Access Atlant: “Queen + Adam Lambert uma combinação emocionante” (Atlantic City – 26/07)

Queen + Adam Lambert uma combinação emocionante

ATLANTIC CITY, NJ – É uma pena que a turnê Queen + Adam Lambert não tenha dado um salto a Atlanta na sua excursão de 24 datas deste verão.

E tiveram de a denominar “Once in a Lifetime Tour” [Uma turnê única] para ainda ser pior, certo?

No entanto, antes de Lambert e os icônicos e melódicos Queen terminarem a turnê nesta segunda-feira, em Toronto, e ir até à Austrália no próximo mês, eles deram um pulo ao Boardwalk Hall, em Atlantic City para mostrar ao Jersey Shore porque é que esta é a apresentação mais especial pós-Freddie Mercury.

Isso deve-se a Adam Lambert, o também conhecido vice-campeão do American Idol que, se bem se recordam os fãs, eletrificou o público e (claro) o impressionante guitarrista Brian May quando tocou com o Queen na final do Idol em 2009.

Lambert não saiu vencedor dessa temporada (tendo sido Kris Allen). Mas qual gostariam de ser? Uma nota de rodapé na Wikipedia ou o vocalista teatral divertido dotado de uma voz acima do normal de uma das mais respeitadas bandas de rock de sempre?

Lambert provou que consegue abranger a barreira entre relembrar a excentricidade de Mercury, mantendo-se fiel a si mesmo, desfilando pelo palco intimidador em calças de couro, sombras coloridas, botas de plataforma como um George Michael glamouroso e parecendo uma estrela da Broadway.

O catálogo do Queen é tão vasto que May, o guitarrista, Roger Taylor (que celebrou o seu 65º aniversário no sábado), o seu filho percussionista, Rufus Tiger Taylor, o baixista Neil Fairclough e o tecladista Spike Edney poderiam tocar shows de 5 horas que não conseguiriam tocar todos as essenciais.

Contudo uma mistura generosa esteve disponível nesta turnê, desde May arrasando através dos seus riffs épicos em “Another One Bites The Dust” e a atuar com um solo em que ficamos fora de nós no final de “Fat Bottomed Girls” até à desenrolada passagem sem esforço em “Somebody To Love” e ao cantar suavemente a melancólica assombrada “These Are The Days Of Our Lives”.

May parecia frequentemente entretido com os movimentos exagerados de Lambert, tal como ao se recostar num sofá bordeaux enquanto articulava “Killer Queen” (apesar do cuspir de Lambert para a multidão me ter parecido rude, desnecessário e fora de contexto).

E Lambert prestou um grande respeito para quão os mais velhos. Se não estava a sorrir e a encorajar May para continuar a arrasar num solo, ele estava a elogiar Mercury e a agradecer à multidão por o aceitarem como “novo membro”.

Aparentemente, May e Taylor gostaram tanto deste “novo tipo”, que têm pensado em torná-lo um membro permanente e gravar material novo.

Pode não cair bem aos puristas do Queen, mas olhem: Lambert é o homem perfeito para o lugar que nunca pode – e nunca deve – ser duplicado.

Enquanto ele traz muito da pompa de Mercury, Lambert também traz alguma escuridão que fica bem com uma banda que está a envelhecer graciosamente.

Tanto May como Taylor mantêm uma ampla habilidade vocal. May ofereceu uma “Love Of My Life” encantadora (com Mercury no telão oval gigante), enquanto Taylor forneceu um sorriso torcido à medida que ia tocando contra Lambert durante uma “Under Pressure” explosiva.

Tal como em Mercury havia uma presença cativante, é impossível não ser cativado por Lambert também. Quer estivesse a pontuar “Dust” com os seus impulsos pélvicos obscenos ou a apresentar o seu registo agudo dramático em “Who Wants To Live Forever”, ele fascinou e impressionou.

Vendo que a turnê pelos EUA foi tão bem recebida, talvez Queen e Lambert reconsideram mais uns shows lá para o final do ano. Se assim for, esperamos que Atlanta faça parte deles.

Fontes: Adam Lambert TV e Access Atlanta

Tradução: Kady Freilitz

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