Reverb: ‘Bohemian Rhapsody’ e Nostalgia: Como o Queen está lucrando ao revisitar sua própria carreira

Veja o que o Site Reverb do Brasil publicou sobre o Queen e também sobre a parceria com Adam Lambert:

‘BOHEMIAN RHAPSODY’ E NOSTALGIA: COMO O QUEEN ESTÁ LUCRANDO AO REVISITAR SUA PRÓPRIA CARREIRA

Brian May, guitarrista do Queen, disse, em entrevista para a “BBC Radio 2”, que o grupo não ganhou “nenhum centavo” com a cinebiografia “Bohemian Rhapsody”. Essa afirmação está correta em parte. De fato, os integrantes da banda ainda não faturaram diretamente com a bilheteria do filme. Mas estão ganhando rios de dinheiro pela nostalgia gerada desde o lançamento da obra.

Exemplo disso é o clipe de “Bohemian Rhapsody”. Ele foi lançado oficialmente em 1975 e publicado no YouTube em 2008 — três anos depois do nascimento da plataforma. Mas, apenas recentemente, o vídeo alcançou 1 bilhão de visualizações, e é o único material pré anos 1990 a alcançar esse número de views na história do site.

Para comemorar a marca — e, claro, surfar na nostalgia —, a banda decidiu divulgar uma versão remasterizada do clipe nesta segunda-feira (22) [veja o vídeo acima], e também o projeto “You Are the Champions”, que pretende lançar, ainda esse ano, três novos registros audiovisuais para as músicas do Queen (são elas, “Bohemian Rhapsody”, “Don’t Stop Me Now e “A Kind of Magic”), baseados em imagens gravadas pelos fãs. Para participar, basta acessar o site oficial da iniciativa e enviar um vídeo tocando algum instrumento, ou dançando, ou realizando qualquer tipo de performance artística.

Outra estratégia do Queen para aproveitar o estouro do filme foi o anúncio da turnê “The Rhapsody Tour”, planejada para acontecer entre julho de 2019 e fevereiro de 2020 — e, vale dizer, com muitos ingressos esgotados. Ela traz os integrantes oficiais da banda (Brian May e Roger Taylor), além do cantor Adam Lambert, colaborador efetivo desde 2011, após a saída do veterano Paul Rodgers, ex-Bad Company e Free, que ocupou o lugar de Freddie Mercury entre 2004 e 2009.

No último sábado (20), a turnê passou por Inglewood, cidade na área metropolitana de Los Angeles, e, em meio a referências aos 50 anos do homem na Lua, o astrofísico e guitarrista Brian May citou a teoria da relatividade para falar da viagem no tempo proporcionada no estádio, naquele momento. May é quem canta “Love Of My Life” no show, com imagens de Freddie Mercury aparecendo no telão. “Bohemian Rhapsody” é apresentada, como habitualmente, em um híbrido, com a parte operística do “mamma mia” extraída do clássico videoclipe.

Adam é carismático e faz questão de lembrar que não está tentando ser o novo Freddie. “Na verdade, sou como todos vocês, fã do cara. Sendo assim, meu papel é apenas celebrá-lo e deixá-lo orgulhoso por meu trabalho”, disse ele no primeiro show da turnê. Ainda que a ideia não seja “reviver” o ex-vocalista do grupo, morto em 1991, sua imagem é utilizada em diversos momentos, seja em fotografias no telão, ou vídeos de suas antigas performances. E que fã antigo resiste a isso?

Desta forma, o Queen está agradando sua antiga audiência e, de quebra, alcançando uma galera mais nova, que está ajudando a reverberar o legado da banda como nenhuma outra conseguiu até o momento — tipo o Led Zeppelin, que vem tentando capitalizar de todos os meios com seus 50 anos de existência.

Autoria do Post: Josy Loos
Fonte: Reverb

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