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26nov2009
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Álbum, American Idol, Artigos e Entrevistas, Música, Notícias
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Adam no USA Today
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Adam Lambert compartilha estilo, esclarecendo “For Your Entertainment”
Los Angeles – Na festa após a premiere do filme 2012, pessoas se viram diante do ator John Cusack e do cara alto de luvas sem dedos e jaqueta preta de couro e metalizada. Embora o número de estrelas por perto fosse grande, poucos falharam em reconhecer Adam Lambert, o ousado segundo colocado do American Idol 8, onde o campeão foi Kris Allen. Enquanto tiravam fotos, Adam sorria sedutoramente. Ele está pronto para isso desde a infância.
Três dias depois, na companhia dos empresários da 19 Entertainment na Sunset Strip, Lambert aparece mais discreto com calça jeans preta e botas, uma camisa do Queen preta, esmalte escuro, lápis de olho e alargadores. Ele está usando grandes anéis e tem uma viva tatuagem do Olho de Horus no seu pulso direito.
Animado, cheio de confiança e humildade e fantasiado, Lambert conversa excitado sobre seu álbum de estréia, For Your Entertainment, que sai na segunda, e explica sua facilidade com a nova fama.
BATE-PAPO COM O IDOL:
“Ter ficado em L.A. e Hollywood por 8 anos me ajudou a entender como tudo funciona,” diz o cantor. “Se isso fosse novo pra mim, eu seria esmagado. Com meus 27 anos, eu já fiz muita busca para saber quem eu realmente sou. Se essa fama tivesse acontecido há 5 anos atrás, eu talvez não tivesse lidado tão bem. Eu não tinha um senso de quem eu era.
O tempo em que tudo ocorreu foi bom. Eu estava ficando entediado com a minha vida. Me perguntando, isso é tudo? Eu estava faminto por mais e consegui o que queria!”
Primavera passada, o imprevisível candidato ganhou os telespectadores a medida que cantava versões dramáticas de Tears For Fears ‘Mad World’ a ‘Ring of FIre’ de Johnny Cash.
Ele fez For Your Entertainment com um sabor parecido, escolhendo colaboradores que combinavam com o seu gosto como Lady GaGa, Pink, Matther Bellamy do Muse, Rivers Cuomo do Weezer.
“RCA e 19 me apoiaram desde o começo e deixaram eu controlar o navio,” ele diz. “Já vi Idols fazerem álbuns que não eram parecidos com o que eles fizeram no show. Eu não queria cometer esse erro. Era importante que nós incorporássemos o glam rock e muitos estilos dos anos 70, mas eu queria misturar com elementos modernos eletrônicos e pop também.”
A conexão com os anos 70.
Por que Lambert é tão fixado em uma década anterior ao seu nascimento?
“As pessoas curtiram muito nos anos 70,” ele diz. “Eles dançavam, festejavam e amavam uns aos outros. Tinha uma energia positiva e a música desse tempo refletia isso. E de um ponto de vista técnico, eu sou um desses cantores. Eu sei que minha voz é do estilo antigo.”
Se Lambert se conecta com o pop e rock atual, os fãs dele ainda irão ver. “Glambert,” como é chamado por Perez Hilton, é comentado por revistas, sites de celebridades e vendou 997.000 músicas desde o Idol, segundo Nielsen SoundScan. Mas nem a música For Your Entertainment nem a bônus Time for Miracles, que está na trilha sonora do filme 2012, estão nas paradas ainda e o álbum é lançado no mesmo dia do de Rihanna, Lady GaGa, Britney Spears, Beyoncé, Susan Boyle e Shakira.
Lambert, que vai se apresentar no American Music Awards domingo, talvez tenha um desafio. No momento, ele completa o espaço vazio com seu “glam rock e a vibe de Depeche Mode/Ziggy Stardust,” diz Ryan Tedder, cantor do One Republic, que co-escreveu e produziu a música Sleepwalker. “Se ele jogar direito suas cartas, ele poderá ser a versão masculina de Lady GaGa. Mas isso não significará nada se ele não tiver hits. Com a máquina Idol, uma vez que os artistas saiam da turnê, eles têm dois meses para fazer o seu álbum. É tão pouco tempo. Mas Adam tem uma visão e ele escolheu a dedo todas as suas músicas. Ele tem hits.”
E carisma para dar e vender.
“Pela falta de um termo melhor, eu diria que ele tem o X factor,” diz Tedder. “Eu acho que Adam é uma estrela.”
Revelando ser gay, na Rolling Stone em junho, talvez tenha reduzido seu potencial de estrela, Adam percebe, mas não está perturbado.
“Pessoas que não conseguem apreciar um cantor por sua preferência sexual são ignorantes, então eu não ligo,” diz ele.
O medo de uma reação não foi o motivo dele demorar para se assumir. Quando fotos de Lambert de drag apareceram logo cedo na competição, “Eu decidi assumir aquilo,” ele diz. “Sou eu. Não estou envergonhado. Mas eu não queria me rotular ainda. Eu não queria alimentar o fogo e ter aquilo sensacionalizado. Eu queria que o foco permanecesse no meu valor como um performer e não na minha vida pessoal. Foi assustador. Eu nunca tinha aparecido na TV.”
Lambert diz que ele não estava preparado para todas as especulações e julgamentos públicos e nem para servir de modelo para outras pessoas.
“Eu não quero ser um modelo gay, mas eu sou de qualquer forma, porque não tem muitos como eu por aí,” ele diz. “Goste ou não, isso foi projetado em mim. Eu não estou dizendo, ‘Faça o que eu faço.’ Eu digo, ‘Faça o que você faz.’ Embora tenha crescido com pais liberais em San Diego, ele não foi sempre seguro com sua identidade.
“Eu nunca usei muito lápis de olho no colégio, mas eu queria,” ele diz. “Eu queria muito usar esmalte, mas eu tinha medo. Eu tive medo de me expressar por um tempo. Eu não me sentia atraente no segundo grau. Eu tinha problemas de auto-estima até o começo dos meus 20 anos. Eu era um pouco acima do peso e tinha problemas de pele. Fui aprendendo a ser atraente de dentro para fora e minha auto-estima foi melhorando.”
O produtor/compositor Greg Wells, que já trabalhou com artistas como Katy Perry e Pink até Deftones e Aerosmith, ficou impressionado pela confiança e senso de composição de Adam.
“Adam definitivamente não é qualquer um,” diz Wells, que produziu e co-escreveu várias músicas do álbum. “Ele é uma respiração de ar fresco. Não tem muitas pessoas que trouxeram de volta a excentricidade dos anos 70 ultimamente. Muitas pessoas nas paradas tem estilos mas não ótimos cantores. Adam é sortudo por ser os dois.”
“Ele já virou ícone para várias crianças,” Well adiciona. “Quando eu estava na escola nos anos 80, batiam em mim só porque meu melhor amigo era obviamente gay. Se tivesse alguém como Adam na TV naquela época, minha situação teria sido outra. Para crianças que se sentem diferentes, héteros ou gays, deve ser ótimo ver alguém como Adam triunfar de um jeito tão bom e legal. Eu estou torcendo por ele.”
A tendência teatral de Lambert vem, sem nenhuma surpresa, do teatro. Quando futebol e escoteiros falharam a entretê-lo, sua mãe o colocou em um grupo de teatro para jovens.
“Eu era interessado pelas fantasias, luzes, cantar, atuar, me apresentar fantasiado” ele diz. “Eu tinha muita energia precoce. Eu não seria o apresentador que eu sou se não tivesse feito teatro.”
Antes de competir no Idol, Lambert aproveitou seu sucesso nas produções de L.A. de Wicked e The Ten Commandments, com Val Kilmer. Ele planeja atuar em musicais novamente, mas quer primeiro aproveitar a oportunidade de ser expressar na música. Produtores e compositores juntam-se a Lambert no seu álbum de estréia, mas ele ainda diz que dirigiu as decisões criativas e ajudou a produzir e co-escrever quatro músicas.
‘Caminhar do seu próprio jeito’.
“Embora seja chamado For Your Entertainment (Para seu entretenimento), tem músicas que são feitas para inspirar e curar”, ele diz. “Até Strut, que é bem animada, é sobre abraçar sua própria beleza, andar do seu próprio jeito. Quando você aprender a deixar tudo aparecer, é quando você vai achar amor verdadeiro. Aftermath é similar: não fique com medo de quem você é ou do que as pessoas digam. Broken Open é sobre um tema que ocorreu na minha vida. Eu conheci pessoas que eram legais socialmente, mas quando nós ficávamos a sós, elas desmoronavam. E eu pensava, será que sou um terapeuta? Eu acho que eu oferecia alguma segurança. A música diz que está tudo bem e se quebrar e desabafar, eu juntarei as peças pra você.”
Enquanto seguro em sua visão de carreira e objetivos, Lambert diz que seu rompimento recente com o designer Drake LaBry o deixou inseguro sobre seu lado romântico.
“Minha vida mudou muito, não estou mais certo de quais são minhas necessidades,” ele diz. “Ultimamente, está difícil de permanecer em uma relação. Eu vou crescer muito nos próximos anos. Só estive em dois relacionamentos, e muito, muito apaixonado apenas uma vez. Essa é uma coisa da minha vida que ainda estou aprendendo sobre – meu coração.”
Fonte: USA Today
Tradução: Marina Jordão
Nossa realmente um artista! Me tornando fã cada dia mais….