JJ da Rádio Z100 FM de Nova York entrevista Adam Lambert – 20/05

Nesta quarta-feira (20), Adam Lambert também foi entrevistado por JJ da Rádio Z100 FM em Nova York. Confira a seguir como foi a entrevista:

JJ começa por cumprimentar Adam, dizendo-lhe que da última vez lhe tinha dado um “prêmio Z” e que ele estava muito feliz. Adam diz que se lembra disso e que foi pela música “Whataya Want From Me”. Pergunta-lhe o que é que acha que a Taylor Swift vai fazer com todas as estatuetas que ganhou. Adam responde que não sabe, talvez “dá-las aos seus melhores amigos”.

Adam diz que tem bons amigos, mas não costuma viajar com eles, ele é um homem independente. “Há pessoas que perguntam: ‘Onde é que estão os teus seguranças?’ – Eu estou bem assim.” Tem vários grupos de amigos que se dão bem juntos, mas há outros que juntos não combinam, por essa razão encontra-se com eles separadamente.

JJ diz que adorou “Ghost Town” desde a primeira vez que a ouviu. Fala muito de emoções/relações, exprime exatamente o que se passa com o coração.

Adam: Perguntei a um amigo meu o que é que a música o fazia sentir. E ele tinha acabado de sair de uma relação. Ele disse que era exatamente o que estava a passar no momento. Lanço as mãos ao ar sobre o amor, não sei o que ando a fazer, estou um pouco farto disto, mas vamos dançar. A música é sobre relações, mas há a letra que me faz sentir orgulhoso… Fala de um homem desiludido, que se deixou ir abaixo por um monte de coisas diferentes. Fala de… ‘Tentei acreditar em Deus e James Dean/Mas Hollywood esgotou’. Já estou em LA há cerca de 14 anos. Por vezes entramos em certas experiências, certas situações que testam a nossa fé, o teu sistema de crenças, os sonhos que você possa ter, percebe? As pessoas mudam-se para estas grandes cidades com grandes sonhos e é difícil continuar a acreditar neles, às vezes.

Adam: Falando em amigos e nas pequenas coisas… A música “The Original High”… Deixa-me voltar ao início. Quando estava a trabalhar na música, a primeira do álbum, de onde partiu o resto… tirei algum tempo de folga, saí com amigos, fomos jantar, a festas, clubes, festas na minha casa e, sabe, sou um falador, acho que te relaciona comigo neste aspecto, e eu e os meus amigos tínhamos estas grandes discussões… Tenho um grupo de amigos muito diversos: com idades, raízes, orientação sexual, raças diferentes, e eu queria… Num jantar, numa noite disse. “O que é que procuram?” E ninguém sabia ao certo. Diziam todos: “Não sei!” E o que achei interessante foi… É difícil falar sobre o assunto. As pessoas têm a tendência a andarem aos círculos. Como “bem não sei, mas senti-me muito bem quando fiz isto há 4 anos, ou quando fiz a minha primeira turnê, ou quando namorei esta pessoa… E gostava de voltar a sentir o mesmo.” Mas não sei se isso é, na verdade, possível.

JJ: Não, não pode. Ninguém percebe que a melhor parte é a viagem. É a parte mais divertida.

Adam: A nossa geração, especialmente nestas grandes cidades, anda sempre há procura da próxima coisa que seja melhor e isso pode, também, ser uma armadilha. Não está a apreciar o que está à tua frente. E é isso a música “The Original High”.

JJ pergunta se Adam está ciente que nestes jantares pode sempre aparecer alguém com uma câmera e filmá-lo com os amigos, talvez bêbado, e por online.

Adam: Sim, e haveria coisas de que, provavelmente, iria me arrepender. Eu sou aberto, não tenho filtro nenhum e nos últimos anos houve muito tempo em que batia com a mão na testa. Porque é que eu disse isso? Nem tinha percebido de como isso soava. E a mídia pode pegar nas coisas e de repente sou um elefante púrpura.

JJ: Quero a tua opinião filtrada nisto. Idol? Já estava na hora, não estava?

Adam: Acho que tiveram uma grande jornada e lançaram algumas grandes carreiras. Estou muito agradecido por tudo o que fizeram por mim. Mas às vezes há mudanças e a sociedade quer algo novo. Às vezes tem de se seguir o seu ciclo de vida. As seriados cômicos acabaram. Seinfield, Cheers… Estes marcos televisivos fantásticos tiveram o seu tempo.

JJ: Durarem muito tempo é mau e deixa uma má recordação. Nestes programas há pessoas de quem não se volta a ouvir falar e é triste.

Adam: Eu sinto compaixão pelas pessoas que vão a estes programas e põe tudo neles. Mas a indústria da música é difícil. É fácil perder-se no baralho. É preciso trabalhar-se muito, o timing e as estratégias são muito importantes, ter as pessoas certas à tua volta é, provavelmente, o mais importante. Management, publicitários, tudo isto. É um negócio. E não é dos fáceis.

JJ: É verdade que você disse que sairia em turnê solo se as pessoas gostarem do teu álbum?

Adam: (risos) Bem, você sabe, as pessoas têm de conhecer as músicas se você quer vender bilhetes para a turnê. É assim que funciona.

JJ: Já ficasse distraído no palco?

Adam: Sim, acontece-me sempre.

JJ: Pelo quê?

Adam: Pessoas. Olho para todos quando estou a atuar, gosto de manter contato visual, de ver o que vestem e começo a pensar: “Isto é legal!”; “Porque é que aquela pessoa está a dançar daquela forma?”; “O que é que tem na cabeça?” Em relação a manter contato visual com as pessoas que sabem as letras todas de cor.

Adam: Isso acontece com quase todos os Glamberts. Adoro isso. É uma das coisas que te entusiasma e dá energia. É isso a minha parte preferida de atuar ao vivo: a energia que recebo do público. Há diferenças entre estar em estúdio e no palco. É uma vibe diferente, uma disciplina diferente.

Adam refere que trabalhou com pessoas muito boas neste álbum (Max Martin e Shellback), o que aliviou a pressão, pois confiava muito neles e é grande fã. Estava sempre aberto a sugestões por parte deles.

JJ também postou este vídeo em seu Instagram: “Adam Lambert no estúdio, melhor entrevista que eu fiz, me diverti muito, acho que cobrimos tudo, melhor momento desde sempre.”

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Kady Freilitz
Agradecimentos: Sandra Saez
Fontes: Adam Lambert TV (1), Rádio Z100 FM, Adam Lambert TV (2) e jjkincaid

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