Entertainment Weekly: “Review do Show: Queen + Adam Lambert no Madison Square Garden” – (Nova York – 17/07)

Review do Show: Queen + Adam Lambert no Madison Square Garden

O Queen está morto; vida longa ao Queen. Faz 22 anos desde que Freddie Mercury morreu, e sua banda – que conseguiu achar uma nova vida ao longo de seu funcionamento original – fez isso de novo. Sua aposta? Adam Lambert, ex-participante do American Idol, que se auto proclama devotado à Freddie Mercury, que ainda usava fraldas quando o Queen tocou no Madison Square Garden em Nova York em 1982.

Mas apesar das acrobacias vocais técnicas de Lambert, esse foi um show de Mercury. Os membros originais do Queen, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor (o baixista John Deacon se aposentou em 1997), disseram várias e várias vezes que esse show não é uma reprodução e que Lambert não quer ser um clone de Mercury. Enquanto seu figurino cheio de couro justo e ternos de leopardo seriam aprovados por Mercury, Adam Lambert era glam-punk, e Mercury teve uns solos.

A banda apareceu com músicas fortes como “Now I’m Here”, “Another One Bites The Dust” e “Fat Bottomed Girls” e passou a maior parte do show de duas horas e meia mostrando o talento que tornou May um herói da guitarra. Lambert andou pela passarela e falou com a plateia em frases esporádicas (“Quando eu me sinto sozinho, eu bebo e me encho de strass, como qualquer gay”, ele disse antes de começar “Somebody To Love”). O melhor momento de Lambert foi sua atuação na performance de “Killer Queen” – ele se deitou em um sofá roxo, com plataformas cobertas em glitter, cuspindo champanhe na audiência. Explodindo sua mente, com certeza.

Mas junto aos pontos altos do show, houve tributos o suficiente para preencher um especial do VH1. “Anos e anos atrás”, May disse no meio do show, “alguns de vocês irão lembrar e alguns não eram nem nascidos – havia um homem chamado Freddie Mercury. E ele era extraordinário.” May então fez um dueto com a plateia em “Love Of My Life”, uma balada que ele costumava cantar junto com Mercury em uma performance simples.

E May está certo. Daqueles que estavam no Garden dia 17 de jJulho, muitos eram fãs antigos da banda britânica – que cantam hits como “Stone Cold Crazy” sem lembrar do Metallica. E haviam muitos que provavelmente conheceram a banda ouvindo os discos dos pais – algumas gerações que não estavam presentEs nos dias de ouro do Queen, o na volta milagrosa no show do Live Aid em Londres em 1986, ou da ligeira declinação e morte do brilhante líder da banda.

E ainda assim, não ironicamente, após 15 minutos do tributo de May (e a rendição de Taylor em “These Are The Days Of Our Lives” – uma música que Taylor escreveu para o vocalista em seu último álbum antes da morte de Mercury, e cantou enquanto um vídeo da banda nos anos 70 era passado no telão), Lambert retornou ao palco para “Under Pressure”, uma música que a geração mais nova acharia que era “Ice Ice Baby” antes de lembrar de sua origem.

E foi no final que o festival de nostalgia teve seu pico, e deu à Mercury o maior momento da noite. Lambert cantou o primeiro verso de “Bohemiam Rhapsody”, e foi para o lado para que Mercury cantasse (via vídeo) o segundo. A parte operática? A banda deixou o palco. Eles deixaram a gravação original preencher o espaço, optando por deixar seu vídeo de 1975 com os vocais de “Galileos” e “Bismillahs”. E por que não? Mesmo com um substituTo de primeira linha como Lambert, às vezes você não mexe com a perfeição.

Fonte: Entertainment Weekly

Tradução: Carolina Martins C.

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