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06abr2019
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LA Times: “A entrevista mais reveladora” – 1ª Parte
Adam Lambert realizou esta ampla entrevista em 2009 com Fred Bronson da LA Times. Na primeira parte, Adam fala sobre suas primeiras influências musicais.
PARTE 1 – OS PRIMEIROS ANOS
Nós soubemos através do American Idol que você cresceu em San Diego, mas onde os seus pais moravam logo quando você nasceu?
Eu nasci no dia 29 de Janeiro de 1982 em Indianápolis, Indiana. Eu acredito que minha mãe engravidou em sua lua de mel em Porto Rico, eu tinha uma pequena camisa que dizia “Concebido em Porto Rico”. Nasci cerca de 9 meses após o casamento dos meus pais.
Eles se mudaram comigo de Indianápolis quando eu tinha 1 ano. Eles disseram: “Isso não é o lugar certo para nós, queremos sair daqui.” Então uma oportunidade de emprego apareceu para o meu pai e nós nos mudamos para San Diego.
Onde em San Diego você cresceu?
Na parte norte, pelo maior período. Assim que nos mudamos, ficamos no Rancho Bernardo, mas nos mudamos para o Rancho Peñasquitos quando eu tinha 4 ou 5 anos e meu irmão nasceu. Lá foi onde nós nos estabelecemos.
Qual é a sua mais antiga lembrança de música?
Meu pai era um DJ no colégio, então ele tinha uma enorme coleção de vinis e tinha muito orgulho dela. Sempre tinha música tocando pela casa. Ele tocava Grateful Dead, que eu nunca gostei muito, mas tocava também muito rock clássico, Bob Dylan e Bob Marley. Meu pai tem um ótimo gosto em música.
Você se lembra de pegar os vinis dele para ouvir?
Sim, em um ponto mais tarde da minha vida ele começou a deixar eu mexer em sua coleção. Isso foi uma grande responsabilidade, porque eu não sabia o que estava fazendo.
Onde mais você ouvia música? Você ouvia o rádio ou ia a alguma loja de CDs?
Eu nunca fui um grande fã de rádio, provavelmente porque meu pai ouvia os seus próprios CDs. Quando mais velho, eu tinha um rádio e tinha uns CDs, preferia ouvi-los a ouvir o rádio. Eu lembro da primeira uma vez que fui a uma loja e comprei alguns CDs. O primeiro que tive foi um remix do “Shut Up And Dance” da Paula Abdul, eu gostava muito. Outro que lembro era uma fita de Karaokê de Elvis Presley.
E cantava junto com eles?
Oh, sim. A máquina do Karaokê era muito boa. Eu também tive Wilson Phillips e “Emotions” da Mariah Carey. Esses foram meus primeiros CDs, lembro muito bem.
Quando você percebeu que tinha um talento para música?
Aos meus 10 anos de idade, eu fui colocado em aulas de teatro para crianças. Eu sempre fui muito criativo e tinha muita energia. Eu era hiperativo e meus pais estavam tentando descobrir o que fazer comigo: me colocaram em aulas de futebol, mas eu não gostei muito. Fui até ser escoteiro. Eles tentaram de tudo, aulas de natação entre outros. Em casa eu era muito criativo, queria sempre me fantasiar e recitar textos, então descobriram que o teatro era o mais natural para mim.
Eu fiz vários musicais e a primeira vez que descobri que tinha talento foi quando estava fazendo a peça “Fiddler On the Roof”. Tinha uma cena onde um russo cantava sozinho na cena “L’Chaim”. Era tipo uma cena de bar. E tinha que alcançar uma grande nota. Era o momento mais esperado da peça e eu estava interpretando o papel dele.
Qual era a sua idade na época?
Eu tinha 12 ou 13 anos e realmente gostava de cantar. De repente, estavam todos dizendo, “Ele tem uma ótima voz”. Os pais diziam “Ele realmente sabe cantar.” O diretor disse “Você é ótimo, faça isso de novo” e começou a me mostrar para as outras crianças. Foi depois disso que comecei a ter aulas de canto e descobri que cantar era algo que eu realmente gostava de fazer e era bom quando fazia.
E essa era a minha atitude. Eu não gostava de fazer as coisas a não ser que eu já fosse bom nelas. Futebol e piano, eu tinha que praticar para ser bom, então eu não gostava. Mas tinha algo sobre cantar, a ideia de usar a minha voz, eu me sentia muito confortável com isso.
A princípio, eu copiava os outros cantores, mas foi assim que aprendi a cantar.
O que você copiava? Músicas de musicais?
Um monte de músicas de teatro. Eu ouvia os álbuns dos musicais. Eu tinha “Les Miz” e “Miss Saigon”. Eu era obcecado por “Phantom of the Opera”. Eu lembro que quando o remake de “Grease” saiu, eu tinha o CD. Quando eu estava no ginásio, “Rent” saiu. Isso era um grande negócio. Outra coisa boa era que o meu pai tinha os CDs de “Jesus Christ Superstar” e “Tommy” e me mostrou. Isso foi uma boa coisa pra nós porque era como se fosse os nossos mundos juntos. Ele amava que nós tínhamos algo em comum e nós dois amávamos “Jesus Christ Superstar”, nós sentávamos e ouvíamos algumas vezes. Em 1994, teve uma produção de “Tommy” no La Jolla Playhouse em San Diego, que foi quando se tornou um show da Broadway. Nós dois fomos juntos, e ele gostou muito.
“Tommy” foi o primeiro show da Broadway que você viu?
Não, eu lembro de ter visto “Phantom of the Opera” em Los Angeles quando era criança e foi muito legal. “Les Miz” e “West Side Story” estavam em turnê e eu lembro de ter visto eles passarem pela cidade. Quando eu era criança, porque eu ia muito ao teatro, meu irmão mais novo começou a gostar também e minha mãe nos levou a um agente em L.A. para que nós pudéssemos fazer testes o tempo todo.
Testes para o teatro?
Quase nunca para o teatro. Era mais para comerciais de TV. Eu fiz um comercial quando era criança que quase não dá para me reconhecer. Meu irmão que conseguiu muitos trabalhos, ele tinha mais sorte do que eu.
Como foi o comercial?
Foi um comercial da “Century 21”. Eu tinha uns 11 anos. Eu corri por um jardim com um cachorro. Eu estava fora do colégio e achei a coisa mais legal do mundo. Foi o meu primeiro trabalho profissional.
Você fez parte de algum musical no colegial?
Sim, em San Diego numa atividade após a escola. E também estive no “Metropolitan Educational Theatre” por 8 anos. Era dirigido por um homem chamado Alex Urban.
Foi esse o grupo de teatro que você visitou no American Idol?
Sim. Esse foi o mais importante. Também trabalhei com uma mulher chamada Lynne Broyles, que foi minha professora de canto. Ela tinha um pequeno grupo de teatro e nós nos apresentávamos. Então no colegial, eu estava no coral e também no clube de drama e cantei com uma banda de jazz. Eu tinha vários serviços. Tinha também um show chamado “Air Bands”. Era um grande show em San Diego. Todo mundo dublava, mas era uma performance. É difícil de explicar. Você sabe, se você parece com a Janet Jackson ou Madonna ou Michael Jackson, eles eram muito estilizados. Era um concerto com fantasias e maquiagens, com crianças pegando músicas e criando medleys. Criávamos um cenário e uma história a partir das músicas. Foi essa grande competição, em San Diego e eu fiquei realmente envolvido na escola, eu olho pra trás agora e percebo que aprendi muita coisa e eu fico emocionado com isso. Eu acho que esse tipo de mentalidade de montar um show do início ao fim vai ser definitivamente útil no futuro. Eu fiz no “Idol” (a ideia) Eu criava a apresentação toda.
O que você aprendeu nas aulas de canto?
Eu me reencontrei com a minha professora de canto no American Idol e a convidei para o show. Eu perguntei, “Como foi a primeira vez que você me deu aula?” e ela disse, “Você tinha uma qualidade única de voz, mas queria entendê-la. Você queria que eu te explicasse fisicamente como aquilo ocorria e sempre que você não conseguia alcançar uma nota, você queria saber o porque e queria consertar.” Ela me disse, “Você era muito fixado naquilo”, e isso foi muito interessante pra mim. Eu lembro de ter levado até ela o CD de “Jesus Christ Superstar” com todas aquelas notas altas que eles cantam e falado “Me ensina a fazer isso”, e ela respondeu, “Esse som não se ensina. É algo que você simplesmente faz. Você tem que estar mais velho para conseguir fazê-lo.” Então eu esperei.
Fora o comercial que você fez quando era criança, que outro trabalho profissional você fez?
Quando eu tinha cerca de 16 anos, fiz uma audição para o teatro Starlight. É um trabalho semi-profissional. Nós eramos pagos, mas não era muita união. Nós tínhamos que literalmente congelar quando aviões passavam por cima de nós, porque era bem na pista do aeroporto de San Diego. Havia pequenas luzes que ficavam amarelas e vermelhas quando um avião fosse passar e você tinha que congelar. Era muito doido. Eu estive também em “Hello, Dolly!” e “Camelot” e no verão seguinte, eu fiz shows no Moonlight Amphitheatre, em iVista no North County: fiz o “The Music Man”, “Grease” e também fiz Capitão Gancho em “Peter Pan”.
Enquanto você estava fazendo esse trabalho no teatro, você também ouvia rock?
No colegial eu comecei a assistir a MTV e a ouvir pop. Por mais estranho que pareça, eu gostava muito de Missy Elliott e eu lembro que Britney, Christina, ‘N Sync e Backstreet Boys tinham acabado de sair. Eu gostava de todos os remixes.
Você mencionou ter feito parte de uma banda de jazz no colegial, então você era exposto a todos os tipos de música?.
Quando eu era mais novo, eu ouvia muito músicas de teatro e quando fiquei mais velho, eu queria ouvir música pop.
A banda de jazz tinha convidados especiais para os concertos e era uma boa experiência para meu aprendizado. Era a primeira vez que eu cantava com uma banda completa atrás de mim. Até no teatro nós não tínhamos uma orquestra. Era só piano porque não custava caro. No teatro Starlight e todos os musicais do colégio tinham orquestras e eu finalmente tive a experiência de cantar com uma banda. Mas a banda de jazz foi interessante porque não era teatro. Era cantar em grandes níveis, foi diferente para mim quando cantei Sammy Davis Jr. Você sabe, níveis como “Paper Moon”.
Esses níveis foram difíceis para você?
Eu já tinha ouvido algumas músicas dele, mas a maioria das músicas eram novas para mim e eu tive que aprendê-las. Nós fizemos blues também. Era muito educacional. No coral, nós éramos um coral clássico, então cantávamos em latim e em várias outras línguas. As músicas eram à capela e muito orquestrais e complicadas. Ensinaram-me muito a usar a minha audição e harmonia.
A esse ponto, você já sabia o que queria fazer com sua vida?
Eu queria me apresentar. Até no colegial, eu estava dizendo, “Eu quero me apresentar na Broadway. Eu quero fazer teatro”. Então eu tinha esse sonho que iria pra universidade e de lá para Nova Iorque me apresentar na Broadway. Minhas notas não eram ótimas porque eu era muito distraído com as atividades fora do colégio e eu nunca me importava o bastante. Eu falava, “Ah, eu não quero fazer meu dever de casa. Eu não quero estudar pro teste”. Eu deixava rolar. Eu era um aluno de notas B, então não tinha notas boas o suficiente para entrar nas boas universidades de teatro. Eu queria ir para Cincinnati ou NYU, mas não consegui. Entrei na California State Fullerton.
Você é graduado nas artes dramáticas?
Não, eu fui a universidade porque eles tinham um bom programa musical de teatro, mas assim que as aulas começaram, eu comecei a ensaiar para uma peça chamada “Grease”, no Moonlight e era a primeira vez que eu ia interpretar um papel. Eu era Doody e estava muito empolgado e distraído porque ia ter minha própria música, que ia fazer uma peça, que acabei nem indo para as aulas. Na 5ª semana de aula, eu decidi que não queria mais estudar. A peça tinha acabado e eu decidi que queria aprender trabalhando. Eu achei que pudesse conseguir mais empregos, era um pensamento muito idealista. Foi infantil, sabe, mas eu pensei, “Como eu posso continuar no colégio?” Nos últimos 18 anos da minha vida, eu estive aprendendo mas eu queria ir e viver no mundo real. Eu assisti a algumas aulas, mas pensei, “Eu não vou aprender nada aqui. Estão dizendo coisas que eu já sei.” Eu estava sendo ridículo e aprendi do jeito mais difícil que as coisas não funcionam assim. Eu abandonei a universidade e meu pai disse, “Eu não vou pagar as suas contas. Você vai ter que arrumar um emprego.” Então eu consegui um no Macy’s em Orange County no shopping, perto de Fullerton. Eu fazia os consertos e fiquei lá por uns 6 meses e me mudei para Hollywood. Eu tinha alguns amigos comigo lá, mas era miserável. Eu não conseguia arrumar um emprego, eu não conseguia trabalhar e eu era gordo. Estava me sentindo um pouco só, com 19 anos, quando consegui meu primeiro emprego em um cruzeiro.
Em breve as demais partes serão publicadas devidamente traduzidas!
Autoria do Post: Jessy Pestana
Fonte: LA Times
esse Adam nao vale nada ein iuahiuauia por isso q eu gosto dele!!
Esse é meu ídolo!!Ele é muito querido.Parabéns pela tradução
Lindo lindo meu menino adoravel e doce adam lambert
Ele é tao perfeito e amavel
Ele merece muito
Eu amo ele solo e ele com o queen