Preview do For Your Entertainment por Michael Slezak

O grande crítico do American Idol, o jornalista Michael Slezak fez sua crítica sobre o primeiro álbum do Adam.

Trechos das músicas de Adam Lambert: Vamos listar as 12 músicas de as melhores até as não-tão-boas.

Eu adicionei um novo departamento para minha obsessão doentia pelo American Idol, e está focada somente nos concorrentes da oitava temporada. De fato, graças a força vocal de Kris Allen, Adam Lambert e Allison Iraheta, (pra não mencionar Anoop Desai, #signmattgiraud, Mishavonna Henson, e Deanna Brown), tem tantas notícias e músicas aparecendo na internet nesses últimos dias que às vezes eu mal tenho tempo para conseguir tirar meu pijama. (Só pra constar, eu estou digitando essa matéria usando calças de dormir azul claro e uma camiseta promocional que eu recebi de publicidade para a série da Fox, Brothers, a qual eu nunca assisti. É oficial. Eu sou uma tragédia!) O que também é trágico: Trechos das músicas de For Your Entertainment do Adam Lambert vazaram na internet há uma semana atrás, e eu só estou absorvendo o impacto agora. (Ainda bem, o Music Box da EW não cometeu tal crime.) Mas ainda assim, a matemática é difícil: Lunático por Idol X escuta 30 segundos de doze músicas 50 vezes cada. Se Lunático por Idol X gasta mais que cinco vezes mais explorando seus mais profundos sentimentos sobre o que foi dito sobre previews do que ele gasta escutando eles, quantos minutos vai levar antes que ele esteja pronto para expressar seus sentimentos em um blog ridículo?

Enquanto você resolve essa questão (ou não), eu vou começar o trabalho de colocar em um ranking os trechos de músicas (mais) novas do Adam que vazaram das que eu menos gostei até as que eu mais gostei. Eu não vou falar sobre ‘Time For Miracles’ já que eu já falei demais dela. E eu vou guardar meu super poema para o single que lidera “For Your Entertainment” para um post separado, já que não é justo comparar faixas inteiras com trechos. Bom, sem mais delongas, vamos começar a festa…

“Pick U Up”: Sem dúvidas o trecho menos apelativo de For Your Entertainment. (Pra mim, pra você.) Eu ficava apertando o play esperando algo que me prendesse ou grudasse no meu cérebro – especialmente desde que Rivers Cuomo foi listado como co-escritor junto com o Sr. Lambert, e ‘Undone (A música para suar)’ é uma música de karaokê minha – mas não. O acompanhamento musical soa como se tivesse sido mixado de algum rock genérico de arena, e os vocais de Adam parecer tem sido peculiarmente trabalhados demais. Falando metafóricamente, o produtor Greg Wells parece gostar de fazer um cantor quente ter gosto de tofu. Por quê?

“Whataya Want From Me”: O ‘’não desista”/”por favor, não se entregue” da letra é muito mensagem de jornalzinho de escola pro meu gosto, e a escolha peculiar de ‘whataya’ ao invés de ‘what do you want’ no título mexem comigo do jeito errado (mesquinho, eu sei). Mas de novo, o jeito que esse clip pula direto para o refrão sem nem um pedaço dos outros versos, é difícil dispensar o pensamento de que o conjunto possa ser mais atrativo do que esses 30 segundos. Ou eu talvez esteja me segurando desesperadamente na esperança de que a faixa escrita por ninguém menos que Pink não seja apenas para encher o álbum. E mais outra coisa, talvez seja por isso que essa faixa não esteja no álbum dela.

“Aftermath”: O gemido do Adam é como o zumbido de uma sirene perfeita no começo desse trecho, e eu não posso deixar de fazer uma comparação com o vocal da banda Heart, Ann Wilson. E enquanto o refrão bombasticamente lindo parece definitivamente proclamar o verso (“you feel the weight of lies and contradictions”?), eu não estou pronto para começar uma partida depois de somente sete segundos do último. Nota: Precisa-se de mais informação.

“If I Had You”: Okay, agora eu começo a me animar, assim que Adam mistura uma pitada de Euro-disco no meio do caldeirão do glam-rock sem generatificar (não é uma palavra? Deveria ser!) seu ridículo instrumento no meio de tantas modulações. A batida parece com um feroz disco do meio dos anos 90 de La Bouche que engatinhou até um casulo e ficou aguardando a década até que aparecesse um vocalista que pudesse agüenta-lo. Nós podemos por favor ter um mash-up com “Be My Lover”? Imediatamente, se não mais cedo?

“Broken Open”: O falseto patenteado do Adam, paralelo com uma batida esquisita que fica ecoando, nos dá uma boa e sólida sensação de “Mad World”. E ainda assim, apesar de estar no mesmo nível de todas as outras faixas que vazaram de FYE, de algum jeito o trecho de “Broken Open” parece nos dar bem menos informação sobre a faixa toda do que as outras partes de 30 segundos. Fiquei faminto, mas curioso.

“A Loaded Smile”: A combinação de sintetizadores etéreos e o falseto que é marca do Adam torna esse tipo de música aquele tipo que foi feita para apertar o botão ‘repeat’, especialmente naquelas manhãs de dias de semana melancólicas em que você preferiria visitar o Dreamscape Experience do Lambert do que seu escritório moribundo. Mas ainda assim, a faixa que Linda Perry escreveu/produziu acerta um trecho um pouco mais pessoal da vida de Adam, assim que as letras chegam nessa parte – “Yeah, I know my life has changed/ But honestly I don’t know if we’ll survive” – parece conjurar um relacionamento prometido que possa ou não ser capaz de sobreviver ao assalto repentino que é loucura da Idol-fame.

“Strut”: Diz que não, Adam! Se essa faixa fizer jus ao trecho que vazou, eu nunca mais vou poder chamar com segurança a frase ‘boa pra nada’ para descrever Kara DioGuardi (que co-escreveu junto com Adam e Greg Wells). A pequena linha de guitarra perversa agita muito mais do que qualquer outro trecho de FYE, e o ritmo parece ser garantia de transformar o corredor mais mundano na passarela de quem estiver escutando. Agora aperte o play e nos mostre a exibição que é sua assinatura. Sashay!Chantè! (E sim, Adam, você está certo: “We’re a complicated nation.” Mal posso esperar para ver para onde esse verso vai a partir daí.)

“Sure Fire Winners”: Uma homenagem óbvia a “We are the Champions”, com Adam declarando “we are/ we are/ we are/ we are the sure fire winners!” sobre uma estranha batida “dun-dun DUN, dun-dun DUN”. Essa aqui contém a minha letra preferida pós-Idol – “I was born with glitter on my face/ my baby clothes made of leather and lace” – desde Baby Makin’ Hips da Fantasia. De verdade.

“Soaked”: Chame o laboratório do CSI, porque eu estava certo de que tinha dedo da Linda Perry em toda essa faixa. Não, totalmente errado. Ela foi escrita por Matthew Bellamy do Muse, e produzida por Rob Cavallo. De qualquer jeito, eu estou gostando do adorável acorde progressivo estilo Beatles, o sentimento de algo doloroso e assustador, o foco como algum tipo de laser dos vocais do Adam flutuando. Mais, a parte “and you had enough/ searchin’ for love” é como uma faca indo direto no coração. Em algum lugar, Christina Aguilera está pensando como que um artista estreante colocou as mãos no próximo grande hit dela.

“Sleepwalker”: Parece que Adam tem um caso de confusão pós-coito – “I’m not asleep, I’m not awake/After the way you Love me” – e enquanto esse trecho de meio minuto não nos responde como ele está se sentindo exatamente sobre a situação, como um ouvinte eu posso dizer que foi bom pra mim. (Badum-bum.) Sério, a linha vocal de Adam-sobre-Adam-sobre-Adam está além de maravilhosa e até a Thunderous Ballad Drumbeat ™ do Ryan Tedder parece ser algo novo aqui. Quando essa vai para as rádios?

“Fever”: Eu queria levar essa faixa diretamente para meu trabalho monótono sem passar pela Fatty Snax Delli e sem pegar umas guloseimas gordurosas ou com carboidratos. Ou talvez ver ela se tornar o centro de uma coreografia de samba de Ryan-Ellenore em So You Think You Can Dance. O refrão estilo Erasure é a minhoca na deliciosa maçã Cortland que eu estou atualmente usando para cuidar de uma cobiça por batatinhas. Okay, esse parágrafo só faz sentido pra mim, e só pra mim, mas isso não quer dizer que “Fever” não possa fazer parte do meu programa de fim de 2009 para perder peso/melhorar de vida.

“Music Again”: Não é surpresa que essa faixa foi escrita por Justin Hawkins do The Darkness, o que é aquela explosão louca de falseto e uma batida que faria uma organista de igreja de 90 anos querer bater na cabeça dela, e ainda ao mesmo tempo, é totalmente e indistintamente Adam: Teátrico, tamanho grande, sem esforço vocal. Somado a mensagem (“oh you make me wanna listen to music again”) poderia facilmente refletir os sentimentos que os fãs dele sentem sobre o segundo lugar da oitava temporada como se eles pudessem sentir os sentimentos de Adam sobre um novo relacionamento amoroso. Se vocês gostaram dela então vocês deveriam apertar ‘repeat’ nela. Eu apertei! (E minha mãe também!)

Fonte: PopWatch – EW.com

Tradução: Rodrigo Neri

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