde o momento em que ele atacou com a faixa mambembe de Justin Awkins ”Music Again”. Houve muito flerte, chamegos e piscadelas com o colega de banda Tommy Joe Ratliff (os fãs casuais que estão lendo este review, conhecem Tommy como o garoto de cabelo bagunçado que Adam beijou no AMA); vocais teatrais e acrobáticos (particularmente na composição do Muse ”Soaked” – uma balada ao estilo James Bond, na qual a sua voz nem parecia humana – a estupenda ”Sleepwalker” e o cover de Led Zeppelin ”Whole Lotta Love” que é sua marca registrada); pavoneios (especialmente na música de Lady Gaga, ”Fever”, o feroz e fabuloso hino rave ”Down the Rabbit Hole” , e é claro ”Strut”); audaciosos e lascivos movimentos de palco (ele chutou, caiu de joelhos, mexeu os quadris a la Elvis, e ainda deixou algumas sortudas e excitadas fãs da primeira fila, apalpá-lo um pouquinho) e um interessante humor, não próprio para a tv. Num dado momento da apresentação, quando seu fone de ouvidos caiu e um técnico de som subiu ao palco para religá-lo, Adam brincou dizendo que ele tinha ”colocado muito fundo” , então, se virando para a platéia, ele falou ”Se eu ofendi alguém, dane-se”.
É isso aí Adam, você não está na ABC hoje à noite.
[…] Mas, por mais incríveis que estas apresentações tenham sido – e acreditem em mim, ELAS FORAM incríveis – tudo isso foi somente a base para um final super explosivo. A mais esperada, muito especulada, coberta de plumas, reunião Kradison. Começou com Kris fazendo um bis de ”Crazy” do Gnarls Barkley, e aparentemente ele iria se apresentar sozinho, mas a presença de Monte Pittmann, guitarrista da banda de Adam, indicava que este não seria um típico bis. E então, é claro, apareceu Allison e depois Adam e logo eles estavam se alternando nos vocais e gritando e agitando.
Parecia que eles estavam se divertindo pra valer, como se realmente eles sentissem a falta um do outro e a harmonia deles depois de todos esses meses longe foi maravilhosa de presenciar.
Essa foi uma noite que pode nunca mais acontecer. Obviamente o laço que Kris, Adam e Allison forjaram durante sua jornada no Idol, e que foi mostrado no palco do Highline, é muito forte (a apresentação deles terminou com um adorável abraço em grupo), e eu pessoalmente tenho poucas dúvidas de que eles irão continuar mantendo contato, respeitando a apoiando a carreira um do outro, mas esses três cantores têm caminhos diferentes à frente deles, então a probabilidade de que haja mais shows Kradison é pequena – o que provavelmente é melhor para suas carreiras, a longo prazo. Mas o show Kradison foi um evento épico que eles, e os sortudos fãs do Idol que presenciaram, não irão esquecer tão cedo.
”Kradison agradece à vocês” Kris falou para o público no final da noite. Não, obrigado à VOCÊS, Kradison. Obrigado por fazer isso pelos seus fãs.

Caso queira ler a review completa de Lindsey Parker, incluindo as performances de Allison e Kris também, acesse aqui.

Fonte: Yahoo! Music

Tradução: Glória Conde

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