The Huffington Post: “Adam Lambert sobre o legado de Freddie Mercury e a luta para ser um Popstar Gay”

Adam Lambert, sobre o legado de Freddie Mercury e a luta para ser um Popstar Gay

Para Adam Lambert, sair em turnê com o Queen é tanto “o trabalho de verão de uma vida inteira”, como o genuíno marco de um ciclo completo em sua carreira.

O popstar, de 32 anos, ficou sob os holofotes nacionais depois de cantar o hit marcante da lendária banda de rock: “Bohemian Rhapsody”, como sua audição para a oitava temporada do American Idol em 2009, e rapidamente se tornou um favorito dos fãs. Apesar de ter terminado como o segundo colocado, Lambert continuou a canalizar o vigor e a energia do falecido vocalista do Queen, Freddie Mercury, em sua carreira musical.

É claro, há uma diferença significativa: Lambert esclareceu as especulações da mídia sobre sua sexualidade ao se assumir gay na capa da revista Rolling Stone depois de encerrar sua corrida no Idol em 2009, enquanto Mercury, que, segundo várias opiniões era gay, ou bissexual, nunca o fez publicamente durante sua vida.

“Pelo que eu entendo, demorou um tempo para que Freddie ficasse em paz com sua sexualidade e uma vez que o fez… ele vivia em um tempo em que, para uma celebridade ou rockstar, isso era uma coisa que estava meio que fora dos limites” Lambert, que está trabalhando em seu terceiro álbum, contou ao The Huffington Post em uma entrevista.

A apresentação ao vivo de Lambert ao lado do guitarrista Brian May, o baterista Roger Taylor, o percussionista Rufus Tiger Taylor, o baixista Neil Fairclough e o tecladista Spike Edney, poderiam ter um efeito cascata entre os fãs mais velhos do Queen também, enquanto a turnê “Once in a Lifetime”, segue para o outro lado do oceano depois de maravilhar plateias em Los Angeles, Nova York, Boston e outras cidades dos EUA.

“Talvez, para os grandes fãs da banda que amavam Freddie, seja uma coisa para lhes abrir os olhos, e eles fiquem tipo ‘Oh sim, agora Adam está cantando essas músicas e ele é assumido e aberto, e nós achamos que é Ok, porque nós amamos muito o Freddie.’ Isso lhes dá permissão para ficar confortável com isso, eu acho”, disse ele.

Mesmo assim, ele descarta as críticas dos céticos que acham que ele devia ter se assumido publicamente enquanto ainda era um concorrente do “American Idol”, assim como a finalista de 2014, M. K. Nobilette, ao invés de esperar até que as restrições da competição terminassem.

“Eu era assumido enquanto estava no programa; eu tenho sido desde os 18 anos”, Lambert disse. “Se eles estivessem analisando minha vida amorosa na época, isso teria vindo a tona. Mas nós estávamos em uma bolha e muito protegidos. Não podíamos dar entrevistas, não tínhamos nenhum acesso a mídias sociais. Então não houve nenhuma oportunidade para eu fazer isso, a não ser que, ao terminar uma canção eu desse um passo a frente e dissesse, ‘Hey pessoal, eu sou gay.’”

Ele também acrescentou, “E eu também queria ganhar aquela droga de programa. Eu queria me sair bem e naquele momento, naquele lugar… seria muito, muito difícil, e isso me atrapalharia. Eu queria muito que minha música fosse só o que as pessoas estivessem ouvindo.”

Lambert não pensa em sua parceria com o Queen como algo que esteja fazendo uma grande declaração a respeito das questões da comunidade LGBT – “Eu não tenho uma mensagem para dar, que não seja a de unidade, amor e identidade” – isso não significa que ele se sinta menos apaixonado sobre essas causas. Ele recentemente se uniu a AT&T para a campanha “Live Proud 2014″, um esforço da mídia social que foca no reconhecimento e fortalecimento da comunidade LGBT. Ele também é rápido ao elogiar astros como Sam Smith e Frank Ocean, que continuaram a dominar as paradas de sucessos mesmo depois de abordarem sua sexualidade de forma sutil.

“Eu quero poder existir em uma comunidade artística onde a sexualidade não importe”, ele disse. “Nós estamos vendo os resultados de todos os nossos esforços e isso é muito excitante.”

Apesar de Mercury nunca ter se assumido publicamente, Lambert acha que os astros de hoje ainda devem considerar o cantor, que morreu em 1991 devido a complicações da AIDS/HIV, como um pioneiro progressista.

“Freddie pode não ter se assumido, mas ele certamente era original.”, disse ele. “Ele era ousado, indecente, ele subia ao palco e fazia o que queria e tinha uma abordagem muito legal sobre ser um indivíduo único.”

Fonte: The Huffington Post

Tradução: Stefani Banhete

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