Entrevista de Adam Lambert, Brian May e Roger Taylor a Live Nation

Confira uma entrevista realizada pela Live Nation com Adam Lambert, Brian May e Roger Taylor a respeito da turnê Queen + Adam Lambert.

Queen + Adam Lambert: “Rock clássico. Nova voz. Não perca esta turnê digna de se ver!”

LIVE NATION: Como você se sente em estar envolvido novamente, numa turnê desse porte e poder oferecer esse repertório musical aos seus fãs?

BRIAN MAY: É excitante, eu preciso dizer. Uma vez que você “aperta o botão”, não há volta. É incrível. Nós amamos e temos a oportunidade de revisitar nossas velhas canções, mas de uma maneira nova e trazê-las para a audiência.

ROGER TAYLOR: E através de um processo organicamente gerado, nós nos associamos ao Adam e existe uma grande química entre nós. Ele é um intérprete de nossas músicas de uma maneira que não há imitações em relação ao Freddie. Aliás, ele sequer tenta personificá-lo no palco, ele traz sua própria personalidade ao cantar nossas músicas. Está sendo um projeto muito interessante e excitante.

LN: Vocês podem nos dizer como esse relacionamento se desenvolveu organicamente? Como vocês chegaram à conclusão de que um dia iriam trabalhar juntos nos dias atuais?

ADAM LAMBERT: Eu acho que acertei quando resolvi cantar “Bohemian Rhapsody” na audição do American Idol. Dessa forma, quando chegamos à final, os produtores resolveram convidar o Queen para se apresentar. Eu me senti no céu, fiquei extremamente excitado em poder cantar com eles no palco. Quando nos encontramos houve uma empatia imediata e tudo começou a fluir. Desde então, estivemos juntos em algumas ocasiões.

AL: Foi no Festival iHeart que tudo realmente tomou forma, que deslanchou.

RT: Absolutamente, ficou claro que Adam é um cantor mais maduro agora e se encaixou perfeitamente em nossa turnê.

LN: Então, o momento que vocês decidiram se juntar, foi naquele show?

BM: Foi um processo que se deu gradualmente. Nem eu, nem o Adam, tínhamos certeza de quando se daria esse momento. No entanto, foi muito importante que o Adam tivesse a chance de investir em sua carreira, antes que ele estivesse vinculado à nossa banda, como vocalista. Se isso tivesse acontecido anteriormente, não teria sido um processo saudável. Era necessário que ele achasse sua própria identidade e traçasse seu caminho. Então chegamos à conclusão de que sim, está na hora de colocar o Queen nos palcos novamente, as pessoas querem ouvir nossas músicas, elas querem nos ver tocar, e graças a Deus, ainda podemos sair pela estrada fazendo barulho. Acho que essa é uma oportunidade extraordinária.

AL: É como se fosse a chance de uma vida para as pessoas, poderem comprar os ingressos para presenciar um show do Queen no palco. Essa turnê estará na estrada por mais ou menos um mês e é limitada. É algo VIP. É um acontecimento onde todos têm que se sentir especiais.

RT: E nós queremos fazer um show espetacular, um show de rock à moda antiga. Estaremos todos excitados com isso.

AL: Eu estou cinco anos desenvolvendo minha carreira, sou relativamente novo e estou com eles, vou vivenciar essa nostalgia pela primeira vez, tudo acontecendo ao mesmo tempo, então se cria uma energia muito descolada no palco. Acho que a música realmente funciona por isso, É uma mistura extraordinária e eu não sei exatamente como descrever isso, mas o efeito é realmente muito descolado.

BM: Eu quero dizer com isso, que não se trata de um cantor comum. Não há como fugir dessa realidade. Você não acha uma voz como essa em um bilhão. É um cantor incrível. Uma voz incrível que esse cara aqui possui e em alguns casos, conseguimos atingir um nível até melhor. Podemos realmente explorar um território novo.

AL: É algo quintessencial [ver nota 1], estar no palco com um guitarrista e baterista desse nível. Além disso, eles são compositores que criaram aquelas músicas espetaculares. Eles não são apenas instrumentistas, são escritores, criadores. Para mim, poder cantar essas músicas com esses caras é surreal. Eles são as músicas que conheço desde criança.

LN: O que os fãs podem esperar?

BM: Eu acho que as pessoas sabem que o show do Queen é algo grande. E nós já temos uma grande experiência de palco que foi adquirida anteriormente, então conhecemos esse caminho. Tem muito som, muita luz, alguns efeitos aqui e ali. Mas o que você realmente verá, serão artistas cantando e tocando ao vivo, não existe playback, computador, clipes ou qualquer tipo de efeito nesse sentido. Nesse cenário que criamos, só estamos nós, ao vivo, portanto é sempre algo perigoso. E isso é justamente a graça disso tudo. Você não verá em nenhum outro show, pois hoje em dia os shows são planejados, são artificiais, computadorizados. Nós estamos no palco sem conexão nenhuma com a net, apenas estamos tendo bons momentos.

AL: É algo que as audiências não estão acostumadas a ver, a nível mainstream [ver nota], o que vocês vão escutar é a percussão a respiração. Sendo um cantor contemporâneo com a oportunidade de vivenciar isso, é excitante. É algo como pulsação, a música está viva. Não está armazenada no computador.

LN: Vocês podem descrever quais os preparativos necessários para um empreendimento desse nível? Pois parece que existe muito trabalho envolvido.

RT: Sim, muito, eu acho. Ainda bem que temos uma grande equipe por trás disso, as pessoas que estão construindo o set, fazendo com que o design saia do papel. Além de tudo, existe a infraestrutura da turnê. São pessoas diferentes com atividades diferentes. Afinal, nós não somos homens de negócios, somos?

BM: Nós aglutinaremos nossa equipe e ela terminará esse trabalho. Essa é a ideia. No entanto, além disso, temos que cuidar do nosso condicionamento físico, pois não é algo que façamos todos os dias, estou tentando aumentar meu nível de resistência, pois o palco exigirá isso. Não teremos ensaiado tanto, pois nunca o fizemos.

AL: Para mim, é a parte que mais me agrada em apresentações ao vivo. O fato de que não precisa ser sempre a mesma coisa. Acho que a audiência pode realmente sentir essa energia. É muito divertido.

BM: É uma responsabilidade corresponder a uma audiência também. É muito importante porque a responsabilidade eleva as performances se você tem uma audiência que realmente te acompanha. Existe uma interação de duas mãos. E nós somos capazes disso.

NOTAS:

[1] Quintessência é como se fosse algo feito de luz, energia pura. (Dicionário Informal)

[2] Mainstream é um conceito que expressa uma tendência ou moda principal e dominante. A tradução literal de mainstream é “corrente principal” ou “fluxo principal”. (Significados)

Caso queira conferir o artigo/entrevista em sua versão original clique aqui e confira partir da página 13.

Fontes: Adam Lambert Fan Club e Live Nation

Tradução: Mônica Smitte

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