Ultimate Classic Rock: Algum dia o Queen fará um álbum com Adam Lambert?

Algum dia o Queen fará um álbum com Adam Lambert?

Já faz quase 10 anos que Adam Lambert fez sua primeira aparição ao lado de Brian May e Roger Taylor, do Queen, durante a final da oitava temporada do American Idol. Esse momento formou um relacionamento que virou Queen + Adam Lambert fazendo uma série de turnês, aparecendo na cerimônia do Oscar e, no final deste mês, estrelando o documentário “The Show Must Go On: Queen + Adam Lambert Story”.

É um período de púrpura para os ícones do rock britânico, após o sucesso de bilheteria de US$ 900.000,00, mais o triunfo de quatro Oscars do filme biográfico “Bohemian Rhapsody”. Com tantas conquistas ao lado de Lambert – que frequentemente deixa claro que ele está representando Freddie Mercury, ao invés de tentar substituí-lo, e ajudando a manter a música viva, a banda frequentemente recebe a mesma pergunta: vocês vão gravar um álbum juntos? A resposta continua oculta.

A dúvida de May parte do fracasso de “The Cosmos Rocks”, o álbum lançado por Queen + Paul Rodgers em 2008, quando o vocalista da Free e da Band Company estava trabalhando com a banda. “Nós passamos grande parte de nossas vidas fazendo isso com o Paul… Havia um bom material e trabalhamos duro por meses a fio”, disse May à Rolling Stone em 2017. “Ele é ótimo, não há dúvida sobre isso, mas ninguém se importava. Apenas desapareceu. Nós meio que recebemos a mensagem, certa ou errada, de que as pessoas só queriam ouvir Queen com Freddie no álbum. A evidência é totalmente o oposto em relação a viver – eles amam o que estamos fazendo agora, não há dúvidas, então gravitamos em direção ao material ao vivo.”

Não há como dizer se o sucesso do “Bohemian Rhapsody” o fez mudar de ideia. Parece que uma sequência foi considerada, provavelmente apenas como uma forma de apostar em seu sucesso – mas sugerindo que a indústria acredita que há um lugar para o produto principal do Queen. Certamente se qualquer hora fosse o momento certo para correr o risco com Lambert, seria agora? Taylor, por um lado, não foi sempre contra a ideia. Em 2016 ele disse: “Se fizermos alguma coisa no futuro, eu gostaria que fosse algo novo… Eu não sei quão novo soaria, mas acho que se Brian pudesse vir com uma música ou duas que nós sentíssemos adequado, sabe…”

Obviamente, novas músicas que se encaixem no Queen, mas escritas sem o Mercury, são um desafio suficiente; mas se alguém puder fazê-lo, certamente May e Taylor podem. (E talvez o baixista John Deacon possa ser persuadido a sair da aposentadoria para garantir que as gravações pareçam certas?) A quantidade de turnês que Queen e Lambert fizeram juntos prova que há uma audiência para o que eles fazem; mas, para resolver o problema do álbum Rodgers, eles precisariam garantir o interesse do público. Talvez o documentário tenha como objetivo preencher as lacunas, para que os fãs possam entender e apoiar melhor o relacionamento.

Argumentando que Mercury “amaria e odiaria” Lambert, May disse ao Yahoo no ano passado: “De maneira alguma ele imita Freddie, mas ele fornece aquela peça do quebra-cabeça. É estupendo… nós nunca faríamos isso agora se não fosse por Adam”. Se um público mais amplo puder apoiar esse conceito, talvez um álbum se torne um sucesso mais seguro.

O próprio Lambert tem mais para trazer à mesa do que nunca, passando por comentários recentes que ele fez ao anunciar seu novo disco solo. Relatando que ele passou por um “período negro” de sofrer compromissos artísticos e finalmente redescobriu seu amor pela música, ele explicou: “Adoro fazer e tocar música, mas houve muitas vezes em que tive que comprometer minha visão artística, com executivos tomando decisões com base em dinheiro e não em arte.” A experiência o deixou “questionando minha própria arte e tendo minha saúde mental afetada por causa disso”, mas depois de apoio profissional e social, ele disse que estava retornando com uma nova atitude. “As faixas vão narrar a jornada de assumir a responsabilidade pela minha própria felicidade e força, e procurar por intimidade”, acrescentou. “Eu encontrei a alegria que estava perdendo e estou de volta ao meu poder”.

Aqueles que viram o “Bohemian Rhapsody” reconhecerão que sua experiência de vida parece coincidir com a de Mercury – o que poderia significar que ele agora é um candidato ainda melhor para representar o icônico cantor no estúdio. Se isso pode ser acordado, só se resta saber se Queen + Adam Lambert podem escrever o tipo de música que os fãs do Queen querem ouvir, apesar da ausência de Mercury.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Lucas Vinícius
Fonte: Ultimate Classic Rock

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