National Post: “Queen ajudou a me reformular” – Adam Lambert

“Queen ajudou a me reformular” – Adam Lambert lança o glamour em seu novo álbum

Nos saltos altos de seu último álbum, Adam Lambert estava à beira de um abismo comercial.

“Trespassing”, lançado em 2012, foi o primeiro álbum número 1 de Adam, e o primeiro lançamento de um artista abertamente gay a chegar ao topo da Billboard, mas as vendas diminuíram rapidamente e ele logo enfrentou problemas com sua gravadora, RCA. A empresa pediu por um álbum de cover dos anos 80, mas Adam não estava interessado.

Ele decidiu sair.

Pela primeira desde seu segundo lugar no programa “American Idol” em 2009, Lambert se confrontou com a real possibilidade de que sua carreira poderia bater em uma parede. Que ele estava prestes a desaparecer como tantos outras estrelas do “American Idol”.

Sentado em um sofá no segundo andar do Rivoli em Toronto, um dia depois de participar do Much Music Video Awards, Lambert reconta sua saída da RCA, “Quando eu decidi sair da minha última gravadora, eu tive momento de ‘Bem, eu espero que eu não tenha dado um beijo de adeus em todas as minhas chances’”, ele disse.

O medo não durou muito. No dia seguinte a Warner Bros ofereceu a Lambert um novo contrato, preparando o terreno para o seu terceiro álbum, “The Original High”, lançado no dia 16 de Junho.

Gravado na Suécia, o álbum tem como co-produtores executivos Max Martin e Shellback, os ‘fazedores de hit’ por trás de “Moves Like Jagger” de Maroon 5, “Problem” de Ariana Grande e o sucesso do álbum “1989” de Taylor Swift.

“The Original High” marca uma partida para Lambert, tanto sonoramente quanto em termos de sua imagem. O álbum é conduzido por uma via mais eletrônica do que ele já lançou no passado, pegando emprestado algumas coisas das músicas do começo dos anos 90 como C + C Music Factory e Robin S, que Lambert deve ter descoberto quando era um adolescente. É melancólico, meio-compasso e muito menos jogado na sua cara que “Trepassing” ou seu álbum de estreia, “For Your Entertainement”.

Lambert diminuiu a teatralidade. Afastou-se daquele garoto teatral que já se mostrou uma vez: o cabelo preto arrepiado, maquiagem pesada e roupas elaboradas. No Rivoli, ele usa jeans e uma blusa de gola alta. O único detalhe classicamente Glambert é o esmalte preto fosco em suas unhas.

“Dez anos atrás, minha coisa favorita era ir a um clube usando uma roupa louca e vários tons de maquiagem e ter uma noite realmente, realmente selvagem, incluindo uma pós-festa ou duas”, Lambert diz.

Agora, ele disse que precisou mudar, tanto pessoalmente como profissionalmente. “Você passa por diferentes fases. No meu último capítulo, eu estava realmente me expressando. Pesadamente. Agora eu estou em um lugar que menos é mais”. Citando uma discussão com seu recente amigo Sam Smith, Lambert explica que o mercado para um artista assumido evoluiu. “Eu estava falando com Sam Smith sobre como o ‘pós-gay’ é agora uma realidade. Nós estamos nos movendo em uma direção em que você não é mais definido apenas por sua comunidade ou orientação sexual”, ele diz “De alguma maneira, a comunidade gay está se tornando mais aberta. Porque nós estamos nos tornando mais normalizado e comum, a comunidade não é mais tão segregada e isolada como costumava ser.

Parte da transformação de Lambert se deve, sem dúvidas, a reviravolta em sua carreira ao fazer uma turnê como o vocalista do Queen.
Em 2014, a banda pegou a estrada com Lambert preenchendo o lugar do falecido Freddie Mercury com reviews favoráveis e shows esgotados. (Eles têm uma sequência de shows confirmados na América do Sul nesse outono).

Essa foi uma injeção de confiança que Lambert estava buscando. “Isso me colocou em um diferente lugar na minha carreira e na minha vida pessoal. Isso definitivamente me deu um impulso de confiança e me ajudou a me reformular em público”.

Apresentando com Queen, ele percebeu que ele podia sair dos limites da marca Adam Lambert e mudar seu estilo como um performer.

“Queen pulou entre gêneros como loucos. Eles são os reis nisso”, ele disse. Ele pausa, percebendo o que disse e revira seus olhos “ou rainha disso”.

Embora sonoramente diferente do Queen, “The Original High” fornece a chance de ele mesmo saltar nos gêneros, mais notavelmente em “Lucy” que tem o Queen, Brian May na guitarra.

E também trouxe algum sucesso comercial. Enquanto o álbum em sua semana de estreia vendeu modestos 47.000 cópias nos Estados Unidos, seu primeiro single “Ghost Town” está no Top 40 e ganhando as rádios, conquista que se deve em parte a seu vídeo, que tem mais de 6 milhões de visualizações.

O vídeo, dirigido por Hype William, é também uma prova que o maior que a vida, Lambert, não está morto. Enquanto Williams racionaliza a teatralidade de Lambert para um hipnótico vídeo em preto e branco, a filmagem parece um pouco com aqueles clubes de antigamente na West Hollywood.

Ouvi Lambert dizer que os dois dias de filmagem foram uma festa regada a marguerita e que foi convidado um grupo heterogêneo de amigos e colaboradores de Adam, incluindo o maquiador Sutan Amrull (mas conhecido como a drag queen Raja) e um grupo de dançarinos montados pela ex Pussycat Doll, Carmit Bachar.

“Eu ainda tenho minhas noites selvagens”, Lambert diz.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fontes: Adam Lambert TV e National Post

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