Larry Flick da Rádio SiriusXM entrevista Adam Lambert, Nova Iorque – 07/05

Larry Flick (foto acima) entrevistou Adam Lambert no início de Maio (07) em seu programa One on One da Rádio SiriusXM. Confira como foi a entrevista:

Em resumo, Larry Flick dá as boas-vindas a Adam e eles falam sobre as datas e arranjos para a residência QAL em Las Vegas, em Setembro desse ano. Adam diz que será bom fazer shows mais íntimos, ou seja, para uma plateia menor e que eles estão retrabalhando as luzes e o palco para esse evento.

Larry pergunta se depois de tantos anos, Adam sente que o Queen seja a sua banda. Adam responde que ele se sente mais à vontade com eles agora, mas que como ele não compôs ou gravou as músicas, às vezes ele sente isso, às vezes não.

Depois, Larry diz que sempre se pergunta como Adam consegue fazer esse trabalho com o Queen e ainda assim, se manter verdadeiro a si mesmo.
Ele responde que é muito grato por ter decidido cantar “Bohemian Rhapsody” em sua audição para o American Idol, porque ele não sabe se estaria nessa posição hoje, se aquilo não tivesse acontecido e também diz que o que o mantém motivado é saber que ele está ajudando a manter vivo o legado que Freddie construiu com a banda. Adam também diz que tem muito respeito por Freddie e a forma como ele lidava com sua sexualidade, naquela época.

Larry comenta sobre a linha que liga Freddie à Adam e Adam ao momento atuam, pois quando eles se conheceram, logo depois do Idol, a sexualidade de Adam ainda era um assunto importante. Adam diz que notou recentemente o quanto a questão evoluiu nos últimos dez anos, na indústria da música.

Flick diz que enquanto assistia a performance de Adam com Melissa Etheridge no GLAAD Media Awards, ele pensou: “Quando eu conheci Adam, ele era uma criança. Apenas um peixinho no oceano gay, e agora, para um monte de crianças assistindo isso, ele é como um membro fundador!”

“Eu sou uma morsa!”

“Pelo menos um leão marinho.”

“Gostei dessa. Leão marinho é mais sexy…”

Larry pergunta, então, como tem sido para ele viver a sua celebridade, abertamente gay. Adam diz que notou muitas mudanças na indústria da música e no mundo e Larry insiste que parte dessas mudanças aconteceram porque ele se assumiu.

Adam responde: “Eu me considero parte de um movimento, eu não sei se liderei alguma coisa. Mas eu gosto de pensar que apenas por ser objetivo e seguro sobre isso, eu posso ter sido um exemplo.” Ele completa dizendo que não acha que tenha sofrido com homofobia no início da sua carreira, pois todos ao redor dele e envolvidos no projeto torciam pelo seu sucesso, mas todos estavam um pouco nervosos, por não haver regras para se divulgar cantor pop, gay. […] “Agora, com a fluidez de gênero e a rejeição aos rótulos e pronomes; isso é um movimento tão grande! É muito empolgante e está abrindo um mundo de possibilidades para os jovens!”

Larry pergunta se esse cenário o faz mais otimista em relação ao seu novo álbum, Adam diz que sim. “Não há nada que eu tenha de evitar, não que eu tenha feito muito isso, no passado, mas houve momentos em que eu pensei comigo mesmo: ‘Eu deveria entrar no jogo, eu quero uma carreira longa e de sucesso e eu quero atingir muitas pessoas então eu tenho que entrar no jogo.’”

Larry pergunta sobre o que Adam tem criado músicas, ultimamente.

“Nossa! Sobre tudo! Eu escrevi músicas sobre relacionamentos, sobre o significado do amor ou o significado do amor na sua vida, definitivamente há mensagens de empoderamento, sobre ser quem você é e não se desculpar por isso; ter seu próprio poder e força, e se você sentir que esse poder foi roubado, como recuperar esse poder, encorajando as pessoas a reaverem seu poder. E algumas músicas divertidas estilo anos 70, do tipo vamos sair para beber.” Adam diz também que a situação sócio-política em que o mundo se encontra hoje, se parece muito com o que aconteceu nos anos 70. “Esse álbum tem muita influência dos anos 70, provavelmente mais do que os outros álbuns e eu estou muito animado para entrar nesse capítulo e explorá-lo.”

Larry quer saber o que Adam aprendeu sobre si mesmo nesse tempo trabalhando com o Queen, pois ele notou uma diferença que vai além de estar confortável na situação. Adam diz que precisaria refletir por um mês para responder essa pergunta, mas ele acha que trabalhar com o Queen o deixou mais confiante e lhe deu um senso de propósito e validação e que isso o ajudou na sua abordagem do material.

Logo em seguida, Larry pergunta: “Como você se livrou da sensação no começo, presumindo que isso aconteceu, quando você pensou: ’No que eu fui me meter? Alguém me tire daqui!’?”

Adam diz que depois da primeira colaboração entre eles, no MTV EMAs, que ele admite não ter sido sua melhor performance vocal, ele cometeu o erro de olhar o que as pessoas estavam dizendo na internet. “Havia muitas opiniões divergentes na internet e isso foi na época em que eu lia o que as pessoas pensavam de mim, o que eu já não faço mais com tanta frequência hoje em dia, […] Era muita coisa para assimilar. Havia muitos elogios e havia muitas críticas e comparações. Apesar de ter sido difícil de ler aquilo, eu aprendi muito. E depois de superar meu orgulho ferido, eu tentei aplicar aquilo conforme nós continuamos trabalhando juntos. […] então eu acho que eu trabalhei para melhorar.”

“O que você levou dessa experiencia, para a sua própria composição?”

Adam responde: “[…] Eles eram ótimos em criar músicas que não envelhecem, com temas e conceitos atemporais e ao poder cantar essas músicas para uma plateia ao vivo, eu aprendi o que conecta e por que. […] Eles conseguiam ser fortes e confiantes, mas sem serem arrogantes. A banda tinha um ótimo equilíbrio em suas músicas e por causa disso eu aprendi o que se conecta e eu acho que apliquei isso...”

Em seguida, Larry pergunta quanto tempo leva para Adam se livrar da energia do Queen e voltar a ser ele mesmo. Adam responde que no passado ele manteve o trabalho com o Queen e sua própria carreira bem separados, pois era disso que ele precisava na época, mas que agora ele acha que compartimentalizar isso não faz muito sentido porque ele está em ambos, então criativamente falando esses dois aspectos estão mais unidos do que nunca.

Larry: Como você lida com a responsabilidade de ser quem você é?
Adam: Eu acho que isso foi algo que eu tive que processar logo no começo. Eu não conseguia entender… Me identificando como eu me identifico e sendo um pouco incomum… No mundo do entretenimento onde a questão é ser popular, essas duas ideias eram bem diferentes entre si… Eu acho que levou um tempo para que eu percebesse que algumas das coisas sobre as quais eu estou cantando e representando, são maiores do que eu e que querendo ou não, eu tinha uma responsabilidade para com as pessoas, os fãs e o mundo, de continuar passando a mensagem.

Larry: Ainda é divertido?
Adam: Tem quer ser, para que seja divertido. [risos] Isso foi muito profundo! Eu acho que isso é parte do que é a música, sabe? Especialmente quando você está tentando inspirar as pessoas a se sentirem livres e relaxadas e a ser corajosos, tem que ser divertido, tem que ter essa atmosfera, ou não vai se conectar com as pessoas.

Larry: Sabe, eu tenho tantas lembranças divertidas das vezes que nos encontramos. Nós tivemos muitas conversas ótimas. E todas elas estão aparecendo na minha mente agora e tudo o que eu consigo pensar é: Uau! Ele parece mais novo do que nunca!
Adam: É mesmo? Deve ser os quilos a mais, das festas de fim de ano, que ainda estão por aqui.

Larry: Na verdade, isso me lembra do momento crucial… Adam me ajudou a quebrar barreiras aqui nessa estação de rádio. E eu vou lembrar você e contar a todos sobre isso e então vamos deixar você ir. Nós já nos encontramos muitas vezes para conversar. Nós nos reunimos na véspera do Dia de Ação de Graças, um dia depois da apresentação dele no AMAs, onde ele beijou um cara no palco.
Adam: Oh, isso foi no dia seguinte! É verdade!
Larry: Já era tarde da noite quando nos encontramos e foi super importante eu ter conseguido uma entrevista com Adam Lambert, para a minha estação, que era a estação gay em um momento em que o mundo todo queria falar com o sujeito que tinha beijado um cara no America Music Awards. Eles tentaram me orientar sobre o que conversar com ele. E você sabe que eu não gosto muito de ser orientado. Isso é uma das coisas que Adam e eu temos em comum.
Adam: Sim! Eu não dei ouvidos também e fiquei encrencado por isso.
Larry: E nós nos sentamos e eu disse: “Não vou perguntar a ele sobre isso.” Eu olhei para Adam e disse: “Então… o quão gordo você era?” Você se lembra disso?
Adam: Vagamente, sim.
Larry: E você disse: “108kg.”
Adam: É, eu era um cara grande naquela época.
Larry: E isso se espalhou pelo mundo todo! Não foi por que ele beijou um cara no AMAs, foi…
Adam: O quão gordo você era?
Larry: Adam Lambert já foi gordo! E depois disso, ninguém nunca mais me questionou sobre as perguntas de uma entrevista.
Adam: Foi isso, então! Eu amei isso!
Larry: Foi! Então, obrigado, meu querido!
Adam: Eu é que agradeço por ter levado a conversa para longe daquele beijo infame!

[…]

Adam: Eu só quero dizer a todos que eu tenho visto nas minhas redes sociais, que os fãs estão ansiosos pelo meu trabalho solo também e eu quero que todos saibam que eu estou trabalhando muito duro nisso. ‘Mas todas essas datas com o Queen significa que nós vamos ter que esperar!’ Não. Não funciona assim. Eu quero que eles entendam que há muita logística, muitas camadas e que eu estou trabalhando no álbum e que vocês vão ouvir alguma coisa antes do final do ano, eu prometo!
Larry: E ele vai voltar aqui para falar a respeito. Eu faço questão!
Adam: É claro!

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fontes: @bamafanPF, @LarryFlick, @Angel_nDisguise, scorpiobert e gelly414/YouTube

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