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14nov2009
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Details Magazine
Então, a revista Details, deu o que falar com o ensaio do Adam com a mulher. Aqui você pode ver as fotos.
Agora temos o artigo inteiro traduzido pro português.
Para aqueles não familiarizados com a Details Magazine: Details é uma revista mensal Americana, destinada ao público masculino.
Somente uma lista restrita de homens teve a oportunidade de ser capa da Details. Capas foram para celebridades como Brad Pitt, Christian Bale, A-Rod, Hayden Christensen, Justin Timberlake, Wentworth Miller, Ben Affleck, David Beckham, Ashton Kutcher, Zac Efron, Jonathan Rhys Meyers, e muitos outros. É como uma glamurosa revista metrosexual.
“Por que toda mulher nos EUA quer dormir com Adam Lambert?”
Os sutiãs começaram a ser arremessados em Tacoma. Aquela era a segunda noite da turnê do American Idol. Mais foram jogados em San Diego, Kansas City e Washington. Eram sutiãs floridos e com renda, alguns bem atrevidos e de bolinhas, e um deles foi jogado diretamente na cabeça de Adam Lambert – era enorme e a ardente fã escrevera as iniciais A.L. em cada seio gigante. Como uma pegadinha, a os membros da equipe penduraram o sutiã na estrutura abaixo do palco do Allstate Arena em Rosemond, Illinois, e assim outros oferecimentos abundantes – alguns deles impróprios. As groupies também lançaram chicotes, boás, algemas, calcinhas, e parecia que uma granada tinha explodido uma loja de lingerie… “Eu ouvi sobre Tom Jones e calcinhas”, disse Lambert, que descera para ver a multidão. “Mas eu e calcinhas, isso já é um pouco estranho”. Ele aponta para um protetor genital no qual alguém escreveu, com lantejoulas, “JOCKS* AMAM ADAM” “Oh, – ele diz ironicamente – Eles fizeram isso?”
(Nota: *Seriam aqueles atletas que se acham o máximo)
Ao showman em Lambert, um homem de 1,81m com um par de profundos olhos azuis e cabelo bagunçado, emo e preto com partes azuis, tudo é parte do espetáculo. “Muitas vezes eu irei pegar um sutiã no palco e brincarei com ele durante a música” ele diz. “É um modo de conectar-me. É como “Eu joguei meu sutiã no palco e você está girando ele. Legal, Yay.”
Ainda, ele diz: “Eu acho que é porque estou tendo esse efeito nas mulheres. É lisonjeiro. Eu nunca tive lingeries jogadas em mim antes. Certamente há algo significante sobre isso, porque não há muitos homens gays assumidos na indústria do entretenimento.”
É um exemplo para o poder absoluto do American Idol que um homem gay, com um carinho inabalável pelo lápis de olho e esmalte, emergiu na competição desse ano como um novo símbolo sexual. “Eu acho isso lindo,” Lambert diz. “Assim é que devia ser. Não deveria importar qual preferência sexual as pessoas têm – isso não muda seu objetivo.”
No final, os americanos e suas convicções mostraram-se indefesos contra os vigorosos movimentos pélvicos de Lambert. “Quando eu estou no palco,” ele diz, “definitivamente há uma energia sexual que toma conta de tudo”. De fato, ele se jogou em performances como “Whole Lotta Love” do Led Zeppelin, com uma liberdade libidinosa, pouco mostrada nos horários nobres dos canais de televisão. A moralidade típica achou seu estilo escandaloso, mas Adam não pede desculpas por isso.
“Eu não tenho problema em dizer ás pessoas, ‘Sabe de uma coisa? Eu não sou sua babá, e eu não sou da sua igreja’” ele diz, “Eles vêm ‘Jesus te ama também’ e uma vez eu simplesmente coloquei pra fora, ‘Eu sou Judeu okay!? Eu não preciso de outro crucifixo! Esse não é um presente apropriado para mim’” Ele ri.
“Eu sei que as pessoas vêm em nome de Deus, mas isso pode ser ofensivo, como ‘Obrigado, eu não sou Cristão’. Eu não li aquele livro“
Nem ele pede perdão por suas roupas ultrajantes, como ás vezes parece saído de uma produção Vegas de Mad Max. “Há um certo nível de esplendor com o American Idol, e para funcionar dentro do programa, você tem que alimentá-los”, ele diz. Alguns dizem que o homem de 27 anos que esteve no palco com Kiss durante o Idol, sobressaiu-se entre eles com seus vocais de rock-tenor e sua presença de palco relembrando Bowie.
Inegavelmente, foi sua voz – que tem sido comparada positivamente com Robert Plant e seu herói Freddie Mercury – que o deu uma chance no American Idol, mas foi sua compreensão que o ajudou a ficar no programa e conseqüentemente roubar a cena. A especulação de que ele seria gay, da qual ele nunca fugiu, provavelmente não interferiu.
Embora ele não tenha ganhado a competição – ”Não importa mesmo quem ganhou”, diz Adam, o vice-campeão – isso o levou onde ele queria: um lugar de onde ele poderia conseguir sua carreira musical. E fama.Quando a temporada acabou, ele assinou um grande contrato com a 19 entertainment, a empresa que é dona do Idol e grava os álbuns dos participantes mais destacados, como Clay Aiken e Kelly Clarkson. Simon Fuller, a grande mente por trás do show e um dos produtores mais bem sucedidos da história (A música do Idol – sozinha – já gerou cerca de 100 milhões de dólares), explica o apelo de Adam como uma questão de talento único e genuíno e carisma natural.
“A voz dele não é submissa a nenhuma outra” Fuller diz.”Ele se equipara aos grandes cantores de todos os tempos que eu conheci. Milhões de pessoas já se apaixonaram por ele. Ele possui um brilho nos olhos, e mesmo você não sendo gay, não importa, ele é simplesmente atraente. Ele é apenas um homem muito sexual e não está ameaçando as mulheres”.
Os fãs de Adam percorrem todo o país atrás dele, na turnê do Idol, oferecendo roupas, livros e jóias a ele – e elas tentaram dar outras coisas também.
“Houve uma mulher em Jersey que realmente era muito bonita” diz Adam, “Ela tinha bebido alguns coquetéis e durante o encontro com os fãs depois do show, ela simplesmente se esgueirou até o meu lado e começou a beijar o meu pescoço. Eu estava tranqüilo com isso. Mas então eu me senti um pouco estranho porque ela estava tipo, gemendo. Ela me deu um bilhete que dizia ‘Eu quero transar com você, aqui está o meu número’, e eu fiquei tipo, wow isso é insano. Mas de novo, foi legal. Sim, eu sou gay, mas eu gosto de beijar mulheres de vez em quando. Mulheres são bonitas. Isso não significa necessariamente que eu estou dormindo com elas.
“É claro, se fosse eu que tivesse bebido os coquetéis” ele acrescenta, “Provavelmente eu teria ido pra cama com ela.”
Ele diz que não importaria a seu namorado de 24 anos, de quem ele não fala nada além de dizer que ele é “Cajun” e tem “personalidade” (“Eu gosto deles pequenos e mais novos” Adam diz maliciosamente.)
Ele sorri “Eu não vejo como isso pode ser tão diferente – vamos pegar um símbolo sexual moderno como Brad Pitt. Quantas dessas mulheres que fantasiam com ele, realmente tem a chance de dormir com ele?“ ele pergunta “É tudo fantasia – entretenimento é isso. Eu estou aqui para te satisfazer, e se a minha sexualidade for evidente, você responder a isso e sentir-se atraído, então ótimo, eu estou fazendo meu trabalho. Não está acontecendo mesmo!”
A organizadora da turnê chega para apressá-lo a se arrumar para o show. “Costuma demorar um pouco, porque ele usa totalmente o seu tempo feminino”, ela diz afável. “Eu gosto de ficar realmente bonito”, diz Adam.
Lambert cresceu num ótimo subúrbio de San Diego. Seus pais costumavam se mudar muito – sua mãe era dentista e seu pai era supervisor numa empresa de telecomunicações – e eles não enlouqueceram quando o garotinho mostrara um afeto em cantar músicas e andar por aí de capa. O que explicaria por que, duas décadas depois, Adam poderia sentar-se de frente ao sério Chris Connely no 20/20 e dizê-lo como se sentia confortável sobre sua sexualidade.
“Caiam dentro, bitches!”, ele diz, agora rindo “Eu não estou escondendo nada. Ao menos posso dizer que sou honesto”
Enquanto crescia, ele se sentia diferente e geralmente não gostava do jeito como parecia. No Ensino Médio, ele brigou contra a acne e seu peso. “Eu realmente lutei com a minha auto-imagem por um bom tempo”, ele diz. “Eu pensava que era feio.” Então deve ser daí que a maquiagem e a coloração do cabelo se originaram (Naturalmente ele é ruivo)
Depois de algumas semanas num curso de teatro musical de uma faculdade em Orange County, ele saiu para atuar numa peça em San Diego. Ele se assumiu aos 18, mas ele ainda era virgem e “De fato muito solitário”, ele diz. Aos 19, ele trabalhou como cantor em espetáculos dentro de um navio por um ano. “Isso me mostrou o mundo”, ele diz. “E eu tive de fazer muitas compras. Isso afeta totalmente sua perspectiva. Em algum lugar no sul do Pacífico eu realmente vi uma pobre ilha de Terceiro Mundo, e eu fiquei tipo, ohhhh. Eu nunca tinha visto aquilo. Eu era como classe média alta e negligente.”
Ele perdeu a virgindade no aniversário de 21 anos, em Hollywood, para onde ele tinha se mudado em busca de uma carreira musical. No mesmo ano, ele viajou por seis meses com a produção européia de Hair. Em 2004, ele ganhou boas críticas interpretando Josué na infortunada produção musical de Os Dez Mandamentos no Kodak Theater em Los Angeles, ao lado de Val Kilmer. Mas Adam sentiu que não estava indo a lugar algum.
Ele caiu em depressão em 2006. “Eu sai de minha primeira relação e parecia que eu estava no fundo do poço,” ele diz. “Eu era destrutivo, e só queria me desligar de tudo”. Ele começou a freqüentar boates como Hyde e dormir um pouco por ai – ou, como ele descreve “sendo galinha”.
Ele também estava bebendo, “fumando uma inútil tonelada de maconha” e usando cocaína. “Estava em todo lugar” ele diz. “E eu não vou mentir, eu me diverti um pouco, mas o dia seguinte nunca valera a pena fisicamente.”
Em 2007, ele integrou o elenco da turnê nacional de Wicked e finalmente ganhou dinheiro o bastante para se manter – cerca de 1.800 doláres por semana. “Mas eu estava desapontado com os espetáculos”, ele diz. “Wicked era humilhante. Eu era um substituto. Não fui muito longe”.
Naquele verão, numa busca espiritual, ele foi ao Burning Man Festival no deserto de Nevada. Sobre usar ácido pela primeira vez, ele diz, “Eu tive uma epifania espiritual sobre o mundo, onde eu me encaixava e o que eu deveria estar fazendo. E a minha epifania era ‘Eu não posso mais ter medo, Eu tenho que agarrar a minha vida e fazer as coisas acontecerem’”.
Quando ele voltou para L.A., ele decidiu que tentaria entrar no American Idol.
A entrada de Adam no palco do Allstate Arena é precedida por alguns efeitos sonoros de crescentes trovões e a tela é preenchida com luzes vermelhas pulsantes que se parecem com chamas eletrônicas do inferno. Vinte mil fãs gritam histéricamente. E eles não são só mulheres. Há homens – caras héteros que olham para o palco com expectativa, querendo ver aquele cara, que teve a oportunidade de cantar com Kiss e Queen: a banda deles.
Lambert desfila até o palco com uma pequena seqüência de luzes, vestindo uma jaqueta de couro com detalhes metalizados nos ombros. Ele começa com sua versão enérgica da música de Zeppelin, então encaixa o pedestal entre as pernas e o desliza para cima e para baixo como se estivesse testando sua masculinidade. A multidão enlouquece.
Agora as mulheres estão jogando sutiãs para ele. Eles vêm voando de todas as direções. Ai vem um boá de penas rosa. Lambert pega do chão e o enrola no pescoço. Quando uma brilhante bola colorida de praia chega, ele dá um rápido, forte chute para a multidão. Não um chute de menina, entretanto.
Lá fora, depois do show, Cara, com 16 anos, espera em frente á porta do palco junto com outras cem adolescentes e suas mães.
“Ele é muuuuuito sexy,” ela diz. “Ele é totalmente foda.”“Adam Lambert é o homem perfeito,” suspira Jennifer, de 15 anos.
No dia seguinte, Adam sai para uma volta em Chicago. Ele está relutante em ir primeiramente porque, ele diz, “Eles vão se amontoar…” E acontece. No modo educado deles, porque eles são do interior. Querem admirá-lo, parabenizá-lo e tirar fotos com ele. “Eu votei em você!” eles dizem a Adam.
“Há um sentimento de gratidão (com os fãs) porque eles votaram para nos colocar onde estamos,” ele diz, só um pouco irritado. “Mas quer saber? Eu sou responsável pelo que eu criei no show – você votou no que eu criei, e obrigado, mas eu criei isso, você não”
Um cara forte usando um moletom e óculos de aviador se aproxima.
“Grande fã”, ele diz, abrindo os braços para um abraço.
“Oh, claro,” Lambert diz, permitindo ser abraçado.
“Eu pensei que fosse você!” diz o cara, apertando Adam.
“Yeah, sou eu,” Lambert diz, gentilmente se soltando do abraço.Seria difícil sentir saudades dele. Lambert está usando uma roupa que parece que o guarda-roupa de Johnny Rotten teve uma orgia com a secadora de Prince. “Ninguém te diz como fazer isso – não há um manual para, tipo, fama instantânea,” ele diz enquanto nós vamos embora. “Eu estou tentando ser legal e responsável.”
Em um calmo restaurante italiano, ele fala sobre o fenômeno de seu apelo popular. “Talvez seja a coisa de ser, tipo, confiante no que você é, o que ultrapassa os limites de gêneros e orientações sexuais” ele diz.
Ou talvez eles gostem da maneira como ele canta – e Lambert pretender manter dessa forma. “Eu só quero entreter,” ele diz, “Eu não quero que [minha música] seja politizada ou uma coisa social neste momento. Eventualmente, eu amaria bagunçar com isso, mas é enganador, um caminho enganador. Há uma parte de mim que é um homem de negócios e uma parte de mim que é artista, e o artista quer apertar botões e quebrar barreiras, mas o homem de negócios fica “Bem, isso realmente não vende álbuns” Eu não quero alienar um bando de pessoas que irão acreditar no que eu faço.
Para o álbum, 19 Entertainment juntou Adam com alguns dos melhores produtores de pop da indústria musical, incluindo Greg Wells, que trabalhou com Katy Perry e Kelly Clarkson. “A grande surpresa é que ele também é um talentoso compositor”, diz Wells. Lambert me mostra trechos de suas músicas em seu iPod. Ele as descreve como um pop dançante”. O álbum tem as melodias certas para chegar até platina.
“Eu estou trabalhando muito agora,” ele diz. E realmente está valendo a pena. Ele alugou uma casa de três quartos em Hollywood Heights e já está de olho num Jaguar Coupe. “Eu comecei a dar uma olhada e eu fiquei tipo, ooooh. Eu não vou mentir e dizer que dinheiro não tem importância pra mim”, ele diz. “É divertido ter dinheiro. É ótimo poder comprar coisas boas e viver confortávelmente, e essa é uma das razões pela qual eu quis isso. Essa é uma das conseqüências da fama. É o sonho americano.”
“Adam, é você?” Uma mulher caminhando pára. As mãos vão até sua boca. Ela começa a tremer e chorar. Lambert levanta para dar a ela um abraço.
“Vai dar tudo certo,” ele diz á ela, rindo. “Realmente tudo vai dar certo.”
Fonte: Details Magazine
Tradução: Dryelen Chicon
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