Atlantic City Weekly: “Feito para a Realeza”

Feito para a Realeza

Adam Lambert canta como um campeão

Quando Simon Cowell disse à revista Rolling Stone, que Adam Lambert tinha um “toque de Freddie Mercury e a sensualidade de Prince”, Lambert ainda estava saindo de sua fama pós American Idol, com sombra nos olhos e tudo mais. Cowell provavelmente não tinha percebido que ele tinha acertado na mosca.

Agora, anos depois, Lambert está em turnê com a encarnação moderna do Queen, uma vez liderada por Mercury, que morreu de AIDS, em 1991. Quando Lambert tinha nove anos de idade, a banda Queen fazia parte da, indiscutivelmente, realeza do rock.

Agora ela traz seu catálogo de 20 anos atrás para Atlantic City, para um espetáculo na Boardwalk Hall, com Lambert cantando nos vocais e os membros originais do Queen, Roger Taylor e Brian May. E cara, como foi emocionante testemunhar Lambert cantando em homenagem ao estiloso e carismático Mercury, incluindo a canção que se tornou famosa em “Mundo de Wayne”, a “Bohemian Rhapsody”, e praticamente todos os outros hits que tornaram a rainha do rock, num padrão mundial. A turnê tem sido bem recebida também. Jason Bracelin do Las Vegas Review-Journal escreve: “Lambert canta com ‘um toque de ópera'”, que se encaixa muito bem na banda, sobretudo tendo em conta que Lambert está propenso a “inconscientemente usar um terno com estampa de leopardo… que nem provoca caretas e tampouco, gargalhadas”.

Lambert aparenta estar muito confortável em suas calças jeans justas, e provavelmente, é o responsável pelo enorme apelo na América, entre o público que abrange todas as orientações sexuais. Lambert, como Mercury, é gay, e pode não ser exatamente a notícia de destaque que corre pelo mundo – mas certamente contribui para a continuação do legado do Queen, com uma espécie de magia.

Oito coisas que me espantaram, quando assisti Quenn + Adam Lambert

Do ponto de vista de uma fã incondicional do Queen

1. Este foi o melhor show que eu já estive em minha vida.

2. Adam Lambert foi sublime. Ele abordou o problema de substituir Freddy Mercury da única maneira que seria possível, ou seja, não tentar substituí-lo. Ele foi muito Adam Lambert frente à banda Queen e não um mero substituto. Ele fez a apresentação ao seu estilo e isso encaixa muito bem com o que o Queen sempre fez.

3. Brian May. Meu Deus. Não só o homem não perdeu o jeito, como eu tenho certeza que ele melhorou três vezes mais, a caminho do local.

4. Na seleção das músicas, é claro que eles interpretaram “Bohemian Rhapsody”, “We Will Rock You”, “Crazy Little Thing Called Love”, etc, principalmente nas versões reduzidas e elegantemente, deixaram bastante tempo para as coisas mais importantes que estavam por vir. Eles abriram o show com “Now I’m Here” e “Seven Seas Of Rhye”, “Tie Your Mother Down” e “’39”, (pelo amor de Deus, o que foi aquilo). Foi uma boa noite para um verdadeiro fã.

5. A presença de palco de Adam Lambert é fenomenal. O menino é arrogante, mas da maneira certa. Com essa postura, ele mostra que esteve nos palcos desde o início dos tempos. Além disso: Ele é muito, muito engraçado.

6. O filho de Roger Taylor é um baterista fora de série. Os dois duelaram, o que foi incrível, e ele se destacou na segunda metade, sozinho. Ele deve ter por volta dos seus dezenove anos e tocando com o Queen, imagino que ele deve ter problemas no agendamento de shows.

7. Eles não estão velhos. De alguma maneira, não estão.

8. Vocalmente, não vou comparar o que Adam faz com o que Freddy costumava fazer. Ele tem seu próprio estilo, o que para meu gosto é um pouco melismático [ver nota], mas não existe competição de estilos. No seu tom, o poder de Adam é fenomenal. Esta foi realmente uma chance de ouvir as músicas de uma maneira totalmente nova.

NOTA: Melisma em música é a técnica de transformar a nota (sensação de frequência) de uma sílaba de um texto, enquanto ela está a ser cantada. A música cantada neste estilo é dita melismática, ao contrário de silábica, em que cada sílaba de texto corresponde a única nota. A música das culturas antigas usavam técnicas melismáticas para atingir um estado hipnótico no ouvinte, útil para ritos místicos de iniciação (Mistérios Eleusinianos) e cultos religiosos. Esta qualidade ainda é encontrada na música contemporânea hindu e muçulmana. Na música ocidental, o termo refere-se mais comumente ao Canto gregoriano, mas pode ser usado para descrever a música de qualquer género, incluindo o canto barroco e mais tarde o gospel. Mariah Carey, Aretha Franklin e Whitney Houston são consideradas as melhores empregadoras modernas desta técnica. (Wikipédia)

Confira aqui para conferir a versão impressa deste artigo.

Fontes: Adam Lambert Fan Club, Atlantic City Weekly e Adam Lambert TV

Tradução: Mônica Smitte

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