Review by The Age do Show Queen + Adam Lambert em Melbourne (Austrália) – 02/03

Análise do Queen + Adam Lambert: Mais que uma viagem profunda nas memórias

Se Melbourne não tivesse sido conquistada depois de todos os hits do Queen, Adam Lambert se certificou de sanar o problema presente no ar. “Alguns aqui devem estar pensando ‘ele não é o Freddie'”, disse o ex-American Idol e vocalista do Queen com bom humor na Arena Rod Laver, na sexta-feira. “Não mesmo, só existe um Deus do Rock e é o Freddie Mercury!”

Apesar de Freddie ter nos deixado há décadas, seguir os passos desse gigante deve ser muito difícil. Mas Adam Lambert arrebentou em “Don’t Stop Me Now”; ele encaixa com o Queen e depois de cinco anos de turnê com a banda é merecido o reconhecimento.

Lambert tem uma voz maravilhosa e ele é capaz de atingir todas as notas altas que o Freddie fazia, é flamejante (ajudado pela troca de figurinos) e engajado, mas sempre respeitando o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, que fundaram o Queen há mais de 40 anos atrás e continua tocando soberbamente.

May passou bastante tempo no palco, fazendo solos e promovendo o momento crucial da noite ao tocar “Love Of My Life”, com um antigo vídeo do Freddie cantando a mesma música.

May, Taylor e Lambert iluminaram o show ficando próximos ao público em “Under Pressure” e “Crazy Little Thing Called Love”, o que deixou a maioria dos fãs de pé na arquibancada.

A longa e diversa lista de hits do Queen significa que se pode dançar entre os diferentes sons de rock (“Radio Ga Ga”, “We Will Rock You”), o glam (“Killer Queen”), o divertido (“Fat Bottomed Girls”).

Todos os vencedores (do American Idol) foram uma explosão, mas a assinatura de Adam Lambert na sua música “Whataya Want From Me”, não soa distante da realeza do rock. Uma frustração: passar partes do vídeo de “Bohemian Rhapsody” – mesmo que no intuito de prestar homenagem ao Freddie – no telão não permitiu aos fãs apreciarem o vocal incomparável que estava no palco.

Visualmente, há fumaça, adereços, luzes e um globo, um duelo de bateria entre Taylor e o percursionista Tyler Warren, e muitos solos magníficos de May, incluindo um no qual ele se apresenta elevado através de diferentes camadas no palco.

Os membros fundadores do Queen estão de cabelos brancos agora e fazem piadas sobre suas idades, mas a energia continua alta, eles soam maravilhosos e a voz de Lambert significa mais que uma viagem nas antigas memórias. Não é só ele se divertindo.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Tici Bezerra
Fonte: The Age

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