Adam no Inquirer.net (Filipinas) – Primeira Parte

O Ídolo exibicionista gosta de fazer os fãs se sentirem sexy

LOS ANGELES— “Eu fiz isso sozinho, sim,” Adam Lambert disse com um sorriso, divertido pela pergunta da repórter sobre quem o tinha vestido ou estilizado hoje. “É do meu próprio closet. Eu gosto de roupas, então…”

“Isso” é a versão dele de glam rock — jaqueta risca de giz, camiseta com imagem de Marilyn Monroe, jeans skinny e botas prateadas. O visual é completo com a sua marca registrada: delineador preto envolvendo aqueles olhos azuis, cabelo espetado, unhas pretas e anéis barulhentos em cada mão.

Misture esses elementos com seu rosto esculpido e uma voz incrível – e não pergunte mais por que mulheres arremessam suas lingeries para ele ao palco mesmo sabendo que ele é gay assumido.

Além desses atributos físicos, o vice-campeão do American Idol é visivelmente pé-no-chão e ajuizado. Muito confiante e articulado também, o cantor de 27 anos deu um comentário muito comovente quando a repórter disse que ele deveria ter pais maravilhosos.

“Eu tenho ótimos pais mesmo,” ele disse. “Meu pai é estudado. Ele me guiou muito. Eu sempre me senti estranho e um pouco fora do lugar. Eu me lembro do meu pai quando eu era mais novo dizendo, ‘Está bem. Quando você for mais velho, todo mundo vai querer ser seu amigo, acredite em mim. Os estranhos são aqueles que todo mundo quer ser igual quando mais velhos. ’ Eu realmente adorei ouvir isso como criança. Ele me deu uma pequena dica. Ele era como, ‘Agüente, apenas agüente. Tudo vai dar certo. Tudo voltará ao seu lugar. As pessoas irão te entender depois. ’ Então aquilo me deu muita confiança, sendo um garoto estranho. E minha mãe também me apoiava.”

Está tudo dando certo para o “garoto estranho,” provavelmente além do que seu pai imaginava. O álbum mais esperado de Adam, “For Your Entertainment,” sai em 23 de novembro. Ele canta o tema do filme “2012,” o filme apocalíptico com proporções épicas. Intitulado “Time For Miracles,” a música foi composta por Alain Johannes e Natasha Shneider para o filme que estrela John Cusack, Amanda Peet, Thandie Newton e Chiwetel Ejiofor.

Entrevistado por minha esposa, Janet, Adam revelou que tem amigos filipinos e foi logo dizendo as comidas filipinas que ele ama: “pancit, adobo e lumpia.” Dito que David Cook e David Archuleta estiveram nas Filipinas, Adam disse que queria visitar o país também. Ele ofereceu uma mensagem de esperança ao povo filipino afetado pela recente inundação de tempestades, segundo Janet.

Abaixo estão trechos de nossa entrevista com Adam.

Você poderia falar sobre sua jornada do AI até aqui?
Tem sido bem louco porque eu não imaginava que chegaria tão longe no AI. Cada semana que passava, eu ficava tipo, sério, eles votaram em mim de novo? Então a cada vez eu agradecia a minha sorte e fazia o que sempre fizera. Eu simplesmente não esperava todo o apoio que tenho tido e isso tem sido realmente maravilhoso, muito lisonjeiro e muito excitante porque eu tenho trabalhado nesse ramo durante os 10 anos que vivi em Los Angeles. Eu estive trabalhando rumo a isso, então eu sinto como se tudo fosse somado a este momento.

E esse momento inclui o lançamento do seu álbum e você cantando a música-tema de “2012”.

É, logo que o Idol acabou eu estava ocupado naquele mês, já trabalhando no meu álbum com diferentes produtores, fazendo sessões de composição e então a oportunidade da música para 2012 apareceu. A demo de Alain e Natasha tinha uma linda melodia, um maravilhoso rock acústico e então com (o produtor) Rob Cavallo, nós fizemos isso como um rock épico, uma power ballad do qual estou bem orgulhoso.
“For Your Entertainment” é o primeiro single do álbum. É bem diferente de “Time for Miracles. O que é ótimo sobre TFM é que é como um rock clássico com uma pegada de power ballad. É para todas as idades. Vai direto ao rock de Zeppelin e Queen no final, mas começa com uma linda melodia. A música acontece assim como as melhores baladas clássicas do rock. Eu estou muito feliz com ela. Para o single “For Your Entertainment,” nós queríamos lançar algo que estivesse pronto para as danceterias. Eu queria fazer as pessoas dançarem, bebendo junto e mexendo, sentindo-se sexy.

Atuar também está no seu futuro?
Eu espero que sim. É algo que eu tenho feito muito durante os últimos oito ou dez anos. Se a oportunidade aparecer e for a coisa certa, eu adoraria atuar num filme. Neste momento, eu tentarei trabalhar no álbum primeiro. Uma coisa de cada vez, certo? (rindo).

Fale sobre o visual andrógino.
Mesmo no “Idol,” Eu usava meu delineador e minhas roupas pretas, meus pequenos looks rockers. É o modo como eu sempre me vesti no passar dos dois últimos anos. Você pode rotular como quiser—andrógino, glam, emo, gótico. Nós podemos achar um monte de rótulos para isso, mas só estou sendo eu mesmo. Eu gosto de me embelezar assim como todos os rock stars fazem. Mick Jagger e David Bowie fizeram e eu estou tentando fazer isso agora (risadas).

O que você pode dizer sobre suas seguidoras femininas?
Essa situação é muito lisonjeira, com as lingeries voando até o palco (risadas). Eu realmente nunca esperei que isso acontecesse, mas eu estou adorando. É muito especial e eu gosto de atenção (risadas).

Cinco milhões de pessoas provavelmente estão querendo dar dicas para sua carreira. Como você sabe qual é o próximo passo que deveria dar?
Eu não acho que alguém saiba o próximo passo. Eu acho que “Idol” foi um ótimo microcosmo do que pode acontecer daqui pra frente. Eu tive a oportunidade e o que foi tão ótimo sobre “Idol” é porque é um concurso. Eles ajudam onde você precisa de ajuda. Mas eles colocam na sua mão, o que fez disso bem excitante para mim porque eu tinha que escolher a música, o que eu iria usar, como meu palco iria aparentar, qual seria o arranjo, e obviamente houve profissionais em cada área que ofereceram seus conselhos e eles eram como, “Eu acho que você deveria fazer isso. O que você acha?” E isso era trabalho de equipe de certo modo. Eu acho que foi uma ótima forma de experimentar como eu seria recebido. Okay, essa semana eu vou ser bem louco, com uma maquiagem bem pesada e gritando e lamentando com o máximo que eu puder.

No álbum, você foi a várias direções…
Eu fui. Eu tomei quatro ou cinco direções diferentes no mesmo álbum. Isso foi o que decidi depois do Idol. Eu fiquei tipo, tá bom, há todo esse classic rock que eu tenho feito. Eu consegui muita credibilidade disso, mas eu também apresentei “Mad World” que é como um new romantic, uma nova forma de balada que gruda. Eu cantei uma música disco e fiz um monte de diferentes tipos de músicas.
Eu queria descobrir um jeito de fazer um álbum que tivesse coesão com tudo isso, mas as direções eram muito variadas, assim como a minha experiência no AI. Eu acho que conseguimos isso.
Voltando a sua questão de o que fazer neste momento, eu estou tentando continuar seguindo meus instintos. Por sorte, minha equipe, com quem trabalhei na 19 e RCA, foi realmente ótima por me auxiliar e me perguntar “O que você quer fazer?”. Eles me deram muito apoio. Talvez muito mais do que as pessoas devem estar pensando. Eles não impõem o que querem assim como a maioria deve pensar sobre como a experiência no Idol seja. Na verdade, é bem ao contrário.

Você poderia falar sobre momentos memoráveis que aconteceram até agora?
Eu me lembro de estar quase pronto para a apresentação com o Kiss, o que foi bem engraçado. Black Eyed Peas estava no palco e eu amo eles. Eu amo pop music assim como rock, e Fergie entrou. Eu estava colocando cristais em meus olhos, no espelho do backstage. Ela simplesmente colocou seus braços em volta de mim e me apertou. Ela disse, “Eu simplesmente te amo”.
Eu me virei e estava como, “Não, Eu amo você! (risada)”… E depois ela disse, “Olhe seu visual! Nossa, você sabe (risadas). Isso é pintado?” Então foi um ótimo momento, esse tipo de troca. Isso me deu muita confiança para sair com as minha botas plataformas de glitter, sabendo que Fergie achara que era legal. Foi um ótimo sentimento.

Depois que você disse a Rolling Stone que era gay, houve alguma reação negativa dos fãs?
É. Quer dizer, é claro. Eu tentei não dar atenção às reações negativas porque me desgastaria muito. Houve algumas pessoas que se sentiram mal por isso. Francamente, se a minha opção sexual é suficiente para te afastar da arte que estou criando, provavelmente você não deveria ser meu fã, porque eu procuro criar algo divertido, que satisfaça e às vezes faça você querer dançar. Algumas das músicas do álbum são emocionais e bem vulneráveis. Se você não pode conviver com isso, você não gostará das músicas de qualquer forma, então cada um na sua.

Fonte: Inquirer.net

Tradução: Dryelen Chicon

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2 Comments

  1. Meu, tô cada vez mais apaixonada por esse cara, ele é d++++ da conta….ele é muito articulado, simpático, bem humorado… ele vai longe mesmo… mais até do que eu imaginava.
    Achei muito legal o pai dele dando apoio pra ele desde pequeno, porque não tem coisa mais triste do que pais que não apoiam seus filhos, não compreendem e não aceitam os filhos do jeito como eles são, principalmente os pais fazem isso e são coisas que magoam e que a criança acaba levando pra vida adulta. Realmente o Adam foi muito bem criado..parabéns pra ele pela família que ele tem.
    Eles devem ser tri unidos.
    depois comento mais.. vou ler o resto da entrevista.
    bj.

    1
  2. woow amei essa entrevista!!
    quanta maturidade, que cabeça boa, que ele continue assim, o admiro muito por isso.
    e eu quase chorei com o que o pai dele tinha dito a ele quando ele era pequeno!
    isso é tão… verdade e tão forte.
    Adam vai longe, cada vez mais mostra que tem TUDO pra ir até o topo.
    hehe ele gosta de lá inclusive.

    2

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