Entrevista da Billboard com Adam Lambert para o "Pop Shop Podcast"

Confira a entrevista da Billboard com Adam Lambert para o “Pop Shop Podcast”, na qual Adam falou sobre seu novo álbum “The Original High”, seu novo single “Ghost Town”, seu processo em achar um novo som na Suécia e porque ele rejeitou o projeto para gravar um álbum com covers dos anos 80. Clique Aqui para ouvir o áudio e a seguir confira a tradução:

Jason: Keith, falaste com o Adam Lambert esta semana sobre o novo single “Ghost Town” e o seu novo álbum “The Original High”. Estou muito entusiasmado por ter o Adam Lambert no “Pop Shop Podcast”. Sou um grande fã do Adam Lambert, tentamos tê-lo aqui…

Keith: Diria que é um Glambert?

Jason: Sim, sem dúvida. Estou entusiasmado. Vocês falaram durante algum tempo… Infelizmente não estive na conversa, mas sei que você arrasou e estou entusiasmado por o termos aqui hoje.

Keith: Exato! Vai ouvi-la (entrevista), não na íntegra… Nós falamos durante tanto tempo que a tivemos de reduzir. Super conversador, super simpático, super legal e ele foi sincero e espero que gostem de ouvi-la.

[…]

Jason: Vamos passar à tua entrevista com o Adam Lambert. Ele está prestes a lançar o novo álbum “The Original High”, em 16 de Junho, e “Ghost Town” é o novo single, que saiu esta semana. Divertiram-se?

Keith: Foi muito bom. Nunca o tinha conhecido antes e ele foi muito agradável, tinha uma cor de cabelo muito bonita e, soa estúpido, mas é verdade. Bom cabelo. Falamos sobre “Ghost Town”, produzido por Max Martin. Parece que a maior parte do álbum foi produzida na Suécia, em Estocolmo. Falamos sobre a sua saída da RCA, eles queriam que ele fizesse um álbum de covers, e sobre o fato de ter uma música com o mesmo título de uma da Madonna. Falamos sobre isto e ainda mais.

[Cumprimentam-se. Adam afirma que segue Keith no Twitter, que já leu coisas sobre ele, e Keith diz que foi ele que escreveu sobre “Trespassing” ter estado em número 1, Lambert agradece.]

Keith: Tem o teu single acabadinho de sair, “Ghost Town”. Como é que se sente agora?

Adam: Acabei de ouvi-lo ao ligar o rádio, estar tocando direto, na estação de rádio, sinto-me como “finalmente”… Trabalhei neste álbum durante cerca de um ano e muitas das músicas estão quase todas acabadas desde o final do Outono. Tenho estado à espera. Não sou a pessoa mais paciente do mundo, por isso… Tive de aprender da forma mais difícil. O mistério é nosso amigo. Faz parte do mundo do espetáculo.

Keith: Achei que teve um efeito positivo aquilo que fizeste com os teasers. Mostrava só um pouco e percorria o caminho até ao assobio.

Adam: Sim, havia uns ingredientes na música que achamos ser a chave, por isso… Foi como nós apresentamos os ganchos disto às pessoas.

Keith: A música foi só produzida pelo Max Martin ou foi ele e amigos?

Adam: Max Martin e Shellback foram quem supervisionaram o álbum todo. Esta faixa foi produzida pelo Max e ele tem outros compositores e engenheiros a bordo. O que eu gosto no Max é que não se trata do seu ego ou só de mim. O objetivo dele é fazer uma música excelente. Ele não quer saber do número de pessoas que estão envolvidas para criar uma música excelente, só precisa que ela o seja. É por isso que nos damos tão bem, ele é tão humilde, tão legal.

Keith: O novo álbum, denominado “The Original High”, sai em 16 de Junho pela Warner Bros Records.

[Processo de composição do álbum]

Adam: Cada faixa é diferente. Numas tínhamos o texto já escrito e trabalhávamos nele, tínhamos uma espécie de demo, ouvíamos e dávamos algumas ideias para melhorar. Houve faixas que seguiram este formato. E houve outras em que foram produzidas desde o início. Eles também reuniram uma equipe fantástica de compositores, beatmakers… Foi uma boa hora para eles, começaram a nova editora. Têm muitas pessoas talentosas. (…) Timing é um animal interessante. Aprendi os seus dois lados. Pode ser o teu melhor amigo ou pode te trair. Timing é tudo.

Keith: Soubemos que você saiu da RCA, mas que ela estava interessada em que você fizesse um álbum de covers.

Adam: Sim, e não o fizemos. Tínhamos convicções criativas divergentes a esse ponto. Não há ressentimentos. Continua a haver boas pessoas lá, e trabalharam duro para mim. “For Your Entertainment” teve dois singles de sucesso. “Trespassing” é um álbum muito bom, sinto-me contente com ele, estava num processo de aprendizagem. Foi número 1 e foi uma aprendizagem porque o produzi executivamente. Trabalhei com muitas pessoas, experimentamos muitos sons, gostei do som desse álbum e segui a mesma linha neste.

Keith: Alguma vez considerou fazer um álbum de covers?

Adam: Quando falamos disso ponderei a ideia. Não foi uma decisão instantânea de dizer “Não!” Pensei sobre o assunto, andei a pesquisar músicas dos anos 80. Quanto mais pensava nisso, mais percebia que havia uma mão cheia de boas músicas dos anos 80, que eu adorava, mas nunca fui um apaixonado pela música dos anos 80. Sou mais dos anos 70 e 90, na verdade.

[“The Original High”, a música que dá nome ao álbum, veio de material mais antigo]

Adam: Era uma demo, que criei antes de assinar o contrato com o Max e o Shellback. Conheci um produtor por acidente e gravei uma demo chamada “The Original High”. A primeira versão soava um pouco diferente. Esta era a música com a qual estava mais entusiasmado. Adorava a letra. Tinha uma boa vibe. Era um som diferente para mim, então trouxe essa demo e a mostrei ao Max e ao Shellback e foi isto que os inspirou a fazer todo este projeto.

Keith: Foi completamente inesperado (“Ghost Town”). Não foi só o assobio, mas tinha uma vibração a roçar o house, mas ao mesmo tempo contemporânea. Soava muito moderna. Havia alguma missão particular, com uma música em particular?

Adam: A melodia e a letra foram escritas para uma faixa diferente. A parte instrumental soava muito diferente quando começamos. Não era tão diminuto, tão sombrio, era mais mexida. Nos sentamos para ouvir a demo quando já estava finalizada e editada. Todos concordamos que a parte vocal estava excelente, o que foi bom de ouvir. Adorei cantar a música, adoro a letra, o significado, a melodia, a intimidade, o quão perto te faz sentir. Mas não estávamos muito entusiasmados com o instrumental. “Acho que já ouvi isto antes. Que mais podemos fazer?” Me sentar a falar com o Max sobre as diferentes cores que temos no álbum, na época com cerca de 6 canções prontas. Sabe, gostava de fazer algo mais parecido com o que tenho ouvido aqui no Reino Unido e na Europa. este renascimento do house, dos anos 90. Me faz lembrar da primeira vez que descobri a música pop e dance, nos anos 90, quando era um garoto. Me lembro de ouvir C+C Music Factory, Crystal Waters, 2 Unlimited com a “Tribal Dance”. Não ouvia muita música nos anos 80 porque era muito novo, ouvia aquilo que os meus pais ouviam pela casa.

Keith: Ouvi dizer que você esteve em Estocolmo durante 2 meses.

Adam: No primeiro mês foi mais para experimentar, ver como é que as nossas sensibilidades sônicas estavam e conhecer os outros compositores envolvidos. Começar ideias e continuá-las ou pô-las de parte. “Ei, esta pessoa tem uma ideia.” Trabalhei com um grupo de rapazes, os Wolf Cousins. No segundo mês, foi escolher quais das músicas dessas sessões queríamos continuar a trabalhar e se precisava fazer mais umas. Se duvidar menos de metade do material que está no álbum começou nessas sessões.

Keith: Como é que foi ficar longe de casa por 2 meses?

Adam: Foi interessante. Eu gosto muito de viajar. Acho que quando surgiu a oportunidade estava pronto para sair da cidade durante algum tempo. Estava muito frio lá. Estive lá em Fevereiro, por isso estava frio, não havia muito sol. É uma sociedade (sueca) muito liberal. (A cidade) é muito limpa e a comida era saborosa. Eram todos muito simpáticos.

[Como esteve sozinho, trabalhava desde as 11h até às 18h e depois não conhecia ninguém, era como se não tivesse uma vida social. Esteve num ambiente mais isolado.]

Adam: Escrevi, tive tempo para ler… Claro que me comunicava com as pessoas a toda a hora, mas me deu espaço para pensar no que queria comunicar às pessoas no álbum. Me permitiu concentrar e refletir.

[Adam já tinha “Ghost Town” terminada e como hipótese de primeiro single quando descobriu a música da Madonna com o mesmo nome. Ligou ao produtor porque não sabia o que fazer, mas ele o tranquilizou, pois as músicas eram muito diferentes.]

Adam: A da Madonna é uma canção de amor pós-apocalítica, mid-tempo e a minha é como uma rave existencial dance goth. A dela é literal e a minha é metafórica.

Adam: A beleza deste álbum é termos conseguido fazer algo para todos. E continua a ser ao mesmo tempo.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Kady Freilitz
Fonte: Bilboard

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