Tradução da Entrevista na Revista BLU (Alemanha) – Ago/2019

Confira a entrevista realizada por Christian K.L. Fischer da Revista BLU da Alemanha publicada no final de Agosto:

Adam Lambert: Eu queria a dose toda!

Apesar de ele só fazer uma breve participação no filme “Bohemian Rhapsody”, Adam Lambert é a voz com quem o Queen tem feito turnês pelo mundo nos últimos anos. Sua carreira solo também está voando alto, como prova o novo álbum, “Velvet”. Nós nos encontramos com o bem-humorado charmoso para uma conversa na Soho House Berlin.

Você conhece bem a cidade, não é?
Eu vivi em Berlim quando fiz ‘Hair’. Isso foi em 2003, se bem me lembro… Já faz muito tempo!

Você era jovem e a vida noturna em Berlim, lendária. Você participou de tudo isso ou era só trabalho?
Ah não! Eu tive minhas experiências – muitas das quais foram minhas primeiras vezes (risos). Eu ia festejar, por exemplo, no KitKatClub. Eu queria a dose toda! Nós fizemos amizade com o pessoal local e eles nos mostraram tudo.

Você ainda festeja desse jeito?
Não vou a um clube desse tipo há muito tempo. Quando estou em turnê, eu tenho que tomar muito cuidado, especialmente com a minha voz.

É assustador que sua vida dependa tanto da sua voz?
Pode disparar tendências neuróticas com facilidade. Se você viaja muito de avião, é muito fácil pegar um resfriado. Mudar constantemente de temperatura, o clima, alergias… Eu meio que me tornei um hipocondríaco. Mas quando estou com o Queen, eu canto tão alto que ninguém percebe as pequenas imperfeições.

Mas você já domina isso, não é?
Sim, mas a chave é aproveitar a performance e não se cobrar muito. Isso também é um tipo de disciplina – não analisar demais as coisas!

É diferente de quando você canta suas próprias músicas?
Eu me pego me julgando mais quando canto as músicas do Queen, porque o padrão é muito alto. Já me comparam com Freddie de qualquer maneira.

Com as suas músicas você pode relaxar mais?
Quando estou me apresentando sozinho, é o meu show! Eu tenho mais liberdade – mas também há mais pressão, porque a música ainda não passou no teste do tempo. Com o Queen, todos sabem cantar junto todas as letras – as minhas são novas.

Você passou muito tempo criando o novo álbum.
Forçar a criatividade parece errado. Com esse álbum eu queria que tudo estivesse em paz. Eu não sou paciente, mas eu me forcei a dar um passo de cada vez.

Estar no palco é uma coisa, mas cada passo que você dá é público. Como você vive com isso?
Eu costumava ficar sobrecarregado, mas já me acostumei. E você aprende. No começo do Twitter, eu disse coisas de que me arrependi. Agora eu presto mais atenção para não ofender as pessoas.

O que você já faz em muitos países, por ser quem você é.
Ah sim! Ser gay! Mas é o seguinte, eu só posso ser quem eu sou. E eu posso lidar com isso o mais aberto e honestamente possível – e eu não peço desculpas por nada disso! Eu sei que há muitos lugares onde as coisas são… diferentes. Mas eu não gasto minha energia com isso. Há tantas pessoas para celebrar a vida comigo.

Como é ir para países assim? Como a Rússia, por exemplo.
Já faz muito tempo desde que eu fui lá. A última vez foi há oito anos. Quando eu estive lá com uma turnê solo – não me lembro exatamente – algumas ameaças foram feitas… Eu cheguei a seguinte conclusão: ‘Ok, então não!’ Mas na Polônia foi incrível! Eu espero que os fãs da Rússia possam chegar até lá.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fontes: @4Gelly, lilybop e Revista BLU

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