CCTV News entrevista Adam Lambert, Pequim (China) – 09/11

Algumas horas antes da Conferência de Imprensa de Pequim (China) no início da semana passada (09), o repórter Mu Fangzhou da CCTV News entrevistou Adam Lambert. Confira a tradução do vídeo da entrevista a seguir:

Adam Lambert é mais conhecido como um ex-participante do “American Idol”, mas também o atual vocalista da lendária banda de rock britânica Queen. Ele compartilhou algumas de suas ideias sobre seu novo álbum, “The Original High”, sua carreira após o reality show e “calçar os sapatos” de Freddie Mercury no palco.

Ele talvez possa ser mais reconhecido que sua música, mas o novo álbum de Adam Lambert “The Original High” está varrendo as paradas de todo o mundo recentemente. Ele também anunciou uma nova turnê na China, que acontecerá em janeiro de 2016 em Pequim e Xangai.

Em seu terceiro álbum, Lambert retorna para o mundo da música eletrônica pop, gravando com Max Martin e Shellback. Os “por trás das câmeras” de vários hits de Britney Spears e Taylor Swift.

Adam: Trabalhar com Max Martin e Shellback novamente é ótimo, porque eles criaram duas das grandes grandes canções do meu primeiro álbum. Então é bom voltar a trabalhar com eles e deixar eles terem um papel maior como produtores executivos e fazendo algumas faixas do álbum também. O que é bom em trabalhar com eles no estúdio é que eu confio 100% neles, porque eu sou um grande fã do trabalho deles e eles definitivamente definiram alguns artistas. Então eu estava muito animado em voltar ao estúdio com eles, porque eu sabia que esse álbum podia ser algo maravilhoso.

Tendo conquistado diferentes palcos do “American Idol” ao “Rock in Rio”, Lambert é o tipo de artista que se atreve a personificar vários gêneros musicais no palco e no estúdio. A barreira entre gêneros não é mesmo um problema para ele.

Adam: Eu acho que a maioria das pessoas por aí tem um smartphone, um iPod e músicas em mp3 em seus computadores, tem playlists com todos os tipos diferentes de músicas. Então com isso em mente, eu não acho que exista uma necessidade de escolher uma caixa e ficar preso a ela.

Adam: Uma coisa boa sobre todos esses três álbuns é que talvez os estilos variaram dentro dos álbuns, mas sou eu no centro deles, sou eu cantando. É minha voz e sempre foi minha voz. E é isso que eu quero trazer a tona. Eu trago meu coração, minha mente e minha voz. Eu faço aqui o que você está dizendo, porque penso sobre isso tudo também, mas eu também acho que a música não é sobre pensamentos, é sobre sentimentos. E não é sobre a tentativa de classificar e analisar, isso é algo que jornalistas fazem, mas não necessariamente o que um amante da música faz. Você está ouvindo uma música, como ela faz você se sentir? Ela faz você se lembrar de algo em sua vida? O que ela te inspira a fazer? Ela te inspira a dançar? Chorar? Ou ela te inspira a rir? É sobre isso que a música é.

Adam: Minha preocupação maior ultimamente é sobre a audiência. Quem são as pessoas que iam querer escutar essas músicas, e porque? Não pelo gênero porque isso é uma maneira antiquada de se pensar sobre música. Eu penso de volta aos anos 70 e 80, as pessoas realmente se definiam pelo gênero de música que escutavam. Isso não acontece hoje.

Lambert se vê mais como uma pessoa criativa do que uma pessoa de negócios. Mas as direções de marketing geralmente se chocam com suas escolhas artísticas.

Adam: É definitivamente um compromisso sempre. Isso é um negócio. É interessante porque eu aprendi muito nos últimos anos sobre como tudo isso funciona, entender que tem que ser uma conexão harmônica com sua gravadora, seu time de publicidade, sua equipe social, sua audiência… É meio que um caminho de aprendizado para alcançar isso, especialmente quando se sai de uma competição, onde você de repente possui fãs antes de mesmo ter músicas próprias. Portanto é como que um vem antes do outro, mas eu sou realmente feliz com a maneira que as coisas aconteceram, porque meu caminho não tem sido uma linha reta, tem sido assim… Tem sido interessante. E tem sido um processo de aprendizagem.

Com sua voz formidável e sua presença de palco extravagante. Lambert provavelmente é o candidato mais inesperado, mas absolutamente qualificado, para o papel de vocalista do Queen. Falando sobre o projeto “Queen + Adam Lambert”, ele é humilde, mas ambicioso, ocupando o lugar de Freddie Mercury em uma turnê de arenas com Brian May e Roger Taylor. Ele evita ao máximo um cenário de karaokê, com muito respeito e ética.

Adam: Eu tento evitar em minha mente o pensamento sobre substituir ou ser comparado a ele. No começo, quando eu comecei pela primeira vez, eu estava um pouco intimidado por isso, porque eu sabia como os fãs pensariam ‘Espere um pouco, espere um pouco’. Mas você sabe, eu estava tentando me concentrar em ‘ok, qual a intenção dessa música emocionalmente? Qual é a história que eu estou tentando dizer? O que essa música faz o público sentir?’ E eu estava tentando focar mais nisso e foi o que mais me ajudou a evitar todos os ‘e se…’ e a ansiedade de ‘Oh meu Deus! Freddie Mercury!’ Obviamente ter Brian e Roger no palco comigo me ajudou muito, porque eu podia fazer perguntas diretamente a eles sobre como fazer uma música, o que gostariam de ouvir ou porque essa música foi escrita e também acho importante injetar um pouco de uma nova energia.

Adam: Eles têm tocado essas músicas no palco por muito tempo e uma coisa que eu fico muito feliz de fazer é dar a eles uma razão para estarem nos palcos novamente. Vocês sabem que Brian e Roger são uma incrível dupla de músicos, eles querem continuar tocando ao vivo, eles amam isso, lhes dão tanta vida. Então de certa forma isso está facilitando as experiências deles também. Mas eu acho que também tem muito a ver com começar a cantar essas músicas incríveis que tem sido parte da vida das pessoas por tanto tempo, você entende isso? Há tanta nostalgia na audiência quando nós fazemos esses shows, porque as pessoas cresceram com essas músicas.

Adam: E eu também tenho muita sorte de ter minha carreira solo, onde eu ainda faço música contemporânea. Eu estou fazendo músicas que eu quero por no rádio, que eu quero conectar com as pessoas de todo o mundo e, em seguida, ir por outro caminho para participar dessa oportunidade incrível com o Queen, cantar os clássicos do passado. Portanto, é um pouco do velho e um pouco do novo, e eu pego o melhor dos dois mundos. Isso é realmente legal.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fontes: @AdamLambert_INA, CCTV News e @cctvnews

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