Mtime da China entrevista Adam Lambert

Confira a entrevista que Adam Lambert concedeu a Mtime da China no início de setembro.

Adam: Eu fiz a audição para o American Idol, principalmente para alavancar minha vida e minha carreira e ter mais oportunidades de expandir minha criatividade. E eu tive a oportunidade de cantar músicas que as pessoas já conheciam e gostavam e isso me colocou no mapa.

Mtime: Você cantou algumas músicas do Queen no American Idol, você chegou a pensar alguma vez que poderia estar cantando com eles em turnê?
Adam: Eu cantei “Bohemian Rhapsody” na minha audição e eu fico muito feliz por ter escolhido essa música, e no final da temporada eles convidaram o Queen para tocar “We Are The Champions” e eu pude cantar com o outro cara, Kris Allen e nós nos divertimos muito e houve uma conexão, mas eu não pensei nem por um segundo que isso iria levar a uma turnê com a banda cinco anos depois; ainda fico chocado e me parece surreal.

Mtime: Você se lembra do que sentiu na primeira vez que subiu ao palco com o Queen?
Adam: O primeiro show completo, com duração de duas horas foi na Ucrânia, nós tínhamos ensaiado apenas nove dias e havia uma plateia de quase meio milhão de pessoas, então foi bem intenso. Para a China talvez não seja tanta gente assim, mas para mim é muita gente e foi um pouco desesperador, eu estava bem nervoso e a adrenalina estava alta. Foi uma noite muito memorável.

Mtime: Quando eles lhes convidaram para fazer a turnê, qual foi sua primeira reação?
Adam: A primeira coisa que eu pensei foi ‘Uau! Estou lisonjeado, isso é incrível!’ e então, por um momento eu fiquei apreensivo, eu pensei ‘Isso é solo sagrado’, Freddie Mercury foi incrível e há muitos fãs ferrenhos do Queen que podem querer me matar, então eu tive que fazer isso certo e com cuidado. Nós tomamos um tempo nos ensaios para descobrir como apresentar a música, como montar o show de forma a balancear a memória de Freddie com essa nova encarnação do Queen.

Mtime: Você acha que ter a sua própria música é mais importante do que cantar as músicas de outros artistas?
Adam: É importante para mim ter minha própria carreira e minha música original, esse é o meu grande sonho, mas quem pode recusar a oportunidade de cantar com uma das maiores bandas de rock de todos os tempos e cantar essas músicas incríveis para plateias que amam e tem as músicas como parte de suas vidas? É algo que qualquer performer aceitaria e eu adoro que eu tenha sido capaz de fazer as duas coisas. Um projeto não tem prioridade sobre o outro, eles são muito diferentes e eu adoro isso.

Mtime: Você pode falar sobre sua carreira musical antes do American Idol?
Adam: Antes do American Idol eu fiz várias coisas diferentes. Eu fiz muito teatro musical, por anos e anos. Durante os meus 20 anos era assim que eu pagava o aluguel, eu vivia disso. Então eu comecei a me interessar por outras coisas fora do mundo dos musicais. Eu tive uma banda de rock por um tempo, eu trabalhei com alguns produtores em Los Angeles, cantei músicas de outras pessoas para demos e jingles, participei de eventos em casas noturnas. E foi aí que eu comecei a ter vontade de me tornar um artista. Eu sou muito sortudo e eu sempre gosto da ideia de colaborar com outro artista, eu aprendo muito, seja dividindo o palco ou passar um tempo ensaiando com outra pessoa e percebendo como ela vê uma música de uma forma diferente.

Mtime: Antes de estar nesta nova gravadora, a anterior queria que você fizesse um álbum com covers dos anos 80. Mas você não concordou. Por que você insiste na sua própria música?
Adam: O próximo passo foi evoluir para um artista que tem músicas originais. Eu lancei dois álbuns e queria continuar nesse caminho. Me pareceu como um passo atrás voltar a fazer covers, eu queria continuar fazendo minha própria música.

Mtime: Foram 3 anos desde que você lançou “Trespassing”, que tipo de desenvolvimento musical você teve após este lançamento?
Adam: Desde “Trespassing” eu pude me envolver com outros projetos além da minha música solo e esses projetos me deram novas perspectivas e novas ideias. Eu passei seis meses na estrada com Queen, o que foi incrível e eu filmei um programa de TV chamado Glee e essas duas experiências foram muito diferentes, entre si e da minha carreira solo e foi bom para me tirar da minha zona de conforto, tentar alguma coisa nova e isso me inspirou.

Mtime: Falando em Glee, eu sei que você fez uma audição para o programa.
Adam: Sim. Há muito tempo, antes da estreia.
Mtime: Certo, e você não conseguiu o papel, então você fez a audição para o American Idol e depois você recebeu uma ligação do Ryan Murphy lhe convidando para fazer essa participação como convidado. Quão surpreso você ficou?
Adam: Eu fiquei muito surpreso e lisonjeado. Quando eu pude ler a ideia de como o personagem era, eu percebi que ele era muito parecido comigo e foi legal colocar um pouco da minha personalidade no papel e ele também era muito jovem e estava tentando provar seu valor e eu me identifiquei com ele nisso também, como uma versão mais nova de mim mesmo.
Mtime: Então você realmente se identificou com ele.
Adam: Sim. Foi como uma extensão de onde eu estive no passado.

Mtime: Uma coisa que eu sempre admirei em você, fora seu talento inacreditável, é que você está sempre incrível, você tem um ótimo senso de estilo. Como você escolhe suas roupas para suas performances?
Adam: Obrigado. Eu não sei. Muita coisa me inspira. Eu pesquiso muito o que está acontecendo no mundo da moda, nas passarelas e editoriais. Às vezes eu me inspiro em épocas ou filmes diferentes. Eu estou sempre brincando de me fantasiar, é parte da minha personalidade. No passado meu gosto era mais voltado para looks extremos e agora ele mudou para uma vibe diferente e estou certo de que vai mudar novamente, no futuro. Eu gosto de experimentar e reinventar.

Mtime: Parabéns pelo grande sucesso do seu novo álbum “The Original High”. Muita gente tem dito que este álbum é o seu melhor. O que você pode dizer sobre ele?
Adam: “The Original High” levou mais de um ano para ser criado. Eu passei quase dois meses na Suécia no começo. Saí da minha zona de conforto e mergulhei no processo e pude trabalhar com algumas pessoas incríveis. Max Martin e Shellback são os produtores executivos.

Mtime: Max Martin e Shellback são músicos lendários. Eles tiveram alguma relação com a criação do álbum?
Adam: Eles sabem o que funciona. Eles conseguem saber o que as pessoas querem ouvir e eles me incentivaram a explorar partes diferentes da minha voz. Eu ainda tenho meus momentos cantando alto e exagerado, mas eles me encorajaram a cantar mais baixo e contido e dessa forma o álbum tem muitas nuances e dinâmicas diferentes.

Mtime: A sua voz neste álbum está extraordinariamente mais íntima… poderia nos contar a razão para isso?
Adam: Eu queria ter momentos nesse novo álbum, em que parecesse que eu estava cantando diretamente para a pessoa ouvindo. Tantas pessoas escutam música com fones de ouvido hoje em dia e eu acho muito importante que elas sintam que você está bem ali, sussurrando em seus ouvidos.

Adam: Essa música é sobre algo que, eu acho, todos já passaram. Se você está sozinho, ou solteiro ou sentindo falta de alguém ou alguma coisa na sua vida… quer dizer, todos nós temos essas noites em que desejamos que tivéssemos companhia ou alguém com quem se aconchegar. É uma ideia universal, eu acho.

Adam: O primeiro single, “Ghost Town”… Nós estávamos procurando pelo primeiro single e por sorte, eu sinto que nesse álbum nós temos muitas músicas fortes, mas essa canção, eu não sei, ela me pareceu muito diferente, algo que eu nunca tinha ouvido antes […] Eu gostei que ela definiu o tom do resto do álbum. O tema de perda ou desilusão pareceu um tema desafiador para se apresentar a uma audiência, como um primeiro olhar. E com o vídeo, eu queria prestar uma homenagem aos vídeos em preto e branco com baixo orçamento dos anos 90. […]

Adam: O que vem a seguir? Se eu conseguir fazer do meu jeito, eu quero pegar essas músicas e montar a turnê, que começa em Janeiro e compartilhá-la com o maior número de fãs que eu puder, dar a volta ao mundo e fazer mais vídeo, o que eu adoro, e continuar cantando.

Mtime: Além do Queen, não há nenhum cantor ou banda que você queira ainda fazer colaboração?
Adam: Eu adoro fazer colaborações. Não sei quem eu escolheria, de todas as pessoas que eu amo. Eu adoraria dividir o palco com Beyoncé, obviamente Freddie Mercury e o Queen me inspiraram muito e Michael Jackson também.

Mtime: Você voltará a China em breve? Como será o show?
Adam: Sim, eu estarei de volta com a turnê em Janeiro, então China, eu voltarei. A turnê vai ter muitas músicas do meu novo álbum e algumas velhas favoritas também e algumas surpresas. Eu espero que as pessoas gostem.

Mtime: Você tem muitos fãs na China. Você já se apresentou na China antes, o que mais lhe impressionou nestas apresentações?
Adam: As plateias chinesas, pelo que eu pude ver, são muito respeitosas com a música e as artes. Há muita consideração pelos performers. Eu adoro esse tipo de respeito que eu senti lá e não é só por mim, eu notei isso com quase qualquer um que subia ao palco, certa reverência e eu achei isso impressionante.

Mtime: Você quer deixar algum recado para seus fãs chineses?
Adam: Eu amo meus fãs chineses! Mal posso esperar para voltar. Estou muito ansioso e animado. Eu ouvi que nós vamos para Pequim e eu nunca estive lá e vai ser bom ver pessoas novas. Talvez eu consiga roubar alguns minutos para ver a Grande Muralha e outras coisas interessantes.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fontes: Jaqui_0/YouTube e Mtime

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